O grupo interinstitucional NEVE (NÚCLEO DE ESTUDOS VIKINGS E ESCANDINAVOS, criado em 2010) tem como principal objetivo o estudo e a divulgação da História e cultura da Escandinávia Medieval, em especial da Era Viking, por meio de reuniões, organização de eventos, publicações e divulgações em periódicos e internet. Parceiro internacional do Museet Ribes Vikinger (Dianamarca), Lofotr Viking Museum (Noruega), The Northern Women’s Art Collaborative (Universidade de Brown, EUA), Reception Research Group (Universidad de Alcalá) e no Brasil, da ABREM (Associação Brasileira de Estudos Medievais) e PPGCR-UFPB. Registrado no DGP-CNPQ. Contato: neveufpb@yahoo.com.br

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

O Ragnarök em God of War: Ragnarök (2022)

 

Figura 1: Arte da capa do jogo.

 

Prof. Dr. Leandro Vilar Oliveira (NEVE)

God of War: Ragnarök é a continuação de God of War (2018) em que voltamos a acompanhar a jornada de Kratos e Atreus pelos Nove Reinos, dessa vez, alguns anos se passaram desde os acontecimentos anteriores, agora pai e filho se encontram diante das consequências de seus atos, pois Odin, Thor e Freyja estão atrás deles, assim como, Atreus está obcecado por profecias sobre o Ragnarök.

O presente ensaio apresenta uma análise entre o mito ragnarokiano e sua adaptação nestes jogos de videogame, apontando como ideias básicas foram mantidas, mas outras foram totalmente reformuladas para constituir o enredo dos jogos. Sendo assim, antes de começar a análise em si, é preciso contextualizar o mito do Ragnarök.

O que é o Ragnarök?

Embora seja o nome bastante difundido pela cultura pop nos últimos anos, estando associado com a ideia de apocalipse nórdico, o Ragnarök realmente tem algumas particularidades apocalípticas no sentido de se tratar de um evento escatológico, ou seja, é um acontecimento associado com o fim dos tempos. Por outro lado, o Apocalipse cristão difere em vários aspectos do Ragnarök, principalmente na ausência de elementos associados com o julgamento, a punição divina e a salvação.

Ragnarök pode ser traduzido como “fim dos deuses”, “fim dos poderes divinos”, “consumação dos poderes divinos”, “destino final dos deuses”, entre outras possibilidades de interpretação, apesar que ainda seja comum ler “crepúsculo dos deuses”, um significado romântico que surgiu no século XIX e se popularizou a partir da ópera wagneriana.

Na mitologia nórdica os relatos sobre o Ragnarök estão contidos principalmente em duas fontes escritas: a Edda Poética e a Edda em Prosa, obras que reúnem a maior parte das narrativas mitológicas conhecidas, tendo sido escritas na Islândia do século XIII. Nessas fontes há ligeiras diferenças no desenvolvimento desse mito, por conta disso, é possível falar em duas versões dele.

Na Edda Poética as principais referências ao Ragnarök estão reunidas no poema Völuspá (Profecia da Advinha), compreendendo as estrofes 40 a 65. Além desse poema, esse mito é citado brevemente em outros poemas como o Lokasenna (Escárnio de Loki), Baldrs draumar (Sonhos de Balder) e Vafþrúðnismál (Os ditos de Vafthrúdnir). Por sua vez, na Edda em Prosa, nos últimos capítulos do Gylfagnning (Alucinação de Gylfi), temos o relato do Ragnarök.

Vale sublinhar que na versão encontrada na Edda em Prosa, seu autor Snorri Sturluson (1178-1241) cita os poemas da Edda Poética, fazendo inclusive citações diretas de versos do Völuspá, além de usar ideias do Lokasenna e do Vafþrúðnismál, apesar disso, seu relato possui informações que não estão presentes nesses poemas, o que concede a ele algumas mudanças no desfecho do Ragnarök.

