O grupo interinstitucional NEVE (NÚCLEO DE ESTUDOS VIKINGS E ESCANDINAVOS, criado em 2010) tem como principal objetivo o estudo e a divulgação da História e cultura da Escandinávia Medieval, em especial da Era Viking, por meio de reuniões, organização de eventos, publicações e divulgações em periódicos e internet. Parceiro internacional do Museet Ribes Vikinger (Dianamarca), Lofotr Viking Museum (Noruega), The Northern Women’s Art Collaborative (Universidade de Brown, EUA), Reception Research Group (Universidad de Alcalá) e no Brasil, da ABREM (Associação Brasileira de Estudos Medievais) e PPGCR-UFPB. Registrado no DGP-CNPQ. Contato: neveufpb@yahoo.com.br

sábado, 31 de outubro de 2015

NEVE NO DIAS DAS BRUXAS!



Comemore o dia das bruxas lendo o dossiê: Bruxaria e Feitiçaria Nórdica (NA 6). Trata-se da edição do Notícias Asgardianas mais acessada no Academia.Edu (mais de 3.000 visualizações).

Clique aqui:
 

  Sumário:

Mandrágora: a planta das bruxas (Luciana de Campos, p. 4)...


  Os gatos e a bruxaria nórdica (Johnni Langer, p. 10)


  O Pactum cum diabolo e a bruxaria nórdica (artigo de Stephen A. Mitchell, tradução de Pablo Miranda, p. 14)


  Diabolismo e bruxaria na Escandinávia (José Fernandes, p. 19)


  A bruxaria nórdica no folclore (Maykon Jansen, p. 26)


  A feitiçaria na Islândia: o testemunho das sagas (Grégory Cattaneo, p. 33)


  O bastão da feitiçaria escandinava (texto de Hugo Gye, tradução de Gustavo Braga Santos, p. 39)


  Repensando a bruxaria nórdica (Johnni Langer, p. 47)



quinta-feira, 29 de outubro de 2015

DESCOBERTAS SURPREENDENTES SOBRE AS VESTIMENTAS VIKINGS


Resultados fascinantes de novas revisões dos artefatos das embarcações funerárias de Valsgärde em Uppsala apontam que aristocratas do período Viking estavam vestidos como reis da Ásia Central.

 
Em Valsgärde a norte de Old Uppsala há um cemitério com embarcações funerárias que foram conhecidos por quase cem anos. Em conexão com coleções de arqueologia da universidade de Valsgärde os artefatos foram levados para o Centro de Biologia Evolutiva, EBC, em Uppsala onde a arqueologa e doutora em arqueologia têxtil pela Universidade de Uppsala, Annika Larsson, teve a chance de trabalha-los. A arqueóloga encontrou muitos vestígios excepcionalmente bem preservados de tecidos de seda coloridos com padrões sofisticados.
- As sedas nas sepulturas foram apontadas pela arqueóloga como pertencentes a um padrão de traje russo e a um padrão de traje dos reis persas. Os Vikings em Gamla Uppsala e os chefes de Valsgärde foram assim enterrados portando trajes de seda de inspiração persa e trajes apontados pela arqueóloga como produzidos com seda típica da China. Apontando assim novos contatos e intercâmbios com diferentes povos ainda não considerados pela maior parte dos arqueólogos.

Restos humanos encontrados.

Annika Larsson e seus colegas também descobriram restos humanos destas embarcações funerárias datados para o século X.
- Muitas vezes, os livros de registro dos materiais arqueológicos não apresentam nenhum resto de seres humano. Então ficamos surpresos quando encontramos os dentes e restos de crânios e outros ossos. Pequenos pedaços de restos do esqueleto foram suficientemente bem preservados o que tornou possível a extração de DNA. Annika Larsson contatou a geneticista molecular Marie Allen, e desde então elas têm trabalhado nesse projeto juntas.
- É gratificante encontrar vestígios de ossos e dentes, materiais duros que permitem pela moagem das camadas exteriores a remoção do DNA de tempos posteriores, mas não é sempre que existe a possibilidade de extrair o DNA suficiente para analise a partir de tais ossos- diz Marie Allen, que é professora de genética forense.

Ansiosas pelos resultados.

Ambas as investigadoras estão animadas sobre os possíveis resultados dos testes de DNA. É intrigante a possibilidade de que os resultados podem apontar para o fato de que não apenas os belos tecidos, mas as pessoas enterradas também podem ter vindo dos países do leste.
- Análises de DNA podem agora serem usadas para dar uma indicação da origem de um indivíduo- diz Marie Allen .
Em uma embarcação funerária Viking em Gamla Uppsala também foram encontrados objetos que retratam as mulheres com o mesmo tipo de roupa que os homens. Isso pode indicar que as crenças vikings tinham um papel importante a desempenhar na disposição dos artefatos que preparavam os mortos para o além-vida. Marie Allen espera que as análises de DNA possam ser capazes de dizer se qualquer uma das pessoas enterradas em Valsgärde foi possivelmente uma mulher.

O intercambio comercial com Sogdiana.


Os tecidos enterrados em Valsgärde são apontados principalmente como originados de Sogdiana, a leste do Mar Cáspio. Confirmando assim o contato entre os Vikings e os persas, mas teriam estes Vikings viajados para regiões como Sogdiana para fazer compras como as de pano e outras mercadorias?
- Muitas vezes é tomado como certo que não foram eles que estavam lá, mas eles poderiam estar- diz Annika Larsson.
Surgem assim questões como: Os vikings teriam ido fazer comercio em Sogdiana? Havia intermediários? É ótimo que com estes tipos de projetos interdisciplinares temos a oportunidade de ajudar a dissipar os mitos e colocar questões em bases mais científicas.

Geralmente com roupas de seda.

Uma imagem comum que temos dos Vikings é que eles estavam vestidos com grossos tecidos de lã. Provavelmente uma verdade se considerarmos a maior parte das roupas do cotidiano, mas em túmulos mais ricos são quase sempre roupas de seda.
Estes padrões de roupas de seda marcou a cultura sueca daquele período.
- Muitos dos padrões de artesanato suecos daquele período possuem um padrão tradicional persa- disse Annika Larsson.
Eu acho isso muito legal! Este é mais um exemplo da era Viking de um contexto internacional, contexto que definiu a cultura destes povos como influenciada por todo o mundo conhecido, tal fato pode influenciar a forma como pensamos hoje. Essa é uma das minhas motivações para mostrar que a atividade de arqueólogos e historiadores é muito importante e relevante para nossos dias atuais.
 
 

FATOS: As diferentes produções da seda e a seda de Valsgärde.

 
As diferentes propriedades das sedas mostram onde os tecidos foram feitos. Os fios de seda provem do bicho da seda e são extraídos de seus casulos de diferentes maneiras nas diferentes regiões de sua produção, e os fios são tecidos de diferentes formas na China e no Oriente Médio.
O lugar onde os Vikings compravam o tecido era quase certamente a área chamada de Sogdiana, na Ásia Central ao leste do mar Cáspio. Sogdierna foi um local muito prospero no ramo comercial e teve contato com a China e a Europa sendo influenciado pela cultura da seda chinesa e da antiga Pérsia. Sogdierna também tinha sua própria produção de seda. Os Vikings provavelmente entraram em contato com sogdierna por viagens ao longo do rio Volga e do Mar Cáspio.
 Texto original:
 
Tradução de Munir Lutfe Ayoub (NEVE)

 

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Arte rupestre escandinava e Mitologia Nórdica: algumas reflexões comparativas

Comunicação: Arte rupestre escandinava e Mitologia Nórdica: algumas reflexões comparativas, apresentada durante o III Colóquio de Estudos Vikings e Escandinavos, UFPB, 2015.
 

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Pedestre encontra espada viking de 1200 anos na Noruega

Um pedestre que caminhava em uma antiga rota entre a Noruega oriental e ocidental, encontrou uma espada Viking de 1200 anos após se sentar para descansar de uma pequena pescaria.
 
Hiker finds 1,200-yr-old Viking sword in Norway
A espada está em uma condição tão boa, que poderia ser utilizada ainda hoje (Créditos: Conselho do Condado de Hordaland)
 
A espada, encontrada em Haukeli no centro-sul da Noruega será enviada para os cuidados do Museu da Universidade de Bergen.
 
Jostein Aksdal, um arqueólogo junto ao Condado de Hordaland, disse que a espada estava em tão boas condições que, se lhe fossem dados uma nova empunhadura e um polimento, ela poderia ser utilizada ainda hoje.
 
“A espada foi encontrada em condições excelentes. É muito notável se deparar com uma espada em que meramente falta a sua empunhadura”, disse ele.
 
“Quando a neve se desfazer na primavera, nós prospectaremos o lugar onde a espada foi achada. Se encontrarmos vários objetos ou mesmo um enterramento, talvez possamos elucidar a história por trás da espada”, acrescentou.
 
Ele disse ainda que julgando pelo comprimento de 77cm da espada, ela parece vir dos anos 750 a 800 d.C.
 
“Essa era uma espada comum na Noruega Ocidental. Mas também era uma arma cara e o dono deve tê-la usado para mostrar sua autoridade”, finalizou.
 
Tradução de Pablo Gomes de Miranda (UFRN/NEVE)
 
 
 

domingo, 25 de outubro de 2015

MESA-REDONDA: ESTUDOS DE LITERATURA NÓRDICA MEDIEVAL



MESA-REDONDA: ESTUDOS DE LITERATURA NÓRDICA MEDIEVAL
Mediação da professora Ms. Luciana de Campos (PPGL-UFPB/NEVE).

- “Breves considerações sobre as estruturas poéticas do nórdico antigo: exemplos de Fornyrðislag e de Dróttkvætt”.
Prof. Ms. Pablo Gomes de Miranda (UFRN/NEVE).


- “Símbolo de ruína ou fonte de sobrevivência? A duplicidade da 
Baleia na literatura medieval islandesa”.
Profa. Andressa Ferreira (PPGCR-UFPB/NEVE).


- “As Sagas Lendárias (Fornaldarsögur): uma introdução”.
Prof. Ms. Luciana de Campos (PPGL-UFPB/NEVE).


04 de novembro, 10h30 ÀS 12h00, Auditório do Centro de Educação da UFPE
2a. Jornada de Estudos Medievais e Renascentistas, UFPE


https://www.facebook.com/JEMeReUFPE?fref=ts

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

LANÇAMENTO: SITE DO NOTÍCIAS ASGARDIANAS



O boletim Notícias Asgardianas agora possui um site próprio, disponibilizando todas as suas edições, além das novas chamadas e outras informações pertinentes. O NA continua com seu endereço no Academia.Edu, mas agora está com mais flexibilidade e acesso para os internautas. Lembramos que o próximo boletim contará com um dossiê sobre a série Vikings e o limite para envio das propostas é 20 de janeiro de 2016, ao e-mail do NEVE: neveufpb@yahoo.com.br
 
Mais informações no site do NA: http://neveufpb.wix.com/noticiasasgardianas
 
 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

PALESTRA SOBRE ARQUEOLOGIA FUNERÁRIA NÓRDICA


Resultado de imagem para Terje Gansum
Professor Terje Gansum, arqueólogo e chefe do conselho de patrimônio cultural 
 
Quarta-feira, dia 28 de outubro as 19:00h no Midgard Historisk Senter em Vestfold, na Noruega, o professor, arqueólogo e chefe do conselho de patrrimonio cultural da região, Terje Gansum, apresentará seus estudos sobre os montes funerários de Borre e sobre suas salas de banquetes. Estes achados arqueológicos apontam a região de forma objetiva como um importante centro de poder na Idade do Ferro.
Gansum ainda irá apresentar respostas a uma pergunta que os arqueólogos tem feito há muito tempo e que suas novas pesquisas podem ajudar a lançar novas luzes: como se encontrava no periodo Viking a instalação portuária que tem sido apontada como essencial para o desenvolvimento dessa região? 
Tradução de Munir Lutfe Ayoub (NEVE)
 
 
 

terça-feira, 20 de outubro de 2015

CURSO: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA MITOLOGIA NÓRDICA


 
 
CURSO DE EXTENSÃO: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA MITOLOGIA NÓRDICA
Horário: 14h as 17h, sala 318, 1o andar, Centro de Educação da UFPB
Carga horária: 36 horas, 12 aulas de 3 horas, de 11 de novembro a 4 de dezembro de 2015.
Inscrições: com Filipe no Departamento de Ciências das Religiões da UFPB (Centro de Educação) pela tarde. Limite de 60 inscritos.
Certificado: os inscritos que frequentarem 75% do curso, receberão um certificado.

Ementa: O curso pretende vislumbrar alguns dos aspectos básicos no estudo da Mitologia Nórdica, contemplando as principais fontes literárias, arqueológicas e artísticas, além de uma introdução aos principais temas e objetos de estudo. Também serão contempladas as atuais discussões teóricas e metodológicas envolvendo os estudos nórdicos sobre mito e religiosidade pré-cristã na Escandinávia.

 Conteúdo: As fontes; temas e narrativas; teorias e métodos de pesquisa.

Público-alvo: estudantes de graduação e pós graduação, comunidade acadêmica em geral.

Ministrantes: Prof. Johnni Langer (UFPB); Luciana de Campos (PPGL-UFPB); Ricardo Wagner Menezes de Oliveira (PPGCR-UFPB); Andressa Furlan Ferreira (PPGCR-UFPB); Angela Albuquerque (PPGCR-UFPB).

 
Estrutura do curso e conteúdo:

Aula 1: Principais fontes; aspectos teóricos e conceituais; metodologias

Aula 2: Odin – as múltiplas faces da deidade aristocrática

Aula 3: Thor – a deidade mais popular

Aula 4: O deus Balder

Aula 5: Loki: as facetas de uma divindade polêmica e misteriosa

Aula 6: Ragnarok: a escatologia nórdica

Aula 7: A magia e o pensamento mágico no mundo nórdico

Aula 8: Fertilidade, mundo doméstico e o feminino: as deusas

Aula 9: Plantas mágicas, bebidas e alimentos sagrados

Aula 10: Os deuses do mar

Aula 11: Natureza, sabedoria e caos: os Gigantes e as gigantas

Aula 12: Dísir, valquírias e seres fantásticos

 Horário: 14h as 17h, sala 318, 1o andar, Centro de Educação da UFPB

Bibliografia Básica:

Fontes primárias:

ANÔNIMO. Edda Mayor, tradução de Luis Lerate. Madrid: Alianza Editorial, 2009.

ANÔNIMO. The Poetic Edda, tradução de Carolyne Larrington. Oxford: Oxford Universty Press, 1999.

ANÔNIMO. Saga dos Volsungos, tradução de Theo Borba Moosburger. São Paulo: Hedra, 2009.

ANÔNIMO. Poesía antiguo-nórdica: antologia (siglos IX-XII), tradução de Luis Lerate. Madrid: Alianza Editorial, 1993.

GRAMATICUS, Saxo. The history of the Danes, tradução de Peter Fisher. New York: D. S. Brewer, 2008.

STURLUSON, Snorri. Edda Menor, tradução de Luis Lerate. Madrid: Alianza Editorial, 2004.

STURLUSON, Snorri. The Prose Edda, tradução de Jesse Byock. London: Penguin Books, 2005.

STURLUSON, Snorri. La saga de los Ynglingos, tradução de Santiago Lluch. Madrid: Alianza Editorial, 2012.

STURLUSON, Snorri. Heimskringla, tradução de Lee Hollander. Austin: University of Texas, 2009.

 
Estudos básicos e manuais:

BERNÁRDEZ, Enrique. Los mitos germánicos. Madrid: Alianza Editorial, 2002.

BOYER, Régis. Herós et dieux du Nord: guide iconographique. Paris: Flammarion, 1997.

DAVIDSON, Hilda. Deuses e mitos do Norte da Europa. São Paulo: Madras, 2004.

DAVIDSON, Hilda. Escandinávia. Lisboa: Editorial Verbo, 1987.

DUMÉZIL, Georges. Do mito ao romance. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

GRANT, John. Introdução à mitologia Viking. Lisboa: Editorial Estampa, 2000.

LANGER, Johnni (Org.). Dicionário de Mitologia Nórdica. São Paulo: Hedra, 2015.

LANGER, Johnni. Na trilha dos vikings: estudos de religiosidade nórdica. João Pessoa: UFPB, 2015. Disponível em: www.academia.edu/12575618

LANGER, Johnni. Deuses, monstros, heróis: ensaios de mitologia e religião viking. Brasília: UNB, 2009.

LANGER, Johnni. Guia crítico da Mitologia Escandinava: fontes e bibliografia. Webartigos, 2010. Disponível em: www.academia.edu/1741588

LINDOW, John. Norse mythology: a guide to the gods, heroes, rituals, and beliefes. Oxford: Oxford University Press, 2001.

PAGE, Raymond Ian. Mitos nórdicos. São Paulo: Centauro, 1999.

SIMEK, Rudolf. Dictionary of Northern Mythology. London: D.S. Brewer, 2007.

Bibliografia secundária:

ABRAM, Christopher. Myths of the pagan North: the gods of the norsemen. London: Continuum, 2011.
ACKER, Paul & LARRINGTON, Caroline (Eds). The Poetic Edda: essays on Old Norse Mythology. New York: Routledge, 2002.

ANLEZARK, Daniel (Ed.). Myths, legends, and heroes: essays on Old Norse and Old English literature. Toronto: University of Toronto Press, 2011.

BOYER, Régis. La grande déesse du Nord. Paris: Berg International, 1995.

BOYER, Régis. Le monde du double: la magie chez les anciens Scandinaves. Paris: Berg International, 1986.

DAVIDSON, Hilda. The lost beliefs of Northern Europe. New York: Routledge, 2001.

DAVIDSON, Hilda. Roles of the Northern Goddess. London: Routledge, 1990.

DAVIDSON, Hilda. Myths and symbols in Pagan Europe: early Scandinavian and celtic religions. New York: Syracuse University Press, 1988.

DUMÉZIL, Georges. Mythes et dieux de la Scandinavie ancienne. Paris: Éditions Gallimard, 2000.

DUMÉZIL, Georges. Loki. Paris: Flammarion, 1986.

DUMÉZIL, Georges. El destino del guerrero: aspectos míticos de La función guerrera entre los indoeuropeos. Mexico: Siglo Veintiuno, 2003.

DUMÉZIL, Georges. Los dioses de los germanos: ensayo sobre la formación de La religión escandinava. Mexico: Siglo Veintiuno, 1990.

HARRIS, Joseph. Eddic Poetry. In: CLOVER, Carol & LIDOW, John (Eds). Old Norse-Icelandic Literature: a critical guide. London: University of Toronto Press, 2005, pp. 68-156.

LANGER, Johnni. O zodíaco viking: reflexões sobre etnoastromia e mitologia escandinava. História, imagem e narrativas 16, 2013. http://ufpb.academia.edu/JohnniLanger

LANGER, Johnni. Valquírias versus gigantas: modelos marciais na mitologia escandinava. Revista Brasileira de História das Religiões 13, 2012. http://ufpb.academia.edu/JohnniLanger

LANGER, Johnni. A morte de Odin? As representações do Ragnarök na arte das Ilhas Britânicas (séc. X). Medievalista 11, 2012. http://ufpb.academia.edu/JohnniLanger

LANGER, Johnni. Pagãos e cristãos na Escandinávia da Era Viking. Revista Brasileira de História das Religiões 4(10), 2011. http://ufpb.academia.edu/JohnniLanger

LANGER, Johnni. O mito do dragão na Escandinávia, parte 2: As Eddas. Brathair 7(1), 2007. http://ufpb.academia.edu/JohnniLanger

LANGER, Johnni. Mythica Scandia: repensando as fontes literárias da mitologia viking. Brathair 6 (2), 2006. http://ufpb.academia.edu/JohnniLanger

LANGER, Johnni. As estelas de Gotland e as fonte iconográficas da mitologia viking. Brathair 6(1), 2006. http://ufpb.academia.edu/JohnniLanger

LINDOW, John. Mythology and mythography. In: CLOVER, Carol & LIDOW, John (Eds). Old Norse-Icelandic Literature: a critical guide. London: University of Toronto Press, 2005, pp. 21-67.

MCKINELL, John. Meeting the Other in Norse Myth and Legend. London: D.S. Brewer, 2005.
 
 
 
QUINN, Judy et ali (Eds). Learning and understanding in the Old Norse World. London: Brepols, 2007.

ROSS, Margaret Clunie. Prolonged Echoes: Old Norse Myths in Medieval Northern Society. Odense: Odense University Press, 1994.

ROSS, Margaret Clunie. Prolonged Echoes: The Reception of Norse Myths in Medieval Island. Odense: Odense University Press, 1998.
 
 
 
 
 
 
 



 

ENTREVISTA: A ESCANDINAVÍSTICA NO BRASIL



Entrevista realizada por Sara Monteiro com prof. Dr. Johnni Langer para monografia em Teoria da História pela UFPR.
 
1) Nome completo, titulação e trajetória institucional:
Johnni Langer, Bacharel, Mestre e Doutor em História pela UFPR; Pós-Doutor em História pela USP. Fui professor de História Antiga na Faculdade Estadual de União da Vitória (PR) e História Medieval no Centro Universitário de Palmas (PR); professor de História Medieval na UFMA e atualmente docente do curso de Pós Graduação em Ciências das Religiões na UFPB.

 
2) Como você definiria sua área de atuação no campo da História?
A Escandinavística é uma área específica dos estudos medievais, que vem recebendo amplo respaldo em diversos países do mundo, inclusive México, África do Sul e Japão, e mais recentemente no Brasil. Ela engloba diversas metodologias, algumas comuns ao estudo da História em geral na atualidade, como as perspectivas culturalistas e da História Cultural; Antropologia Cultural; Semiótica e discurso; estudos literários e História da linguagem; História e cultura material; Cultural visual e história da arte, entre outras.

 
 3) O que te levou, pessoal e/ou intelectualmente, a se interessar por essa área?
Meu interesse começou na infância, com a leitura de quadrinhos e o contato com filmes épicos, como Vikings, os conquistadores. Academicamente, minha trajetória teve início durante a graduação, quando iniciei minhas leituras sobre mitologia medieval, a partir de um curso de extensão ministrado pelo prof. Dr. Hilário Franco Júnior na UFPR em 1986. Posteriormente, realizei estágio pós-doutoral na USP com esse mesmo pesquisador a respeito dos mitos nórdicos.

 
 4) Como você vê o desenvolvimento dessa área no Brasil?
O desenvolvimento é promissor, já foi conquistado muito, mas ao mesmo tempo, a área ainda necessita crescer muito mais. Ocorre a necessidade da criação de mais centros de pesquisa, de pesquisadores e professores atuando em cursos de graduação e pós graduação, com orientações voltadas diretamente para a área. Existem muitos alunos interessados em desenvolver pesquisas neste campo, mas desistem pelo fato de não existirem especialistas ou então, ao menos, medievalistas interessados em orientar o tema.

 
 5) Como se dá a relação entre ela e outras áreas do conhecimento?
A Escandinavística é uma área tradicionalmente multidisciplinar. Quem estuda a mitologia nórdica, por exemplo, recorre a vários outros campos, como estudos de imagem, a relação entre literatura e mito, a tradição oral, as perspectivas da Antropologia, os estudos folclóricos, a codicologia e a paleografia e muitas outras. Os estudos de religiosidade englobam também várias áreas do conhecimento, como a Arqueologia, a geografia e a espacialidade, a relação entre cultura material e a sociedade.

 
 6) Qual a posição desta área de pesquisa em nosso país?
Ainda é muito marginalizada. Em geral, os estudos medievais estão bem consolidados, mas a área escandinava ainda sofre pela falta de profissionais e de uma maior inserção nos grandes centros e laboratórios universitários em geral. Mas o panorama tende a mudar, especialmente pelo amplo interesse popular e de uma nova geração acadêmica ávida pelo mundo nórdico.

 
7) Trata-se de uma área internacionalizada? Como você vê a inserção dos pesquisadores brasileiros em redes de pesquisas internacionais?
A Escandinavística é amplamente internacionalizada nos grandes centros de pesquisa do mundo, mas no Brasil ainda caminhamos a passos pequenos. Muitos membros do NEVE (Núcleo de Estudos Vikings e Escandinavos) mantém contato direto com diversos escandinavistas norte-americanos e europeus há muitos anos. Alguns fazem parte de grupos estrangeiros, como Pablo Miranda (integrante do grupo Valland da França). E também temos colaboradores estrangeiros do grupo NEVE registrados no CNPQ, como Neil Price, Terry Gunnnell e Teodoro Antón. Muitos trabalhos produzidos no Brasil já receberam diversas citações internacionais, o mais conhecido é o artigo “The origins of the imaginary viking” (publicado na revista Viking Heritage em 2002) e que recebeu cinco citações em livros e seis em artigos em língua inglesa e francesa. Mais recentemente, uma tese de doutorado na Noruega citou um artigo em português de autoria brasileira. A produtividade brasileira já recebe atenção de pesquisadores europeus e a tendência é que isso aumente ainda mais. O panorama futuro é que alguns brasileiros participem de estágios na Europa e que colaborem diretamente com pesquisas em andamento ou tenham inserção maior em grupos estrangeiros.

