O grupo interinstitucional NEVE (NÚCLEO DE ESTUDOS VIKINGS E ESCANDINAVOS, criado em 2010) tem como principal objetivo o estudo e a divulgação da História e cultura da Escandinávia Medieval, em especial da Era Viking, por meio de reuniões, organização de eventos, publicações e divulgações em periódicos e internet. Parceiro internacional do Museet Ribes Vikinger (Dianamarca), Lofotr Viking Museum (Noruega), The Northern Women’s Art Collaborative (Universidade de Brown, EUA), Reception Research Group (Universidad de Alcalá) e no Brasil, da ABREM (Associação Brasileira de Estudos Medievais) e PPGCR-UFPB. Registrado no DGP-CNPQ. Contato: neveufpb@yahoo.com.br

terça-feira, 23 de agosto de 2022

A Navegação Viking é tema de novo vídeo

Você sabe como os Vikings conseguiram chegar na Groelândia e América antes da bússola magnética e dos mapas náuticos serem conhecidos na Europa? Quais eram as suas técnicas de orientação em alto mar? Descubra tudo isso no novo vídeo da série Cotidiano e História, que apresenta as mais recentes descobertas no tema das navegações nórdicas da Alta Idade Média:




sexta-feira, 19 de agosto de 2022

60 anos do Thor da Marvel

 

60 anos do Thor da Marvel Comics: a mitologia nórdica nos quadrinhos

 

Dr. Leandro Vilar (NEVE)


Surgido na Era de Prata dos quadrinhos, o chamado Poderoso Thor, rapidamente se tornou um personagem icônico da Marvel Comics, estrelando sua própria série mensal, além de se tornar um dos fundadores da equipe dos Vingadores. Thor esteve em alta sobretudo nas décadas de 1970 a 1980, perdendo importância em seguida, e voltando a ganhar evidência de 2007 em diante graças a nova fase nos quadrinhos e os filmes da Marvel, em que o personagem já apareceu em oito produções, o que ajudou a recuperar sua popularidade.

Embora a Marvel não tenha sido a única editora de quadrinhos a escrever histórias sobre o deus nórdico do trovão, sua versão se tornou a mais famosa e a que mais adaptou elementos da mitologia nórdica, isso em parte, graças a Stan Lee e Jack Kirby, os quais quiseram trazer muitas referências dessa mitologia, adaptando-as para os quadrinhos do Poderoso Thor (Mighty Thor). O presente texto apresenta um curto ensaio comentando alguns aspectos mitológicos das revistas do personagem nessas seis décadas de existência.

 

Imagem 1: Arte conceitual de Thor Odinson, feita por Tom Raney


O super-herói Thor

A presença mais antiga que se conhece até então do deus do trovão nos quadrinhos, encontra-se na revista Top-Notch Comics # 2, de novembro de 1939, da editora MLJ Comics, cuja narrativa retratou Thor como um guerreiro viking que viajou no tempo para o presente, ajudando os heróis da trama a combater alguns bandidos.

No entanto, na década de 1940, a Weird Comics lançou uma série de histórias de Thor, em que o jovem Grant Farrel ao empunhar o martelo Mjölnir ganhava os poderes do deus do trovão. Nesse ponto, Thor não era o deus em si, mas um poder mágico. Vários conceitos da Weird Comics foram aproveitados por outras editoras nos anos 1950 e 1960, incluindo a própria Marvel.

Na década 1960 a indústria de quadrinhos estadunidense vivenciava sua chamada Era de Prata, termo que se devia a nova fase pós-censura imposta pelo Comics Code Autorithy, e nesse período a Marvel Comics havia se reformulado (anteriormente chamada Timely Comics), existindo a necessidade de se criar uma nova leva de super-heróis e quadrinhos. Stan Lee e Jack Kirby já vinham trabalhando juntos alguns anos e começaram a criar vários personagens, somente em 1962 tivemos o surgimento do Hulk, do Homem-Aranha e do Thor.

