GUIA DA DINAMARCA
VIKING: SÍTIOS, MUSEUS E FESTIVAIS
Johnni Langer (UFPB/NEVE)
A Dinamarca é um dos
melhores países para se conhecer o passado viking. Neste ensaio apresentamos
alguns dos principais sítios arqueológicos, centros experimentais, museus e
festivais relacionados com a temática, do qual conhecemos em visitações em 2018 e 2019, apresentando também uma bibliografia ao final do texto e dicas de viagem. O período mais
recomendado para a visitação ao país é entre junho a agosto, devido às inúmeras atividades
promovidas pelos centros e museus, além das datas dos festivais e mercados vikings. Em
outras épocas as instituições (tanto museus quanto centros experimentais) ficam fechadas devido ao inverno e o acesso aos
sítios arqueológicos também fica bem limitado. O calendário das atividades pode
ser consultado nos sites referenciados em cada seção. Muitos sítios da região
da Zelândia podem ser acessados por ônibus, trem, carro e bicicleta (estes dois
últimos são locados em Copenhague). A ilha da Fiônia e a Jutlândia podem ser acessadas facilmente por ônibus e trem.
O guia privilegia os
aspectos materiais e históricos da Era Viking. Para o conhecimento do acervo e
patrimônio dinamarquês relacionado com a Mitologia Nórdica, consulte o ensaio Mitos nórdicos na Dinamarca: guia iconográfico.
A. ILHA DA ZELÂNDIA:
1.
Copenhague:
O principal acervo da Era
Viking na capital dinamarquesa concentra-se no Museu Nacional da Dinamarca (entrada paga). Para uma visita à todas
as seções deste grandioso museu, é necessário ao menos um dia inteiro, mas
somente a seção nórdica medieval é possível de ser conhecida em torno de uma
hora e meia a duas horas. Neste acervo pode-se contemplar pedras rúnicas, joias e
joalherias, armamentos (espadas, lanças, cotas de malha), peças do cotidiano. O
museu congrega exibições permanentes de formato tradicional, com exposição de
peças originais e reconstituições contemporâneas, mas também apresentando
inovações como a reprodução parcial de uma habitação da Era viking – com
detalhes da iluminação e arquitetura. O grande destaque é o salão das pedras
rúnicas – da qual a mais importante sem sombra de dúvida é a de Snoldelev (DR 248), com as gravações de
uma roda solar da Idade do Bronze, uma suástica e um triskelion de cornos,
estes dois últimos da Era Viking.
Salão das pedras rúnicas do Museu Nacional. Fotos do autor.
Outra instituição na capital, o Museu de Copenhague (a poucos metros do
Museu Nacional), contempla o resultado das escavações arqueológicas no
metrô da cidade que remontam aos seus primórdios no século XI, ou seja, no
final da Era Viking. Algumas destas descobertas incluem diversos corpos de
homens, mulheres e crianças, além de objetos como pentes de ossos, metais e
contas de colares.
Seção da Era Viking do Museu Nacional. Fotos do autor.
2. Museu Nacional de História (Castelo de Frederiksborg, Hillerød, entrada paga)
Apesar de não conter material original da Era Viking,
pois concentra-se na história de Copenhague do Renascimento até o século XX,
vale a visitação pela exposição de uma réplica da pedra de Jelling, além de
exemplares setecentistas da Edda Menor de Snorri e pinturas históricas retratando os vikings como
tema principal.
Fotografia de exemplar da Edda de Snorri e pintura de temática viking, Museu de Frederiksborg. Fotos do autor.
No mesmo condado (Frederiksborg), no município de Frederikssund,
localiza-se uma vila viking, com a reprodução de várias habitações nórdicas da
Era Viking – também neste local, durante o mês de julho, ocorrem várias
encenações teatrais e dramatizações históricas e mitológicas (durante a noite,
todos com atores voluntários, destaque para a encenação da tragédia Hagbard e
Signe), além de um mercado e festivais temáticos (entrada paga). Segundo o guia
da Politikens Forlag, as ações de reconstituições neste local já remontam a
sessenta anos. Também em julho ocorre em Frederikssund um mercado medieval de
forma independente. Se for planejada uma viagem neste mês, pode-se conciliar a
visitação nestas três áreas: o museu do Castelo de Frederiksborg, o festival da
vila viking e o mercado medieval de Frederikssund.
