O grupo interinstitucional NEVE (NÚCLEO DE ESTUDOS VIKINGS E ESCANDINAVOS, criado em 2010) tem como principal objetivo o estudo e a divulgação da História e cultura da Escandinávia Medieval, em especial da Era Viking, por meio de reuniões, organização de eventos, publicações e divulgações em periódicos e internet. Parceiro internacional do Museet Ribes Vikinger (Dianamarca), Lofotr Viking Museum (Noruega), The Northern Women’s Art Collaborative (Universidade de Brown, EUA), Reception Research Group (Universidad de Alcalá) e no Brasil, da ABREM (Associação Brasileira de Estudos Medievais) e PPGCR-UFPB. Registrado no DGP-CNPQ. Contato: neveufpb@yahoo.com.br

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

O quadricentenário da cidade de Gotemburgo na Suécia

Figura 1. Imagem do Skansen Lejonet (O fortim do Leão). É uma fortificação datada do século XVII que conta, em seu topo, com o símbolo da cidade: um leão empunhando uma espada e o escudo com as três coroas do reino. Esses elementos, presentes no brasão de armas da cidade, é uma referência direta ao brasão de armas da dinastia Vasa.


O quadricentenário da cidade de Gotemburgo na Suécia



Vitor Bianconi Menini (NEVE)

Doutorando em História pela UNICAMP

E-mail: meninivitor@gmail.com


Desde a ascensão de Gustavo Eriksson Vasa ao trono sueco, os regentes do reino buscavam ocupar a região da Västergötland (Gotalândia Ocidental) como forma de estabelecer uma saída para o Mar do Norte e Atlântico.  As fortificações, no entanto, não foram bem-sucedidas. Em 1621, Gustavo II Adolfo concede a Privilegiebrevet (carta foral) para a construção de uma nova cidade à beira do rio Göta. Gotemburgo (su. Göteborg) foi planejada à moda neerlandesa (as plantas para os canais eram semelhantes aos utilizados para a fundação de Jacarta) e recebeu uma grande quantidade de comerciantes dos Países Baixos, da Escócia e de principados alemães do Báltico. 

Figura 2. Carta Foral de Gotemburgo, 1621

Voltada para o mar e dentro de suas muralhas, Gotemburgo prosperou. Em 1626, a cidade tornou-se uma das sedes da Nya Sverige-kompaniet: empresa de colonização responsável pelos empreendimentos suecos na América do Norte (região da bacia do Delaware, nos Estados Unidos). Na época de seu centenário, a cidade passou a sediar a Companhia Sueca das Índias Orientais (Svenska Ostindiska Companiet). Responsável por comercializar produtos chineses como o chá, procelna, pedras preciosas, móveis e outros artigos de luxo, a cidade passou a figurar entre os principais centros comerciais da Europa. 

Figura 3. Kalmar Nyckel: um dos principais navios da ya Sverige-komapniet, de  Jacob Hägg (1922)

Durante o século XIX, as fortificações do século XVII foram demolidas e a cidade passou por diversas transformações em sua paisagem. Ainda com pouco mais de 25 mil habitantes, a cidade tornou-se do Göteborgs-Posten e da Chalmers tekniska högskola (Universidade Tecnológica de Chalmers). Em 1832, outro empreendimento fundamental para a expansão econômica de Gotemburgo fora a construção do Canal Göta que integra uma via fluvial de 390 quilômetros entre a costa Oeste e o mar Báltico. 

Figura 4. Gotemburgo representada no livro Suecia Antiqua et Hodierna, de Erik Dahlberg (ca. 1700)

Às vésperas do tricentenário, a cidade Gotemburgo anunciou novas construções como a praça Götaplatsen – onde está localizada a estátua de Poseidon-, o teatro e a ópera Municipal, assim como o museu de Arte. As novas construções faziam parte do projeto urbano para a feira mundial de 1923. 

Figura 5. Ação da Svenska Ostindiska Companiet

Durante a primeira metade do século XX, Gotemburgo foi o ponto de partida de diversas viagens transatlânticas responsáveis pelo fluxo migratório escandinavo para a América do Norte. A companhia responsável pelo translado Nova Iorque era Svenska Amerika Linien (1915). Sede de um imponente centro naval, a cidade viu surgir uma das marcas automobilísticas mais icônicas do globo: a Volvo, fundada em 1927 e que, em pouco tempo, atingiu fama mundial. 

Figura 6. Abertura do canal Göta (1832), de Johan Christian Berger, 1855.

Apesar da recessão econômica que afetou toda sua malha industrial, Gotemburgo é um importante centro comercial, educacional, cultural e esportivo da Suécia, recebendo ondas de turistas durante o ano para os diferentes eventos do calendário como o festival internacional de cinema. 

Figura 7. Estátua de Poseidon em Götaplatsen. Ao fundo, o Museu de Arte de Gotemburgo (atual).

Devido à pandemia do covid-19, as principais comemorações do quadricentenário foram postergadas para o ano de 2023. Saiba mais sobre a cidade e as intervenções para a celebração em @goteborg2021. 

Programação do IX CEVE em imagens

 Relação de conferências e mesas redondas do IX CEVE, de 6 a 8 de outubro. As inscrições para ouvintes seguem até o dia 6 pelo site, clique aqui.












 


sábado, 25 de setembro de 2021

Caderno de Resumos e Programação do IX CEVE

 



O Caderno de Resumos e Programação do IX CEVE (Colóquio de Estudos Vikings e Escandinavos) está disponível no site Academia. 

As inscrições gratuitas para ouvintes no evento prosseguem até o dia 6 de outubro pelo site do CEVE.





domingo, 12 de setembro de 2021

Conferência sobre a representação dos Vikings nas artes

 


O professor Johnni Langer (NEVE) irá realizar a conferência de abertura do IV Simpósio de Estudos Medievais (LETAMIS-UFES): Herói com chifres - a invenção visual do Viking pelo Romantismo. A conferência abordará o surgimento das primeiras imagens e representações do Viking, durante os anos 1820. Em especial, será abordado o surgimento das representações vinculando o nórdico com o elmo de chifres, a sua imagem mais popular no imaginário midiático até hoje. 

A conferência será realizada no dia 22 de setembro, quarta feira, às 14h. As inscrições podem ser realizadas pelo site do evento, clicando aqui.





quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Estreia nova série do NEVE no Youtube - Cotidiano e História

 



A nova série do NEVE no Youtube, Cotidiano e História, acaba de estrear. A série explora diversos aspectos do cotidiano nórdico na Era Viking, enfatizando aspectos materiais e sociais: alimentação, indumentárias, hábitos de higiene, medicina, etc.

A série é produzida e apresentada pela professora Luciana de Campos, que possui mestrado em História pela UNESP e doutorado em Letras pela UFPB.

O primeiro episódio da série trata dos pães na Era Viking, mesclando história da alimentação com arqueologia experimental.

O primeiro episódio pode ser acessado clicando aqui.