Stan Lee em conversa com Jack Kirby, disse que queria criar um herói que fosse tão ou mais forte do que o Hulk, antevendo uma rivalidade entre ambos. Kirby sugeriu que esse novo personagem poderia ser um deus, Lee gostou da ideia. Kirby que tinha assistido na época o filme do Príncipe Valente (1954), personagem baseado nos quadrinhos, o qual possuía ligação com vikings, sugeriu buscar algo na mitologia nórdica.

Vale ressaltar que na época em que a Marvel era ainda a Timely Comics, ela já havia feito uso do Thor e do Loki, mesmo que de forma breve, algo ocorrido na revista Venus nos números 11 e 12, em 1951. O próprio Stan Lee trabalhou nessa série, mesmo não tendo contato com essas duas edições. Por sua vez, Jack Kirby também teve sua conexão com Thor, mas na DC Comics, no conto intitulado Magic Hammer, publicado na Tales of the Unexpected #16, em 1957.

Como Stan Lee trabalhava em muitas ideias ao mesmo tempo, ele pediu a ajuda ao seu irmão Larry Lieber, então editor da Marvel. Lee enviou ao irmão uma série de anotações e rascunhos para se trabalhar com o deus Thor; ele estava interessado em criar um herói que abordasse temas associados a fantasia. Lieber influenciado pelo Thor da Weird Comics, usou algumas das ideias deles como o personagem ser louro, não usar barba, ser um humano que ganhava os poderes do deus ao empunhar o Mjölnir. Mas além dessas características, Kirby sugeriu adotar também um tom de ficção científica, algo que estava em alta na época.

Dessa forma surgiu a primeira aventura de Thor Odinson, publicada em agosto de 1962, na revista Journey into Mystery #83, a qual narrava a história do médico Donald Blake que descobriu o martelo Mjölnir numa caverna norueguesa e conseguiu os poderes de Thor, tornando-se superpoderoso. Nessa primeira revista, Thor impedia uma invasão alienígena promovida pelos Homens de Pedra de Saturno. Nota-se o elemento de ficção científica sugerido por Kirby.

 

Imagem 2: Capa da revista Journey into Mystery #83, ago. 1962. Arte de Jack Kirby.

A história recebeu boas críticas na época, com isso, Lee, Kirby e Lieber passaram a trabalhar em novas aventuras do personagem, explorando sua vida como o médico Donald Blake, alter-ego do Poderoso Thor, o qual combatia alienígenas, monstros e super-vilões. Blake representava ideias que Lee gostava em seus heróis: a fragilidade humana, problemas cotidianos, falta de confiança e traumas. Isso era visto com o Hulk, o Homem-Aranha, os X-Men entre outros personagens que ele ajudou a criar.

Em 1963 para alavancar as vendas das revistas do Thor e de outros super-heróis, Lee e Kirby inspirados na Liga da Justiça, decidiram criar uma super-equipe para a Marvel, e assim surgiu os Vingadores (Avengers), cuja equipe original era formada por Thor, Hulk, Homem de Ferro, Homem-Formiga e Vespa. Os cinco heróis se reuniram para combater a grande ameaça concebida por Loki, o irmão adotivo e arqui-inimigo de Thor Odinson. Alguns elementos dessa história de origem foram aproveitados para o filme Vingadores (2012). Observa-se que a origem dos Vingadores esteve fortemente influenciada pelos quadrinhos de Thor.

Com a popularidade crescente da revista do Poderoso Thor, Lee e Kirby decidiram introduzir a mitologia grega nos quadrinhos, lançando em 1964 um confronto épico entre Thor e Hércules. A ideia acabou dando certo e mais tarde Hércules ganhou sua própria série. Isso influenciou nos anos 1970 que novas mitologias fossem adaptadas também como a chinesa com o Shang-Chi, a mesopotâmica em Eternos, a egípcia com o Cavaleiro da Lua, além de outras mitologias.