Vila viking de Frederikssund, foto do autor.
A vila viking também realiza atividades em abril e um
mercado durante o festival das luzes em dezembro. O site do mercado viking
dispõe das diversas atividades, incluindo passeios a cavalos para crianças (que
se encerram as 16 horas da tarde) e atividades de artesanato. A distância a
carro de Copenhague a Frederikssund leva cerca de 44 minutos e de trem 1 hora
(saindo da estação central, com várias opções de horários).
Mercado viking de Frederikssund, foto do autor.
Também muito próximo de Frederikssund (15 minutos de
carro e 40 minutos de trem) é possível visitar o castelo de Jægerspris, que contém
em seu jardim três pedras rúnicas originais da Era Viking, muito bem
preservadas (com acesso livre e gratuito ao parque), incluindo Flemløse e sua famosa inscrição: “Esta pedra foi feita em memória de Roulv,
chefe do povo Næs”. As pedras foram transportadas ao
local no Oitocentos porque o rei Frederico VII era amante da Arqueologia.
Pedras rúnicas do castelo de Jægerspris. Fonte da foto.
3.
Museu Kroppedal (Taastrup, entrada grátis)
Situado a 20 km de
Copenhague (20 m de carro, 47 m de trem), o museu reúne acervo de História da Astronomia
e Arqueologia. Em relação a material nórdico medieval, exibe objetos
(especialmente encontrados em sepulturas) e o documentário “Rural Vikings”. Em
2018 iniciou uma exposição temporária sobre os vikings. A 200 metros do museu,
existem demarcações em madeira de antigas habitações de uma vila medieval, além
de reconstituições de estradas e de uma ponte da Era Viking (construída originalmente
por Harald Dente Azul, com 100 metros) – estas últimas realizadas em 2017.
Esqueleto da Era Viking. Museu Kroppedal. Fonte da foto.
A 6 minutos de carro e 18
minutos a pé de distância do museu de Kroppedal, localiza-se a vila viking de Alberslund, mantida por 130 voluntários. O local possui várias reconstituições
de habitações e o cotidiano da Era Viking (como a criação de animais, estábulos
e estrutura de fazenda), além de manter cursos e oficinas para adultos e
atividades para crianças. As atividades concentram-se por todo o verão
escandinavo.
Vila viking de Alberslund. Fonte da foto.
4.
Pedra rúnica de Kallerup (DR 250, Hedehusene, acesso livre)
A mais antiga pedra
rúnica da Dinamarca, descoberta em 1827 e datada do século 700-800 d.C., ainda
com runas do alfabeto Futhark antigo. Está localizada no jardim da igreja de Ansgar no município de Hedehusene (a 12 minutos de carro e 40 minutos de trem do Museu de
Kroppedal; 29 minutos de carro e 32 minutos de trem de Copenhague).
Pedra rúnica de Kallerup (DR 250). Fonte da foto.
5. Museu Køge (Køge, entrada paga).
O museu possui uma seção
sobre a Era Viking contendo objetos de vidro, cerâmica, ossos e outros objetos
do cotidiano. O destaque fica por conta de pilares originais de uma casa do
líder da comunidade de Toftegård recuperada arqueologicamente. O museu
localiza-se a 38 minutos de carro e 48 minutos de trem de Copenhague.
Museu Køge, foto do autor.
6. Fortaleza de Borrering (Vallø Borgring,
Køge, acesso pago).
Fortaleza circular com 121
metros de diâmetro, originalmente com uma muralha de 10 metros de altura e disposta
em paliçada mas sem sinais de fosso. Localiza-se bem próxima do museu de Køge (8 minutos de carro), mas é bem menos
impressionante que as fortalezas dinamarquesas de Fyrkat e Trelleborg.