 

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

LANÇAMENTO: DOSSIÊ MITO E RELIGIOSIDADE NÓRDICA, RBHR

 

LANÇAMENTO - DOSSIÊ: MITO E RELIGIOSIDADE NÓRDICA (REVISTA BRASILEIRA DE HISTÓRIA DAS RELIGIÕES N. 23, 2015):

http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RbhrAnpuh/issue/view/941

Apresentação -  Vanda Fortuna Serafim, Gizele Zanotto 01-06

Mito e Religiosidade Nórdica - Johnni Langer 07-10

Vaningi: O javali e a identidade dos Vanir - Hélio Pires 11-22

As runas de Cristo – aspectos da conversão da Escandinávia Medieval na Idade Média Tardia - Álvaro Alfredo Bragança Júnior 23-37

Representações de honra e vingança na mitologia nórdica - Flávio Guadagnucci Palamin 39-55

Oseberg: rito, mito e memória na construção da identidade nacional norueguesa no século XX - Mário Jorge da Motta Bastos, Munir Lutfe Ayoub 57-72

Discutindo o Xamanismo no Mito e na Literatura Escandinava: uma breve revisão historiográfica - Maria Emília Monteiro Porto, Pablo Gomes de Miranda 73-86

A construção da identidade cristã pela Jóns saga helga - Arno Maschmann de Oliveira, André Araújo de Oliveira 87-96

A sacralidade que vem das taças: o uso de bebidas no Mito e na Literatura Nórdica Medieval - Luciana de Campos 97-107

A descoberta do horizonte: a cristianização dos Vikings na América - Gleudson Passos Cardoso, José Lucas Cordeiro Fernandes, André Luiz Campelo dos Santos 109-124

O simbolismo da águia na religiosidade nórdica pré-cristã e cristã - Johnni Langer, Ricardo Wagner Menezes de Oliveira, Andressa Furlan Ferreira 125-162

Uma pequena igreja, um grande almofariz cultural: iconografia céltica religiosa em Kilpeck, Inglaterra, século XII - Elisabete Leal, Amanda Basilio Santos



 

domingo, 18 de outubro de 2015

VIDEOCONFERÊNCIA: A MULHER NÓRDICA NA ERA VIKING: DEBATES ATUAIS


 
 
VIDEOCONFERÊNCIA: A MULHER NÓRDICA NA ERA VIKING: DEBATES ATUAIS,
com Profa. Ma. Luciana Campos (PPGL-UFPB/NEVE)

 III CICLO SÉRIE VIKINGS, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM)

  Dia 09/11, 17 horas no auditório do CCSH/UFSM
A Videoconferência será transmitida pela equipe Multiweb da UFSM e ficará gravada no site da Multiweb para quem quiser assistir depois.


sexta-feira, 16 de outubro de 2015

CONFERÊNCIA: MITO E LITERATURA NAS EDDAS

 
 
Conferência de abertura: "Mito e Literatura nas Eddas", com Prof. Dr. Johnni Langer (UFPB/NEVE/VIVARIUM) e mediação do professor Dr. André de Sena (UFPE).
2ª Jornada de Estudos Medievais e Renascentistas, Recife, UFPE, 4 e 5 de novembro de 2015.
 
Informações:

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

TESOURO DA IDADE DO BRONZE É ENCONTRADO NA DINAMARCA


Sinuoso Tesouro Nórdico

Por Jack Martinez, em 05 de outubro de 2015

Tradução de Ricardo Menezes (NEVE), em 15 de outubro de 2015

Espirais de ouro (Cortesia do Museu Nacional Dinamarquês)

Arqueólogos escavaram diversas espirais de ouro atípicas em um sítio na Zelândia, região da Dinamarca oriental. Pesquisadores do Museu Nacional Dinamarquês encontraram 2.000 dos delicados artefatos helicoidais, concentrados em dois depósitos, preservados sob as camadas de solo arado.

 Flemming Kaul, do Museu Nacional Dinamarquês, diz que não é claro o significado das espirais ou para que eram utilizadas, mas seu sentido era, provavelmente, ritualístico. Aproximadamente 300 deles foram encontrados próximos a fragmentos que sugerem que foram colocados em um recipiente votivo de madeira. Datados da Idade do Bronze Nórdica Tardia, entre 900 e 700 a.C., quando a cultura local cultuava um deus solar, segundo Kaul.

No século XIX, vasos de ouro esculpido foram encontrados no local, e dois anos atrás amadores encontraram braceletes de ouro nas proximidades. Esses achados sugerem que a região foi um centro de riqueza. “Nós consideramos essa área, a área mais rica em ouro da Escandinávia”, disse Kaul, “e um centro para rituais e para religião”.