Adaptações da mitologia nórdica

Larry Lieber por desconhecer a mitologia, optava em trabalhar mais com elementos de fantasia e ficção científica, entretanto, quando ele começou a se afastar dos roteiros dos quadrinhos do Thor, indo trabalhar com o Homem de Ferro e o Homem-Formiga, Lee e Kirby começaram a investir em mais elementos mitológicos. Ainda em 1962, personagens como Odin, Loki, Balder, Heimdall, Frigga começaram a aparecer, além de lugares como Asgard e Jotunheim. Posteriormente tivemos Sif, Hel, Iduna, Balder, Surtur, Mimir, Fenrir, Jormungand, Sleipnir entre outros personagens e elementos mitológicos que formavam os Nove Mundos. Além disso, Donald Blake recuperou sua memória e lembrou que era o deus do trovão verdadeiro, não apenas um avatar. Dessa forma, Blake foi abandonado e Thor deixou de usar um disfarce humano regularmente.

Nas décadas de 1960 e 1970 vários elementos da mitologia nórdica foram gradativamente sendo adaptados para os quadrinhos, mesclando-os com o contexto de fantasia de ficção científica. Thor deixou de atuar exclusivamente na Terra e passou a viajar para os mundos da mitologia nórdica e outros planetas. Algumas dessas narrativas de teor mais mitológico, foram apresentadas na antologia Tales of Asgard, criada por Stan Lee e Jack Kirby em 1963, publicada na revista Journey into Mystery.

Algumas revistas que trouxeram adaptações de mitos nórdicos:

·         Journey into Mystery #97 (1963): a origem de Ymir, Audumla e Buri

·         Journey into Mystery #98 (1963): Odin e os irmãos enfrentam Ymir

·         Journey into Mystery #100 (1963): O roubo das maçãs de Iduna

·         Journey into Mystery #103 (1964): Mimir e a criação de Ask e Embla

·         Journey into Mystery #104 (1964): Heimdall, guardião da Bifrost

·         Thor Annual Vol 1 #5 (1976): Breve menção aos mitos de origem

·         Thor vol. 1 #272 (1978): Thor e Loki são enganados por Utgard-Loki

·         Thor vol. 1 #273 (1978): Thor pesca Jormungand

·         Thor vol. 1 #274 (1978): A morte de Balder e o início do Ragnarök

·         Thor vol. 1 #274-278 (1978): O Ragnarök

·         Thor Annual vol. 1 #11 (1983): Os tesouros dos deuses

·         Thor vol. 1 #303 (1981): O castigo de Loki

·         Thor vol. 1 #329 (1983): Thor contra Hrungnir

·         Thor vol. 1 #380 (1987): Thor contra Jormungand

·         Marvel Super Heroes vol. 2 #15 (1993): O roubo do martelo

·         Thor vol. 2 #80-85 (2004): Nova versão do Ragnarök

·         Loki vol. 2 #1 (2010): Outra versão dos tesouros dos deuses

·         Loki vol. 2 #2 (2010): Outra versão da morte de Balder

·         Loki vol. 2 #3 (2011): O funeral de Balder

·         Loki vol. 2 #4 (2011): Adaptação do poema Lokasenna

·         Loki: Agent of Asgard vol. 1 #3 (2014): A maldição do anel de Andvari

 

Mesmo com a saída de Kirby e Lee em 1971, os quais estavam a frente dos quadrinhos do Poderoso Thor, os quadrinistas que os sucederam como Gerry Conway, John Romita, Roy Thomas, Gil Kane e outros, deram continuidade a inserção de elementos mitológicos nos quadrinhos, mesmo que não abordassem mitos específicos. Data dos anos 1970 o estabelecimento dos Nove Mundos, apresentando inclusive outras localidades mitológicas também; outros deuses menores e seres que não apareceram anteriormente ou foram apenas citados, ganharam mais evidência nesse período. Foi nesse período que se realizou o Ragnarök, embora bastante diferente do mito.

 

 

Imagem 3: A morte de Balder. Capa da revista Thor vol. 1 #274, ago. 1978. Arte de John Buscema.

Durante os anos 1980, elementos mitológicos ainda estiveram em alta nos quadrinhos do Thor. O roteirista Walt Simonson e o desenhista John Buscema deram preferência a essa abordagem mítica, além de que outros autores que escreviam revistas paralelas do deus do trovão como a Thor Annual, também enfatizavam o lado mitológico, mas com a diferença de darem preferência aos chamados crossovers, ou seja, apresentar histórias de Thor na mitologia grega, egípcia, mesopotâmica e a interação dele com divindades de outros panteões e entidades cósmicas do universo Marvel. 