7. Museu dos barcos vikings de Roskilde
(Roskilde, entrada paga)
O mais importante museu com acervo viking de toda a Zelândia. Além das maravilhosas embarcações originais em
exposição (de vários tamanhos e formatos), recuperadas no fiorde após as
investigações e resgate arqueológico dos anos 1970, o museu dispõe de vários objetos reconstituídos
(como teares), armamentos e uma interessante exposição interativa, onde os
visitantes podem vestir roupas nórdicas da Era Viking e posar para fotografias
em embarcações. Fora do museu existe um centro experimental onde é possível
vislumbrar atividades de marcenaria e a construção de diversos tipos de
embarcações, além de participar de oficinas especializadas durante o período do
verão. Imperdível é o passeio no Báltico em embarcação reconstituída dos tempos
vikings, com a possibilidade de aprender um pouco sobre navegação nórdica e
inclusive remar e controlar a vela principal. A atividade é paga e dura cerca
de uma hora e é necessário realizar reserva antecipada logo que o museu abre
(as 10h da manhã), pois logo o local fica repleto de turistas e o espaço das
embarcações é limitado a poucas pessoas (12 por barco). Antes da experiência,
monitores especializados realizam uma instrução prévia aos participantes, com
conteúdo tanto sobre segurança quanto de história da navegação e cultura
nórdica. A atividade de navegação é disponível ao público em geral de maio a
setembro.
Museu do navio viking. Fonte da foto.
A 14 minutos a pé de
distância do Vikingeskibs Museet, é possível visitar outra instituição. o Museu da cidade de Roskilde, que conta com exposições temporárias e interativas sobre a Era
Viking, incluindo a exibição de joias e diversos objetos recuperados na escavação
do sítio de Gerdrup, Vindinge e Kirke Hyllinge. Um dos pontos altos é a
exibição dos remanescentes da sepultura feminina A505 de Trekroner-Grydehøj,
considerada de uma antiga völva.
8. Museu de Lejre (Lejre, entrada paga)
Lejre constitui uma das
visitas obrigatórias para a região da Zelândia aos interessados no passado
viking. O museu de Lejre, apesar de pequeno, é especializado na temática
nórdica medieval, apresentando uma exposição permanente bem moderna e
interativa, conciliando a exposição de objetos com conteúdo didático. A seção
reconstituindo o interior de uma habitação da Era Viking é uma experiência
formidável e única. Mas sem nenhuma dúvida o âmago da visitação é o pequeno e
maravilhoso pingente de Odin, recuperado na região, que conta com a exposição
do objeto original e um vídeo interativo para que o visitante possa perceber
todos os detalhes deste importante artefato. A visitação inclui três seções
básicas, divididas entre uma introdução às fontes arqueológicas e históricas
sobre a dinastia Scylding; a segunda um grande mapa digital com os monumentos e
escavações da região; a terceira são os tesouros arqueológicos do museu.
Museu de Lejre, fotos do autor.
A poucos metros do museu, é possível visitar
os montículos funerários de Hyldehøj, Ravnshøj e Grydehøj, conectados à
legendária dinastia Scylding. Mas o mais impressionante sítio arqueológico do
local é o alinhamento pétreo em formato de embarcação (Skibssætning, em
português: barcos de pedra), dos quais sobrevivem apenas 28 pedras, mas ainda
constituem o maior conjunto de toda a Zelândia (90 metros de extensão e 20 m de
largura). Estes monumentos funerários foram erigidos em torno do ano 900 d.C. e
ainda restam 55 sepulturas originais. O alinhamento é acessado por meio de uma trilha a partir do museu, do qual se situa a uns 10 minutos a pé.
Pedras funerárias de Lejre, foto do autor.
A partir do Museu de
Lejre (1,7 km de distância), é possível ir em linha reta até o Centro Experimental de Lejre (Sagnlandet, Terra das lendas, entrada paga). Existem
ônibus especiais que saem diretamente de Copenhague até este local, um dos
melhores centros experimentais de toda a Dinamarca. O local oferece diversas reconstituições da vida
cotidiana em vários períodos da História do país, como o Neolítico, Idade
do ferro e a Era Viking, por meio de pesquisadores e monitores devidamente
caracterizados e realizando atividades manuais como confecção de artefatos,
alimentos, equipamentos, etc. No local é possível realizar oficinas e cursos
especializados como cerâmica, tecelagem, metalurgia, lutas, equitação, metalurgia, arco e
flecha. No mês de julho ocorre um grande mercado viking. Uma das principais áreas
do centro é o famoso pântano sacrificial com os restos de cavalos e auroques,
reconstituindo alguns dos principais rituais efetuados na região durante os
tempos pré-cristãos. Uma atividade imperdível no local é o passeio de canoa
(feita de um único tronco de árvore) em uma lagoa, mas também é possível
participar da fabricação de alimentos e até mesmo o uso de ferramentas manuais.
Vila da Idade do Ferro, Centro Experimental de Lejre, fotos do autor.
Para os amantes da
Arqueologia, um local imperdível próximo de Lejre é o monumento megalítico de Øm jættestue, uma sepultura de corredor do Neolítico muito bem preservada (com
aproximadamente 3.000 anos). A câmara funerária central possui 7 metros e é
possível ficar de pé em seu interior. Uma experiência inesquecível. O acesso é
realizado descendo na estação de Estação de Lejre e percorrendo a pé a partir
da confeitaria Lejre Bageri V e a comunidade do local (logo aparecem placas
patrimoniais indicativas do sítio Øm jættestue). Não seguir o trajeto fornecido
pelo Google maps, que é muito mais longo e complicado. De carro, do Museu de
Lejre via Klostergårdsvej até este sítio, o trajeto dura
7 minutos.
Entrada do túmulo neolítico de Øm jættestue, foto do autor.
9. Museu de Trelleborg (Slagelse,
entrada grátis, exceto durante o festival de julho)
O museu é pequeno e possui poucos
materiais originais, com algumas exposições didáticas sobre o cotidiano e a
história da Dinamarca da Era Viking. Ao lado do museu, foi
reconstituída uma casa comunal (casa longa, salão real), construída em 1942.
Objetos da Era Viking do Museu de Trelleborg. Foto do autor.
Atividade interativa do Museu de Trelleborg e cena do mercado viking. Fotos do autor
Mas a grande atração do
local são os vestígios de Trelleborg, a mais bem preservada fortaleza circular
da Dinamarca da Era Viking. Ela foi erigida em 980 durante o reinado de Harald
Dente Azul. Em seu interior existem as demarcações de 16 edificações em formato
de embarcação. O local é o único em que foram encontrados vestígios de ataque. Trata-se de um dos mais formidáveis sítios arqueológicos da Era Viking.
Entrada da fortaleza de Trelleborg. Foto do autor.
O salão real de Trelleborg. Foto do autor.
Anualmente, durante a
segunda metade de julho é realizado o maior festival e mercado viking da
Dinamarca (para mais detalhes, leia: NEVE visita festivais vikings na Dinamarca),
reunindo centenas de pesquisadores e entusiastas, com a venda de diversos
objetos, além de oficinas, cursos e dezenas de atividades para o público. O ponto alto é a
impressionante reconstituição da batalha de Trelleborg, efetuada por cerca de
200 pessoas caracterizadas, dentro e fora da fortaleza.
Cena da reconstituição da batalha de Trelleborg. foto do autor.
10. Centro Viking de Fugledegård (St. Fuglede,
entrada paga)
O centro é especializado na pesquisa e
reconstituição de atividades religiosas da Era Viking, incluindo atividades
para crianças. Os rituais são baseados nas pesquisas efetuadas em torno do lago
Tissø durante os anos
1970 e 1990, do qual se descobriram vários objetos com sentido simbólico e
religioso, incluindo pingentes de figuras femininas.
É possível realizar uma
trilha na região, chamada “In the footsteps of the Vikings”, com cerca de
3.5km, explorando os locais onde foram encontrados objetos, revelando
informações sobre a vida na Era Viking.
No começo de outubro é
realizado um mercado viking na área (Tissø Vikingemarked),
sempre aberto por uma reconstituição de um sacrifício a Tyr no lago.
B. ILHA DA BORÍNGIA
1. Museu Bornholm (Rønne, ilha da Boríngia, entrada paga).
Apesar de sua localização desprivilegiada (situado abaixo da Suécia, no mar Báltico, com a Polônia ao sul) o museu possui um acervo formidável de joias e objetos preciosos da Era Viking. Na ilha também é possível visitar a fortaleza viking de Gamleborg, vestígios de uma cidadela viking, além de castelos e diversas construções medievais. A ilha também é um dos locais com maior concentração de pedras rúnicas da Dinamarca, com cerca de 40 monumentos identificados. Um mapa com a localização de algumas destas pedras é disponível online. A pedra rúnica mais importante de todas é a de Brogård, localizada em Svalhøjvej, próxima de Simblegårdsvej com o texto: “Svenger erigiu esta pedra em honra de seu pai Toste e seu irmão Alvkaj e sua mãe e sua irmã”.
C. ILHA DA FIÔNIA
1. Museu Viking de Ladby (Kerteminde,
entrada paga).
Museu especializado em
objetos recuperados em barcos funerários, além da reconstituição dos próprios
enterros e exibição do navio original. Destaque para objetos como âncoras. Durante
o verão, réplicas de embarcações ficam ancoradas no fiorde.
Ao lado do museu, fica o
montículo do único vestígio de sepultamento por embarcação da Dinamarca viking,
datado de 925 d.C.
2. Memorial de Glavendrup (Glavendrup,
acesso livre)
Um impressionante
alinhamento de pedras em formato de navio (com 60 metros de comprimento), com
uma pedra rúnica em seu fim (DR 209), contendo o famoso trecho de uma maldição,
prejudicando quem mover ou danificar a pedra. Para mais detalhes em português, consulte a publicação: Thor nas pedras rúnicas da Dinamarca Viking.
Um museu local dedicado à História cultural da região, não sendo especializado em Era Viking, mas com uma seção especial que vale a visitação. Possui muitos artefatos encontrados na escavação da sepultura de Rosenlund. Um dos pontos altos da exposição permanente sobre vikings é a exibição de uma espada do tipo Ulfberht
Museu Møntergården, fotos do autor.
D.
JUTLÂNDIA
1. Museu de Jelling (Jelling, entrada
grátis).
Maravilhosa experiência
museológica, com diversas exposições interativas, unindo a exibição de
artefatos originais da Era Viking com a mais moderna tecnologia.
Ao lado do museu fica a
área monumental, com dois montículos funerários reais: o maior, com 60 metros de
diâmetro e originalmente ladeado por 356 pedras em formato de embarcação.
Provavelmente o local onde o rei Gorm foi enterrado entre 958-959.
As principais atrações do
local são as pedras rúnicas. A menores foi feita pelo rei Gorm em memória
de sua esposa Thyra. Na maior, o rei Harald Dente-Azul declara suas conquistas e a
proclamação do cristianismo para os Danes por volta de 965 d. C. A arte das pedras rúnicas foi
realizada no estilo Mammen e foi declarada patrimônio da humanidade pela Unesco
em 1994. As pedras recebem atualmente uma proteção com vidro.
As pedras de Jelling. Fotos do autor.
2.
Festival viking de Jels (Rødding,
entrada paga)
Desde 1977 é realizado
nesta região um festival, reunindo diversas dramatizações com temas sobre amor,
guerra, assassinatos e reconciliações da Era Viking. No mesmo local são
realizadas grandes refeições e brindes com bebidas, além de uma grande feira
com venda de objetos, cerâmica, joalheria, etc. O festival é realizado nas duas
primeiras semanas de julho.
3. Museu viking de Ribe (Ribe, entrada
paga)
Museu com diversos
conteúdos relacionados aos nórdicos medievais, com exibição de objetos,
maquetes e reconstituições. As exposições enfatizam a vida da cidade de Ribe
durante o seu auge comercial. Também várias atividades para crianças envolvem
mitologia nórdica, além da exibição de pedras rúnicas resgatadas durante a
construção da catedral em 1850.
A seis minutos de carro
(via Haulundvej) do Museu, fica o Ribe Viking Centre (entrada paga), dedicado à
arqueologia experimental da Era Viking, com a reprodução de várias casas
longas, ferrarias, oficinas e vários aspectos da vida cotidiana, incluindo
passeios a cavalo. O local se dedica a cursos e oficinas para crianças e
adultos durante o ano inteiro. Entre abril e maio é realizado um mercado
internacional.
Centro Viking de Ribe, foto do autor.
4.
Bork Viking harbour (Hemmet, entrada
paga)
Reprodução de vila
Viking, com diversas atividades ao público durante todo o ano, incluindo
passeis em embarcações e uso de reproduções de vestimentas originais. Em agosto
ocorre o mercado viking.
5. Momu – Museu Moesgaard (Aarhus,
entrada paga).
Um dos maiores e mais
impressionantes museus dinamarqueses, com uma grande exposição permanente
dedicada à Era Viking, incluindo diversas pedras rúnicas, artefatos e as famosas pedra de Loki e a máscara de Aarhus. Na área externa é possível visitar a reconstituição de um pequeno
santuário nórdico pré-cristão. O centro da cidade de Aarhus possui várias
linhas de ônibus com destino final ao museu. Em julho ocorre o mercado viking de Moesgaard.
Pedras rúnicas do Museu de Moesgaard. Fotos do autor.
Armamento viking do Museu de Moesgaard. Foto do autor
Santuário nórdico pré-cristão de Aarhus. Foto do autor.
No centro da cidade de
Aarhus, ao lado da catedral, funciona um pequeno museu viking, organizado pelo Momu,
com a exposição de vários artefatos e peças originais, além de algumas
reproduções. Também próximo dali é possível visitar a igreja medieval de
Vejlby, com afrescos representando diabos auxiliando na confecção feminina da manteiga. Ambos valem muita a visitação.
Museu viking de Aarhus, foto do autor.
6. Centro Viking de Fyrkat (Hobro, entrada
paga)
Centro experimental
dedicado à reprodução da vida dos fazendeiros e guerreiros nórdicos em torno do
ano 980. As reconstituições foram baseadas nas escavações de Vorbasse. Em maio
e junho o grupo teatral Fyrkatspiller executa diversas encenações no local.
Perto dali (21 minutos a pé e 4 minutos de carro) o Museu Hobro expõe
diversos objetos recuperados durante as escavações da fortaleza de Fyrkat, além
de joias e vestuários.
A fortaleza de Fyrkat,
situada a 1 km do centro viking de Fyrkat, é uma das mais famosas da Dinamarca. Foi
construído para demonstrar o poder de Harald dente Azul. Além das habitações
dos guerreiros, Fyrkat originalmente também possuía ferreiros, artesãos, estábulos e lojas em
seu interior.
7. Museu Lindhølm Hoje (Nørresundby, entrada paga).
O museu é um pequeno
vislumbre da vida cotidiana nórdica, congregando algumas peças originais com
interatividade em 3D.
Museu Lindhølm Hoje, foto do autor
Ao lado do museu, ficam
dispostas as 589 sepulturas demarcadas com pedras, algumas com formato bem
definido de embarcações. É o sítio megalítico nórdico mais impressionante de
toda a Dinamarca.
Cemitério de Lindhølm Hoje. Fotos do autor.
D. DICAS DE PLANEJAMENTO E VIAGEM
A viagem deve ser planejada visando a quantidade de locais e o tempo disponível para visitação. Recomendamos o início da viagem pela Zelândia, partindo e voltando para Copenhague, visto que todos os locais podem ser visitados em um dia - a saída pode ser bem cedo por trem ou carro e o retorno pela noite (a maioria dos museus e centros abre a partir das 10h da manhã). Passeios por bicicleta (alugadas na capital) são recomendados preferencialmente para as regiões de Frederikssund, Roskilde e Køge, cujo trajetos são possíveis de serem efetuados em até duas horas.
O site Rejseplanen fornece horários, trajetos, conexões e preços de vários tipos de transportes para todas as localidades da Dinamarca (opções em dinamarquês, inglês e alemão).
Os bilhetes de trem podem ser adquiridos no momento da viagem na estação central de Copenhague ou por suas estações secundárias. Já para as viagens a Funen e a Jutlândia são necessários mais de um dia, precisando de paradas em hotéis, hostels ou camping. Também para a compra de passagens de trem na área da Julândia via Copenhague é recomendado a compra antecipada de bilhetes. Na maioria dos trens dinamarqueses não é necessário a entrega dos bilhetes, mas em algumas linhas (especialmente as mais longas) ocorre fiscalização. Obviamente incentivamos a honestidade e precaução por parte dos brasileiros (a multa por viajar sem bilhetes é em torno de 700 coroas dinamarquesas). Nas estações pequenas do interior não existe venda de bilhetes por dinheiro, somente em máquinas automáticas - recomenda-se sempre o uso de cartões de crédito internacionais na viagem. Para os deslocamentos na região da Jutlândia, recomendamos o pernoite em grandes (e maravilhosas) cidades como Aarhus, Aalborg e Esbjerg e a partir delas desloca-se para as pequenas cidades com seus museus e sítios. Em Funen a melhor opção é Odense.
Principais sítios arqueológicos, museus e centros experimentais vikings da Dinamarca.
A viagem deve ser planejada visando a quantidade de locais e o tempo disponível para visitação. Recomendamos o início da viagem pela Zelândia, partindo e voltando para Copenhague, visto que todos os locais podem ser visitados em um dia - a saída pode ser bem cedo por trem ou carro e o retorno pela noite (a maioria dos museus e centros abre a partir das 10h da manhã). Passeios por bicicleta (alugadas na capital) são recomendados preferencialmente para as regiões de Frederikssund, Roskilde e Køge, cujo trajetos são possíveis de serem efetuados em até duas horas.
O site Rejseplanen fornece horários, trajetos, conexões e preços de vários tipos de transportes para todas as localidades da Dinamarca (opções em dinamarquês, inglês e alemão).
Os bilhetes de trem podem ser adquiridos no momento da viagem na estação central de Copenhague ou por suas estações secundárias. Já para as viagens a Funen e a Jutlândia são necessários mais de um dia, precisando de paradas em hotéis, hostels ou camping. Também para a compra de passagens de trem na área da Julândia via Copenhague é recomendado a compra antecipada de bilhetes. Na maioria dos trens dinamarqueses não é necessário a entrega dos bilhetes, mas em algumas linhas (especialmente as mais longas) ocorre fiscalização. Obviamente incentivamos a honestidade e precaução por parte dos brasileiros (a multa por viajar sem bilhetes é em torno de 700 coroas dinamarquesas). Nas estações pequenas do interior não existe venda de bilhetes por dinheiro, somente em máquinas automáticas - recomenda-se sempre o uso de cartões de crédito internacionais na viagem. Para os deslocamentos na região da Jutlândia, recomendamos o pernoite em grandes (e maravilhosas) cidades como Aarhus, Aalborg e Esbjerg e a partir delas desloca-se para as pequenas cidades com seus museus e sítios. Em Funen a melhor opção é Odense.
LANGER, Johnni (Ed.). Dicionário de História e Cultura da Era
Viking. São Paulo: Hedra, 2017.
LAURING, Palle. A history of
Denmark. Copenhagen: Host & Son, 2015.
OLDTIDENS ANSIGT: faces of the past. Køpenhavn:
Jysk Arkaeologisk Selskab, 1990.
THE GREATEST VIKING EXPERIENCES IN DENMARK: GUIDE. Made by Vikings. VisitKerteminde/Haven ved Havet, 2018.
THE GREATEST VIKING EXPERIENCES IN DENMARK: GUIDE. Made by Vikings. VisitKerteminde/Haven ved Havet, 2018.
VIKINGERNES AROS. Aarhus: Moesgård Museum, 2005.
VIKINGS IN DENMARK: A travel guide. Køpenhavn:
Politikens Forlag, 2018.
WILLIAMS, Gareth et al (Ed.). Viking.
Køpenhavn:
Nationalmuseet, s.d.
Site:
LEIA TAMBÉM: GUIA DA SUÉCIA VIKING