Mas explicado brevemente acerca do significado desse nome e as fontes literárias nas quais encontram-se seu relato, o próximo passo é situar os leitores o que trataria o Ragnarök em si. Primeiro, trata-se de uma série de eventos, alguns profetizados, os quais vão culminar numa catastrófica batalha final entre os deuses e os gigantes, num mundo invernal onde grande parte da humanidade pereceu. Nesse conflito vindouro alguns dos deuses iriam morrer, por conta disso, a referência a “fim dos deuses”, apesar que o reinado deles não terminaria, pois, uma nova ordem e era seriam instaurados. Dessa forma, o Ragnarök representa tanto a culminação de um cataclismo, mas também a renovação cósmica. Na análise a seguir abordaremos diferentes aspectos dele.

Tentando escapar do destino

Para poder entender o enredo de God of War: Ragnarök é preciso retomar aspectos da trama do jogo anterior, pois ali o prenúncio do Ragnarök teve começo. Assim, nesse primeiro jogo, Kratos enquanto decide jogar as cinzas de Faye, sua esposa, do pico mais alto dos Nove Reinos, ele e seu filho Atreus recebem uma visita inesperada, um deus briguento que diz que estava procurando por eles. A divindade se revela mais tarde como Balder. A partir daí tem início o conflito deles dois contra Balder, o qual os persegue ao longo da jornada.

Próximo ao final do primeiro jogo, Kratos e Atreus descobrem que os gigantes foram quase exterminados por ordem de Odin, que enviou Thor, Balder e outros guerreiros para mata-los, no intuito de evitar o Ragnarök de acontecer, afinal, as profecias falavam que um exército de gigantes atacaria Asgard, mas se não houvesse gigantes, então esse acontecimento não aconteceria.

No entanto, no segundo jogo, quando Kratos encontra as Nornas, as deusas do destino, elas informam que mesmo que se tente mudar o destino, ele sempre encontra uma forma de seguir seu curso, de atingir sua finalidade. Logo, as tentativas de Odin de evitar o Ragnarök apenas remediavam sua ocorrência, pois ele iria ocorrer de alguma forma, fato esse que quando ele enviou Balder para caçar Kratos e Atreus, acabou sem saber enviando o filho para a morte, e assim, cumprindo uma das profecias também.

Neste ponto, a morte de Balder é um dos acontecimentos associados com o Ragnarök nos mitos. A versão mitológica de Balder é bem diferente da vista nos jogos, pois nos mitos ele é uma divindade pacífica, bela e justa. Tendo ganho de sua mãe Frigga, a invulnerabilidade. Mas Loki por inveja decidiu descobrir uma forma de feri-lo, que acabou matando-o. Na Edda em Prosa, o assassinato de Balder está diretamente ligado com um dos eventos do Ragnarök, já que na Edda Poética, isso não é tão explícito.

Dessa forma, ao retornamos a God of War, quando Balder é atingido por uma flecha de visgo disparada por Atreus, ele perde sua invulnerabilidade e acaba sendo morto por Kratos. O destino que Odin evitava acabou se concretizando.

A profecia de Tyr

A morte de Balder é o grande acontecimento ragnarokiano que ocorre em God of War, embora nesse jogo tenhamos a presença de Jormungand, que aparece de forma enigmática, além de citações sobre Loki e outras profecias. Uma dessas profecias está associada com Tyr, o deus nórdico da guerra. Até então dado como morto.


Figura 2: Em God of War: Ragnarök o deus Tyr possui uma função bastante importante na trama e marcada por reviravoltas.

 

No segundo jogo descobrimos que Tyr não havia morrido, mas estava preso. Como Kratos e Atreus voltam a serem ameaçados pelos deuses, em especial Odin e Thor, os dois decidem confrontar os Aesir, para isso eles partem em busca de Tyr. Mas qual seria o papel de Tyr no Ragnarök?

Quando passamos para a mitologia esse deus aparece em poucas narrativas, uma das mais importantes é quando ele cuida da prisão de Fenrir, o lobo gigante, um dos filhos monstruosos de Loki. Na terceira tentativa de prender Fenrir, Tyr para enganar a fera, aceita colocar uma mão dentro da boca dele, enquanto o lobo era amarrado por uma corrente mágica feita pelos anões. Ao tentar escapar e não conseguir, Fenrir irrita-se e arranca a mão do deus. Além desse mito, Tyr também ajuda Thor a providenciar um caldeirão para produzir cerveja para os deuses. Entretanto, sua ligação com o Ragnarök é bem simples.