No caso da fase de Simonson, o qual esteve à frente dos quadrinhos do Thor entre 1983 e 1987, ele adaptou alguns mitos, além de apresentar personagens mitológicos anteriormente não utilizados como Freyr, Angrboda, Hrungnir, Tjazi, Saga, Garm, os elfos sombrios etc. O autor também trouxe de volta Surtur para uma série de novos conflitos.

A década de 1990 marcou a “Fase de Ação” das histórias do Poderoso Thor, em que artistas como Mike Deodato Jr, Jim Lee, Dan Jurgens e John Romita Jr, concederam novos visuais ao personagem, assim como, aprofundaram narrativas centradas no combate e violência, optando por cenários terráqueos e ficção científica, incluindo crossovers com vários outros personagens. Elementos da mitologia ficaram em segundo plano.

Adentrando o começo dos anos 2000, algumas revistas do Thor procuraram reimaginar o personagem para a geração do século XXI, atualizando conceitos e trazendo antigas ideias dos mitos. Um dos destaques nesse período foi a segunda versão do Ragnarök, publicada em 2004, a qual deu ênfase a um tom mais fantástico e sombrio, removendo os aspectos urbanos e de ficção científica presentes na versão de 1978. Essa versão do Ragnarök inclusive serviu de conexão para o evento chamado Vingadores: A Queda que se iniciou em seguida.

Após o novo Ragnarök e a crise entre os Vingadores, a revista do Thor foi suspensa por quase três anos devido as baixas vendas. Em 2007 elas retornaram com novos quadrinistas, entretanto, os novos autores optaram por retomar as narrativas que se passavam na Terra, havendo algumas histórias com teor mais mítico. Entretanto, a minissérie de Loki de 2010-2011, retomou a abordagem mitológica, adaptando alguns mitos e apresentando histórias inteiramente ambientadas nos mundos nórdicos. Nesse período a revista Journey into Mystery também voltou a ser publicada entre 2011 e 2013, contando narrativas nos mundos mitológicos nórdicos centradas em Loki e Lady Sif, mas sem apresentar novas adaptações de mitos.

As revistas do Thor publicadas de 2014 em diante, também não voltaram a aprofundar elementos da mitologia nórdica. Em muitas delas, as referências chegam a ser inexistentes ou efêmeras. Os quadrinistas optaram em focar em aventuras de ação (as vezes dramáticas), geralmente na Terra, Asgard, Jotunheim e Hel. Além disso, eles optaram em fazer uso dos personagens mais conhecidos do panteão nórdico, não voltando a usar outros deuses e seres.

Algumas diferenças entre os quadrinhos e os mitos

As diferenças são inúmeras, entretanto, algumas principais serão mencionadas aqui. A primeira que normalmente gera confusão para aqueles que não conhecem a mitologia nórdica, diz respeito a relação familiar de Thor e Loki. Nos mitos ambos são apenas conhecidos, porém, nos quadrinhos da Marvel, ambos se tornaram irmãos adotivos, desenvolvendo uma relação familiar complexa a qual passa pelo companheirismo, a rivalidade e a inimizade completa.

Na mitologia nórdica Loki é apenas um gigante, conhecido por suas características de trickster, sendo sagaz e podendo mudar de forma. Porém, essas características foram mantidas na versão em quadrinhos, com a diferença de que Loki se tornou o “deus da mentira” ou o “deus da trapaça”. Além disso, lhe foi concedido conhecimento sobre magia.

Dos três filhos de Loki: o lobo Fenrir, a serpente Jormungand e Hel (Hela), foi Hela quem se tornou uma das principais vilãs das histórias do Thor. Por sua vez, Jormungand aparece em alguns momentos, mas Fenrir tem pouca expressividade nas revistas.

 

Imagem 4: Thor contra Jormungand na revista Thor vol. 1 #380, june 1987. Arte de Walter Simonson.

A respeito de alguns deuses, existem algumas diferenças bem marcantes. Por exemplo, nos quadrinhos Heimdall e Sif são irmãos, mas na mitologia não há nem um grau de parentesco entre ambos. Além disso, a Sif mitológica é loura e não possui uma função religiosa definida. Por sua vez, Lady Sif é morena e uma exímia guerreira.

Tyr que é o deus da guerra e tem pouco destaque nos mitos, nos quadrinhos ele é irmão de Thor e Balder. Por outro lado, Tyr com o tempo se tornou um dos vilões, pois discordar de algumas decisões de Odin e a preferência de Thor como sucessor ao trono. Com isso, nos anos 1980 tivemos histórias de Tyr enfrentando seus irmãos e até se aliando a Loki e Hela.

 


Imagem 5: Capa da revista Thor vol. 1 #312, oct. 1981. Arte de Keith Pollard.

Os deuses vanes como Njörd e seus filhos Freyr e Freyja possuem destaque em alguns mitos, além de que os irmãos estavam entre as divindades regularmente cultuadas devido a sua conexão com a fertilidade, a fecundidade e a agricultura e pecuária. Entretanto, no universo Marvel, os três deuses não têm um papel significativo e mal aparecem nas revistas. Njörd aparece a primeira vez em 1978, durante os acontecimentos do Ragnarök, entretanto, seus filhos somente são introduzidos nas revistas na década de 1980.

O dragão Fafnir, famoso na mitologia nórdica por ter sido um anão amaldiçoado, o qual guardava um tesouro numa caverna e foi morto pelo herói Sigurd, nos quadrinhos Fafnir se tornou um poderoso dragão que governava o Reino de Náströnd, um dos mundos dos mortos, sendo ele aliado de Hela, Kurse e Malekith, o Maldito.

O reino de Hela, chamado Helheim nos quadrinhos, difere também da versão mitológica, em que esse local é descrito como frio, escuro e nevoento, nas hqs Helheim se assemelha ao Inferno de fogo, possuindo monstros, demônios e castigos, elementos inexistentes no mito.

Sigurd, que é um herói popular na mitologia nórdica, existindo diferentes versões sobre sua jornada, na Marvel ele não possui nenhum destaque. Condição essa que o personagem somente apareceu em 2011, sendo citado brevemente como um grande herói do passado. Por sua vez, na revista do Loki: Agent of Asgard, Sigurd aparece mais regularmente, embora seja uma reencarnação do herói.

Por sua vez, a donzela de escudo Brunilda, a qual foi a esposa de Sigurd, se tornou uma das principais valquírias nos quadrinhos, chamada de Brunnhilde. A personagem surgiu em 1970 como sendo a reencarnação da mítica guerreira. Inicialmente sob comando da feiticeira Encantor, ela apareceu como uma vilã até ser libertada do controle mágico. Brunnhilde então se tornou membro dos Defensores e passou a ajudar Thor e outros asgardianos. Ela também adotou o codinome Valquíria, estrelando algumas aventuras solo. No entanto, ela não possui nenhuma conexão até então com Sigurd.

 


Imagem 6: A valquíria Brunnhilde. Capa da revista The New Defenders vol. 1 #130, jan. 1984. Arte de Frank Cirocco.

 

Referências bibliográficas:

BEAZLEY, Mark; YOUNGQUIST, Jeff; BRADY, Matt (org.). Enciclopédia Marvel. São Paulo: Editora Panini, 2005.

LANGER, Johnni. As representações do deus Thor nas HQS. Revista Brathair, v. 6, n. 1, 2006, p. 50-54.

MARTINS, Jotapê; Carvalho, Hélcio de. Dicionário Marvel. São Paulo: Editora Abril, 1983-1985.

OLIVEIRA, Leandro Vilar. Thor – do mito a super-herói: a reinvenção moderna do deus nórdico do trovão. História, Imagem e Narrativas, n. 18, abril 2014.

Referências online:

Marvel Database.

OLIVEIRA, Leandro Vilar; SAMPAIO, Victor Hugo. Thor e seu visual na cultura pop.