Primeiro que na Edda Poética essa ligação nem é mencionada, somente aparece na Edda em Prosa, na qual durante a batalha final, Tyr lutaria contra Garm, o cão de guarda de Hel. Ambos acabariam morrendo. Mas nos jogos o deus da guerra possui um papel totalmente diferente e bem mais relevante, pois ele se tornou uma oposição e ameaça a Odin e os Aesir, quando se posicionou contrário ao extermínio dos gigantes. Além disso, as profecias do Ragnarök revelam que Tyr seria o responsável por liderar o exército de gigantes no conflito final. Percebe-se como esse deus deixa de ter um papel pequeno como na mitologia e ganhou protagonismo no enredo do jogo.

Um Loki altruísta

Loki é um dos personagens mais populares da mitologia nórdica, famoso por suas artimanhas e afrontas, principalmente pela condição de ele possuir características de trickster como a astúcia, o sarcasmo, a travessura, a trapaça, a mudança de forma, o desrespeito, a magia etc., porém, em God of War e God of War Ragnarök temos um Loki bem diferente.

Primeiro, ele é representado por Atreus, o filho adolescente de Kratos e Faye (Laufey), o qual apesar de representar a teimosia típica da adolescência, ainda assim, Atreus é completamente oposto à sua versão mitológica. O garoto não é sarcástico, travesso, trapaceiro, afrontador e nem astuto na maior parte das vezes, apesar que em God of War Ragnarök ele possua a habilidade de se transformar em animais, podendo assumir a forma de um lobo ou de um urso, curiosamente, dois animais os quais ele não se transforma nos mitos.

Outra característica bem diferente entre ambas as versões se encontra no fato de Atreus ser um herói nos jogos, pois ele ajuda seu pai em God of War e no segundo jogo ele se torna um dos protagonistas incluindo a questão de ser um personagem jogável, algo que não ocorria anteriormente, o que revela o aumento da sua importância para trama.

Além disso, nesse segundo jogo, Atreus é motivado pelo altruísmo em evitar o Ragnarök, e em dado momento quando ele percebe que não pode evitar tal destino, ele passa a considerar que talvez seja o suposto “campeão dos gigantes”. Atreus também é um personagem bondoso e até ingênuo em dados momentos, um contraste com a versão mitológica, na qual Loki costuma aparecer como uma figura sagaz e maliciosa.

A giganta Angrboda

Uma personagem que não aparece no jogo anterior é a giganta Angrboda, retratada como uma adolescente negra que vive no Bosque de Ferro, em Jotunheim. No jogo ela é dita ser órfã, vivendo em companhia de seus animais de estimação, além de pintar murais com as profecias do Ragnarök, que lhe são reveladas em sonhos.

Atreus que neste ponto da história assume o nome de Loki, acaba conhecendo-a. Os dois adolescentes desenvolvem uma rápida amizade e um interesse romântico, até porque na mitologia Angrboda foi a primeira esposa de Loki, sendo mãe de Fenrir, Jormungand e Hel. Apesar disso, a personagem raramente aparece nos mitos, sendo lembrada apenas como a mãe desses seres, mas no jogo ela tem um papel bem mais importante, pois ela também age como conselheira de Atreus, falando acerca das profecias.

 

Figura 3: No jogo, Angrboda e Loki são adolescentes e viram amigos.

E, além dessa mudança, é preciso salientar que nos dois jogos, Fenrir, Jormungand e Hel já existem antes mesmo de Loki e Angrboda se conhecerem, o que revela uma mudança bastante significativa com os mitos. Neste caso, Fenrir é um dos lobos de estimação de Atreus, resgatado na floresta de Midgard. Já Jormungand aparece misteriosamente no jogo anterior. Por sua vez, Hel é apenas citada nos jogos, ela nunca aparece.

Loki em Asgard

Após o encontro com Angrboda, Atreus fica cada vez mais obcecado com as profecias, acreditando que ele seja o “campeão” dos gigantes, que irá ajudar Tyr na batalha no Ragnarök. Eventualmente isso leva o garoto a entrar em conflito com seu pai e amigos, fazendo-o fugir de casa e receber o convite de Odin para ir a Asgard. Ao chegar a terra dos deuses, Atreus volta a assumir o nome de Loki. Lá ele escala as muralhas do reino, que no mito foram construídas por um gigante que foi enganado por Loki para não concluir sua tarefa. Porém, essa questão não existe no jogo. Nem se quer o cavalo Sleipnir aparece ou é citado.

Ao chegar ao topo das muralhas asgardianas, Loki conhece Heimdal, representado como um jovem deus arrogante que encara o forasteiro com bastante desconfiança e até mesmo desenvolve uma inimizade imediata com ele, dizendo que se não fosse por ordem de Odin, o teria matado num primeiro momento. Essa inimizade advém da mitologia, pois Loki e Heimdal se desentendem em algumas narrativas e durante o Ragnarök ambos iriam lutar até a morte, em que um pereceria pela arma do outro. Assim, a trama do jogo adaptou esse aspecto, fato esse que Kratos ao saber que o filho corria risco, decidiu evitar que Heimdal matasse Loki. Novamente uma tentativa de alterar o destino.

Figura 4: Odin explica a Loki sobre uma misteriosa máscara a qual o garoto deve encontrar suas partes.

No entanto, não é apenas Heimdal quem ameaça Loki em sua estadia em Asgard, Thor também faz isso. Inclusive na mitologia nórdica é sabido que o deus do trovão em dados momentos se desentende com o gigante ardiloso. Porém, no jogo, Odin evita que Thor e Heimdal matem Loki, pois ele tem planos para o visitante, usando-o para coletar uma relíquia antiga e misteriosa, uma máscara mágica. Na mitologia sabemos que Loki vive em Asgard, em companhia dos deuses, embora não seja explicado claramente o motivo disso, mas no jogo é justificada sua presença pelo fato de ele saber ler as runas contidas na máscara que Odin ambiciona usar seu poder. 

A escolha de Surtr

Na mitologia nórdica Surtr é um gigante que governa Muspelheim, no entanto, ele é pouco mencionado nos mitos, dizendo-se que ele teria uma espada flamejante e lideraria os gigantes de Muspelheim durante a batalha final. Na Edda em Prosa é informado que ele seria responsável por destruir a ponte Bifrost e matar o deus Freyr.  

Em God of War: Ragnarök Surtr aparece brevemente, sendo retratado como um gigante melancólico e apaixonado por Sinmara, sua esposa fictícia inventada para a trama do jogo. Surtr diz que somente ajudaria Kratos e Atreus se eles não procurassem pela esposa dele, pois de acordo com a profecia, marido e mulher deveriam se unir para iniciar o Ragnarök. Entretanto, o gigante propõe uma alternativa para poder deixar a esposa de fora da guerra, que Kratos usasse seu poder de fogo e o apunhalasse em seu coração de gelo.

Assim, Kratos aceita ajuda-lo, então Surtr assume uma forma gigantesca e passa a ser chamado Ragnarök, ou seja, nesse caso Ragnarök não é descrito como sendo um evento apenas, mas o nome de uma entidade também. Assim como ocorre na mitologia a qual informa que Surtr levaria destruição, no jogo ele faz o mesmo, embora que em menor escala, já que ele destrói somente Asgard.

 

 

Figura 5: O gigante Surtr pede que Kratos apunhale seu coração de gelo para poder liberar o Ragnarök.

O destino dos deuses

No poema Völuspá é informado que os deuses morreriam durante o Ragnarök, embora a quantidade dos que morreriam não é informada exatamente, apenas cita-se a morte de Thor e Odin. Por sua vez, na Edda em Prosa são listados também como mortos Tyr, Freyr e Heimdal. O próprio Loki também morreria no Ragnarök. Por sua vez, Modi e Magni, os filhos de Thor sobreviveriam, assim como, Balder e Hodr retornariam de Hel.

Entretanto, no jogo essas mortes ocorrem, mas são totalmente alteradas. Por exemplo, Odin que nos mitos é assassinado pelo lobo Fenrir, no jogo ele é morto de maneira totalmente diferente após ser derrotado por Kratos, Atreus e Freyja. Thor que luta contra a serpente Jormungand, também chega a confrontá-la durante o Ragnarök, mas sua morte é diferente e bem mais triste, sendo um ato de traição.

Heimdal também morre no jogo, mas enquanto no mito é informado que ele lutaria até a morte com Loki, e ambos morreriam, no jogo ele é morto em combate por Kratos. Por sua vez, Modi e Magni não sobrevivem ao Ragnarök a começar pelo fato de que eles são mortos no jogo anterior, ou seja, os irmãos nem participam dessa batalha final.

O destino de Tyr é mudado, já que anteriormente ele é dado como morto, depois descobre-se que Odin o havia aprisionado. Já Freyr que na mitologia morreria ao lutar contra Surtr, no jogo ele se sacrifica para proteger sua irmã e aliados, enquanto o gigante de fogo destrói Asgard.

Por sua vez, se nos mitos Loki também entraria na lista de mortos no Ragnarök, no jogo ele sobrevive. O mesmo também ocorre com Fenrir e Jormungand, os quais nos mitos acabam morrendo, mas no jogo sobrevivem.

 

Considerações finais

Além dessas mudanças, existem outras mais específicas, mas as apresentadas mostram como o mito do Ragnarök foi bastante alterado para o enredo desses jogos, inclusive são alterações profundas, algo visto até mesmo em outras mídias como nas hqs do Thor e no filme Thor Ragnarok (2017), os quais nos apresentam os eventos desse “fim do mundo”.

O que se sublinha é que nessas mídias: videogame, histórias em quadrinhos e cinema, o Ragnarök não é retratado como narrado nas Eddas, mas sempre apresenta suas adaptações e liberdade de criação de seus autores ao inserirem elementos próprios de suas tramas para poder justificar determinados acontecimentos e escolhas.

É evidente que a depender da adaptação as alterações podem ser mais sutis ou drásticas como no caso da franquia God of War, em que tivemos mudanças impactantes como na personalidade de Loki e sua função na trama, o papel dos deuses como Odin, Thor, Tyr, Freyja e Balder. O destaque dado a personagens como Angrboda e Surtr, a mudança na origem de criaturas importantes como Fenrir e Jormungand, a ausência de outros deuses como Hel, Vidar, Hodr e Hermodr, que nos mitos estão ligados a esse contexto também.

 

Fontes:

God of War. Direção: Cory Barlog. Roteiro: Matt Sophos, Richard Gaubert e Cory Barlog. Desenvolvedora: Santa Monica Studio. Publicadora: Sony Interactive Entertainment. 2018. Mídia digital.

God of War: Ragnarök. Direção: Eric Williams. Roteiro: Matt Sophos e Richard Gaubert. Desenvolvedora: Santa Monica Studio. Publicadora: Sony Interactive Entertainment. 2022. Mídia digital.

The Poetic Edda. Translated by Carolyne Larrington. Revised edition. Oxford: Oxford University Press, 2014.

STURLUSON, Snorri. The Uppsala Edda. Edited with introduction and notes by Heimir Pálsson. Translated by Anthony Faulkes. London: Viking Society for Northern Research/University College London, 2012.

 

Referências:

LANGER, Johnni (org.). Dicionário de mitologia nórdica: símbolos, mitos e ritos. São Paulo: Hedra, 2015.
LINDOW, John. Norse Mythology: A guide to the gods, heroes, rituals, and beliefs. New York: Oxford University Press, 2001.
SIMEK, Rudolf. Dictionary of Northern Mythology. Translated by Angela Hall. 4a reimpressão [2007]. Cambridge: D. S. Brewer, 1993.