 

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Curso digital - A Cozinha Ancestral: do Medievo ao século XIX

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O curso “Cozinha Ancestral” tem como objetivo apresentar à todos os interessados em história da alimentação e culinária histórica, um panorama geral dos hábitos alimentares, dos utensílios e, principalmente, dos manuais de cozinha e dos receituários que foram escritos para a aristocracia e que, ao longo dos séculos, ganharam popularidade e se tornaram no século XIX, um item indispensável nas cozinhas, dos mais abastados aos mais simples. O curso será dividido em oito aulas e nelas conheceremos os hábitos e os receituários de oito países: 

Aula I : Dinamarca: os primeiros receituários do século XIII, com as influências do mundo camponês e as interdições religiosas até as delícias do século XIX que encantaram o escritor Hans Christian Andersen. 

Aula II: Portugal: o receituário de dona Maria I e as influências desse importante receituário nos séculos seguintes até as delícias do século XIX. 

Aula III: Espanha: o manual de cozinha catalão de mestre Robert de Nola e como a cozinha catalã ganhou notoriedade até a grande mescla culinária espanhola do século XIX. 

Aula IV: País Basco: A grande mescla culinária de Espanha e França: das influências cátaras e provençais e a formação de uma cozinha singular com o melhor das duas regiões. 

Aula V:  França: os receituários da Alta Idade Média que influenciaram a corte do Rei Sol, Luís XIV, até o esplendor dos restaurantes oitocentistas. 

Aula VI: Inglaterra: as cozinhas e receituários da Era Tudor aos chás da escritora vitoriana Jane Austen.

 Aula VII: Alemanha: Os importantes receituários da Baixa Idade Média; a viticultura influenciadora da culinária e como a cultura cervejeira preservou a charcutaria germânica antiga. 

Aula VIII: O Leste Europeu:  A culinária preservada tanto em manuais de cozinhas como nos sermões, agregando as especiarias do oriente com as técnicas do Ocidente e construindo uma cozinha imortalizada nos romances de Leon Tolstói no período romântico. 

Curso com 16 horas/aulas e certificado emitido pelo NEVE (Núcleo de Estudos Vikings e Escandinavos) Aulas sempre às terças-feiras, das 19:30 às 21:30 transmitidas pelo Google-Meet e com link disponível no dia seguinte às aulas para quem não puder assistir presencialmente. Os links ficarão disponíveis até 3 meses depois do encerramento do curso. 

Período: 6, 13, 20, 27 de setembro  e 4, 11, 18 e 25 de outubro de 2022. 

Valor do curso: R$ 60,00 reais que podem ser pagos até o dia 5 de setembro de 2022. 

O pagamento pode ser feito por depósito, transferência ou PIX em nome de Luciana de Campos, Banco: Caixa Econômica Federal Agência 0904 Conta Poupança: 26201-0 Chave Pix: 14113552886.

O COMPROVANTE DE PAGAMENTO DEVE SER ENVIADO PARA O E-MAIL OU INSTAGRAM PARA CONFIRMAR A INSCRIÇÃO. APÓS O RECEBIMENTO, O PARTICIPANTE RECEBERÁ A CONFIRMAÇÃO DE INSCRIÇÃO. 

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Os links serão enviados por WhatsApp 15 minutos antes de cada aula. 

Informações e envio dos comprovantes de pagamento -  Instagram: @fadacelta ou e-mail: fadacelta@yahoo.com.br

Todos os valores recebidos com o curso serão revertidos para a assistência de 28 animais resgatados e sob a tutela de Luciana de Campos.

Sobre a ministrante do curso

Luciana de Campos é Mestre em História pela UNESP/Franca e Doutora em Letras pela UFPB. É autora do livro Na Mesa com a História: a Alimentação na Antiguidade, Era Viking e Medievo (2021). Foi organizadora de diversos banquetes históricos em eventos acadêmicos como: Encontro Internacional de Estudos Celtas e Germânicos (UFSC, Florianópolis, 2016); Ciclo Internacional de Estudos Antigos e Medievais (UNESP, Assis, 2011 e 2015).

Foi ministrante dos cursos: Mito, alimentação e plantas mágicas na Escandinávia Medieval (UFSC/ABHR, 2016); Na cozinha das deusas: a alimentação antiga e medieval (internet, 2022); História das mulheres na Era Viking (UFPB, 2018).





Vídeo sobre história da alimentação com Luciana de campos


Entrevistas sobre História da alimentação com Luciana de Campos: