O grupo interinstitucional NEVE (NÚCLEO DE ESTUDOS VIKINGS E ESCANDINAVOS, criado em 2010) tem como principal objetivo o estudo e a divulgação da História e cultura da Escandinávia Medieval, em especial da Era Viking, por meio de reuniões, organização de eventos, publicações e divulgações em periódicos e internet. Parceiro internacional do Museet Ribes Vikinger (Dianamarca), Lofotr Viking Museum (Noruega), The Northern Women’s Art Collaborative (Universidade de Brown, EUA), Reception Research Group (Universidad de Alcalá) e no Brasil, da ABREM (Associação Brasileira de Estudos Medievais) e PPGCR-UFPB. Registrado no DGP-CNPQ. Contato: neveufpb@yahoo.com.br
domingo, 27 de outubro de 2019
sábado, 26 de outubro de 2019
Traduções e esoterismo na Mitologia Nórdica: alguns cuidados
TRADUÇÕES
E ESOTERISMO NA MITOLOGIA NÓRDICA: ALGUNS CUIDADOS
Prof.
Dr. Johnni Langer (NEVE/UFPB)
johnnilanger@yahoo.com.br
O
Brasil tem avançado largamente na área dos estudos nórdicos. A cada dia
percebemos a inclusão de novos pesquisadores e temas de pesquisa entre as
universidades, o surgimento de eventos, publicações e atividades que auxiliam o
crescimento da Escandinavística. Porém, isso não significa que a área não tenha
diversos problemas e questões, uma delas é o acesso às fontes e bibliografia,
ainda extremamente carentes em língua portuguesa. Isso acaba levando diversas
pessoas à consultar traduções disponíveis na internet, sem maiores cuidados, e
a também o acesso a obras de caráter duvidoso. O objetivo deste pequeno ensaio
é discutir esse problema, apontando algumas alternativas viáveis aos
interessados.
Infelizmente
o nosso país não possui as traduções completas da Edda Poética e em Prosa.
Apesar de já existirem traduções acadêmicas de alguns poemas éddicos em
português (Hávamál, Vǫluspá, Grímnismál, Baldrs Draumar, Þrymskviða), muitos estudantes acabam
recorrendo a trabalhos disponíveis na internet sem qualquer tipo de metodologia
e vinculados à sites desprovidos de qualificação científica (em páginas e
portais neopagãos, esotéricos ou de popularização). Alguns destes trabalhos
aparentam ou são caracterizados como tendo sido traduzidos diretamente dos
textos em islandês antigo, mas na realidade são traduções do inglês e espanhol.
Em alguns eventos acadêmicos, trabalhos de conclusão de curso e até mesmo em
dissertações de mestrado, estão sendo utilizados estes textos. Eles apresentam
o problema de não terem recebido nenhum tipo de teoria, metodologia e
instrumentos das traduções, além de algum tipo de parecer ou avaliação (visto
que não foram publicados em periódicos) e contém uma forte carga confessional,
visto que foram realizados por adeptos de movimentos neopagãos, diletantes ou
entusiastas, o que pode comprometer o resultado final das traduções e por
consequência, a qualidade das pesquisas em que eles forem utilizados e citados.
A Edda em Prosa está atualmente sendo utilizada como tema em um mestrado em estudos de tradução no Brasil e logo estará disponível online.
O
cuidado com as fontes primárias é necessário a todo pesquisador da Mitologia
Nórdica, provindo de qualquer área das Ciências Humanas. Caso ele não domine a
leitura do inglês – primordial aos estudos nórdicos – recomendamos o acesso às
excelentes traduções hispânicas de Luis Lerate, tanto para as duas Eddas
quanto para várias poesias escáldicas. Com a dedicação e o estudo, o
pesquisador iniciante pode consultar textos mais sofisticados com o avanço de
suas leituras, como os de Ursula Dronke ao inglês.
Outro
problema é a recorrente citação de uma autora esotérica, Mirella Faur
(especialmente o seu livro Mistérios Nórdicos). Sua obra apresenta
fartos problemas interpretativos e tendenciosos, invalidando o seu uso como
referencial analítico ou como bibliografia secundária. É inconcebível que
algumas recentes dissertações de mestrado estão utilizando amplamente a sua
obra, no tocante aos estudos de Mitologia Nórdica. Já apresentamos
anteriormente algumas análises críticas sobre seus livros (Runas e magia). Mais
recentemente tem surgido outros autores da mesma tendência, como Rejanilton
Lopes (no livro Simbologia nórdica ou nas dezenas de títulos sobre runas
e runologia). Elas são obras legítimas de um ponto de vista da crença, do mesmo
modo que qualquer tipo de manifestação religiosa ou esotérica, mas não possuem
uma estrutura que as ratifique enquanto análise cientifica da Mitologia Nórdica
(e muitas vezes nem foram criadas com essa intenção) e seu uso na
academia de maneira geral.
O
jovem pesquisador acadêmico deve ter consciência das limitações do campo em
nosso país e procurar estar inserido em redes de intercâmbio (como o grupo NEVE no facebook), permitindo a troca de ideias, bibliografias, discussões
metodológicas e apoio. Muitas vezes isolado e sem contato com outros
pesquisadores, o iniciante pode acabar comprometendo a qualidade de sua
pesquisa – por simples desconhecimento bibliográfico (como os apontados) - acessando
sem maiores cuidados qualquer tipo de texto ou publicação pela internet.
LEIA TAMBÉM:
terça-feira, 22 de outubro de 2019
I CICLO DE CINEMA DO NEVE: OS VIKINGS NA TELA
I CICLO DE CINEMA DO NEVE: Os vikings na tela.
Inscrições gratuitas no local, com direito a certificado de 15 horas.
Projeção integral de cada filme, com debate e análise final com o historiador Alberto Robles Delgado (Universidade de Alicante). Legendas em português, áudio original.
Dia 29 de outubro, 14h: The viking (1928). Auditório do Centro de Educação.
Dia 30 de outubro, 14h: Vikings, os conquistadores (The vikings, 1958). Auditório do Centro de Educação.
Dia 31 de outubro, 14h: Quando os corvos voam (Hrafninn flýgur, 1984). Auditório do Centro de Educação.
dia 1 de novembro, 14h: Viking (2016). Sala 318, CE.
Saiba mais sobre o tema dos vikings no cinema aqui:
domingo, 13 de outubro de 2019
Minicurso: Xamanismo sámi e Finlândia mítica, VII CEVE
Minicurso: Xamanismo sámi e Finlândia mítica, VII Colóquio de Estudos Vikings e Escandinavos, UFPB, Centro de Educação, 5 a 8 de novembro. Inscrições gratuitas para ouvintes até o dia 4 de novembro exclusivamente pelo site (não serão realizadas inscrições no local).
Ministrantes: Victor Hugo Sampaio (Doutorando em Ciências das Religiões pela UFPB) e Marcos Saulo de Assis Nóbrega (Mestrando em História pela UFCG).
Descrição do curso: As relações mantidas entre os escandinavos e os povos deles vizinhos têm sido investigadas com cada vez mais afinco, principalmente no que diz respeito a possíveis intercâmbios e circulações de elementos mítico-religiosos. Inúmeros aspectos análogos e convergentes são detectados nos sistemas religiosos e nas narrativas mitológicas desses diferentes habitantes do norte Europeu. Em meio a esse cenário, as interações dos escandinavos com seus vizinhos fino-úgricos, tais como os sámi e os finlandeses, têm se mostrado um elemento chave que necessita ser analisado para que se compreenda a ampla circ ulação de certos mitos e características comuns às religiões pré-cristãs desses povos, apesar de suas diferenças étnicas. Este minicurso propõe uma introdução às ricas manifestações mágicas e xamânicas presentes nas religiões sámi e finlandesa pré-cristãs, que, conforme sabemos, influenciaram marcadamente os escandinavos desde antes da Era Viking. O conteúdo, em conformidade com teorias e conceitos da História, da Folclorística e das Ciências das Religiões, será dividido em três módulos no decorrer de três dias, totalizando seis horas de minicurso. No primeiro módulo realizaremos uma síntese da história da Finlândia, oferecendo um panorama histórico mais completo e revisado da história finesa. Apresentaremos o histórico finês pré-cristão, a partir das migrações vindas dos Urais e do norte escandinavo que formaram o caráter étnico, linguístico e xâmanico da Finlândia e do Báltico, o processo de formação simbólica e de culto de seres que foram representados no épico Kalevala e sua recepção pelo Báltico. Em seguida, a partir das considerações de Peter Burke acerca do conceito de Cultura Popular, contextualizaremos a chegada do século XVI e sua influência sobre as bases da memória ou cultura popular, esta que começa extinguir-se, principalmente aquela oral, campesina e rústica, que formou por vários séculos a mentalidade de grupo sociais, mas agora encontrava limites a sua manutenção por meio dessa memória popular. Literatas e etnógrafos em suas pesquisas conseguiram recuperar um pouco daquela memória popular que era engolida pela modernidade, pois da mesma forma que a chegada da modernidade trouxe limites à cultura popular, a mesma propiciou um movimento cultural de redescoberta da prática popular, sendo a própria Kalevala um dos resultados desse movimento. Faremos também o debate na interface da história, literatura e nacionalismo e suas ressonâncias culturais. No segundo módulo, pretendemos fazer uma avaliação historiográfica sobre as “visões do Norte” e seus habitantes – fínicos e sámi – para relacioná-las aos processos de disciplinamento ocorridos na Suécia-Finlândia ao longo dos séculos XVII e XVIII, principalmente o assalto mental e material às culturas locais. Assim, o módulo será dividido em três eixos: Visões do Norte e seus habitantes: uma análise historiográfica; a Cruz vai ao subártico: missionação e julgamentos de bruxaria na Suécia-Finlândia; e o xamanismo sámi nas fontes suecas: a materialização de um encontro cultural. No último módulo, apresentaremos uma breve comparação das representações de magia e xamanismo nos materiais de que dispomos sobre as mitologias e religiões sámi e finlandesa pré-cristãs. Para isso, introduziremos as principais fontes primárias para estudo da magia entre esses povos, caracterizando-as, contextualizando-as e expondo suas problemáticas. Em seguida, apontaremos para os sentidos e construções que a ideia de xamanismo (ou de xamã) carrega em cada uma dessas obras, averiguando se os seus traços, descrições, propriedades e símbolos dialogam com o resto do corpus mítico/folclórico de sua respectiva tradição; por fim, colocaremos os dados apresentados numa perspectiva comparativa, buscando divergências e convergências entre o xamanismo sámi e o xamanismo finlandês, discutindo se é possível caracterizá-los dentro de um modelo fino-úgrico de xamanismo, ou se constituem, de fato, práticas xamânicas das quais devemos nos aproximar como sendo experiências peculiares e únicas a cada povo.
Bibliografia:
ANDERSON, Benedict. Comunidades Imaginadas - Reflexões sobre a origem e a difusão do nacionalismo. Tradução: Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
ANKARLOO, Bengt; CLARK, Stuart (Orgs.). Witchcraft and Magic in Europe. London: Athlone Press, 2002.
BOSLEY, Keith. Introduction and foreword. In: LÖNNROT, Elias. The Kalevala. Oxford: Oxford World’s Classics, 2009.
BOSLEY, Keith. Finnish Folk Poetry: Epic. Helsinki: Finnish Literature Society, 1977.
BROADBENT, Noel D. Lapps and Labyrinths: Saami Prehistory, Colonization, and Cultural Resilience. Whasington D.C.: Smithsonian Institution, 2013.
BURKER, Peter. Cultura Popular na Idade Moderna: Europa 1500-1800. Tradução: Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
COLLINDER, Björn. The Lapps. Princeton: Princeton University Press, 1949.
DAVIES, Owen; BLÉCOURT, Willem de. Beyond the witch trials: witchraft and magic in Elinghtenment Europe. Manchester: Manchester University Press, 2004.
DUBOIS, Thomas A. Nordic religions in the Viking Age. Pensilvânia: University of Pensylvannia Press, 1999.
DUBOIS, Thomas A. Sacred to the touch: Nordic and Baltic religious wood carving. Washington: University of Washington Press, 2018.
DUBOIS, Thomas A. Underneath the Self-Same Sky: Comparative Perspectives on Sámi, Finnish, and Medieval Scandinavian Astral Lore. In: TANGHERLINI, Timothy R. (Org.). Nordic Mythologies: Interpretations, Intersections, and Institutions. Berkeley: North Pinehurst Press, 2014.
FROG. Sámi Religion Formations and Proto-Sámi Language Spread: Reassessing a Fundamental Assumption. Retrospective Methods Network, n. 13, 2017a, pp. 36-69.
FROG. Language and Mythology: Semantic Correlation and Disambiguation of Gods as Iconic Signs. In: MÁTTÉFFY, Attila (eds.); SZABADOS, György (eds.). Shamanhood and Mythology: Archaich Techniques of Ecstasy and Current Techniques of Research. Budapest: Hungarian Association for the Academic Study of Religions, 2017b, pp. 85-135.
FROG. Lemminkäinen’s death in the labyrinth of History. Retrospective Methods Network, n. 2, 2014, pp. 383-413.
FROG. Confluence, Continuity and Change in the Evolution of Mythology: The Case of the Finno-Karelian Sampo-Cycle. In: FROG (eds.); STEPANOVA, Eila (eds.); SIIKALA, Ana-Leena (eds.). Mythic Discourses: Studies in Uralic Traditions. Helsinki: Finnish Literature Society, 2012, pp. 205-257.
GALLEN, Jarl et al. (orgs.) A Finlândia ontem e hoje. Rio de Janeiro, 1971.
HANSEN, Lars Ivar; OLSEN, Bjørnar. Hunters in Transition: An Outline of Early Sámi History. Leiden: BRILL, 2013.
HOBSBAWM, Eric. J; RANGER, Terence (org). A invenção das tradições. Tradução: Celina Cardim Cavalcante. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
HOBSBAWM, Eric. J. Nações e nacionalismo desde 1780: programa mito e realidade. Tradução: Maria Celia Paoli e Anna Maria Quirino. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
HONKO, Lauri. The Kalevala and the world's epics: an introduction. In: HONKO, Lauri (ed.). Religion, Myth and Folklore in the World's Epics: The Kalevala and its Predecessors. Berlim: Mouton de Gruyter, 1990.
JORGENSEN, D.; LANGUM, V. Visions of North in Premodern Europe. Turnhout: Brepols, 2018. (Cursor Mundi).
KENT, Neil. The Sámi Peoples of the North: a Social and Cultural History. London: Hurst & Company, 2014.
sexta-feira, 11 de outubro de 2019
NEVE recebe estagiário doutoral da Espanha
O NEVE está recebendo o espanhol Alberto Robles Delgado, doutorando em História pela Universidade de Alicante (Espanha) e orientando da profa. dra. Irene García.
Ele estará realizando um estágio doutoral no NEVE/PPGCR até dezembro, integrando uma série de eventos no Centro de Educação da UFPB. Entre as atividades, ele participará da disciplina optativa do PPGCR: "A Mitologia Nórdica e os Vikings nas artes" (7 a 24 de outubro); será o debatedor do I Ciclo de cinema do NEVE, abordando filmes de temática nórdica (28 a 31 de outubro); será palestrante em mesa redonda durante o VII Colóquio de Estudos Vikings e Escandinavos (5 a 8 de novembro); participará do curso de extensão "Teorias e métodos da Escandinavística" (11 a 29 de novembro).
Mais uma evidência da repercussão internacional do NEVE e da Escandinavística brasileira. Para conhecer as pesquisas e o perfil de Alberto Delgado, clique aqui.
terça-feira, 8 de outubro de 2019
Minicurso: O Sobrenatural na Escandinávia, da saga ao folclore
Minicurso: O Sobrenatural na Escandinávia, da saga ao folclore,
VII CEVE, UFPB, Centro de Educação, 5 a 8 de novembro. Inscrições gratuitas para ouvintes somente pelo site até o dia 04 de novembro pelo site.
Ministrantes: André de Oliveira (Doutorando em História pela UFMT) e Pablo Miranda (Doutorando em Ciências das Religiões pela UFPB).
Imagem do cartaz: Älvalek (A dança das fadas), August Malmström, 1866.
Descrição do curso: Sem dúvidas na construção de um passado illo ou hoc tempore, os escandinavos medievais, em especial os islandeses, elegeram categorias sobrenaturais para a memória de suas respectivas comunidades: cósmicas instâncias, seres extraordinários, horizontes entrelaçados e deuses transformados. Mais do que ideias sobre uma memória comunitária, e oposta a uma simples oposição binária entre Paganismo x Cristianismo, as questões sobrenaturais revelam a gestação de um pensamento que ultrapassa as barreiras entre as culturas orais e escritas e uma cartografia dos seres que abundam as mais variadas narrati vas e ocupam o imaginário da modernidade à contemporaneidade. No primeiro dia serão abordadas as condições históricas para o desenvolvimento das culturas orais e escritas na Escandinávia, traçando um paralelo com as condições mitográficas que proporcionaram a transmissão e o desenvolvimento das expressões acerca do sobrenatural. Buscaremos, assim, entender a expressão do homem sobre os espaços que lhes são familiar, confrontando os lugares habitados pelo desconhecido, que por sua vez abarcam toda a sorte de seres que teimam em não nos deixar esquecer de suas existências. O segundo dia do minicurso tratará dos elementos sobrenaturais e fantásticos dentro das sagas de bispo, focando-se na transição dos elementos sagrados nórdicos para a sacralidade cristã após a cristianização no ano 999. As análises acompanharam o processo de sedimentação da ekklésia e hierarquia clerical até a anexação da Islândia, em 1262, por Haakon IV da Noruega. Como debate norteador utilizaremos a interpretação do processo realizado por Erika Sigurdsson (2011). O terceiro dia do minicurso abordará aspectos do folclore setentrional europeu, com ênfase em lendas nórdicas acerca de dois espíritos, nomeadamente, Nykur e Mara. Por meio das contribuições teóricas de David J. Hufford (1995) e do material folclórico selecionado por William A. Craigie (1896), as lendas serão contempladas a fim de se proporcionar reflexões acerca de crenças populares da Escandinávia, bem como alguns de seus ritos apotropaicos.
Bibliografia:
DUBOIS, Thomas A. Ethnomemory: ethnographic and culture-centered approaches to the study of memory. In: Scandinavian Studies, v. 85, n. 3, 2013, pp. 306-331.
CRAIGIE, William Alexander. Scandinavian Folk-Lore – Illustrations of the traditional beliefs of the Northern peoples. London: Alexander Gardner, 1896.
HUFFORD, David J. Beings Without Bodies: An Experience-Centered Theory of the Belief in Spirits. In: WALKER, Barbara. Out of the ordinary: Folklore and the supernatural. Logan, Utah: Utah State University Press, 1995, pp. 11-45
domingo, 6 de outubro de 2019
Minicurso: Deusas e entidades femininas na Eurásia, VII CEVE
Minicurso: Deusas e entidades femininas na Eurásia, com Susan Tsugami, Andréa Caselli e Luciana de Campos.
VII Colóquio de Estudos Vikings e Escandinavos, UFPB, Centro de Educação, 5 a 8 de novembro de 2019. Inscrições gratuitas para ouvintes somente pelo site até o dia 4 de novembro pelo site (não serão realizadas inscrições presenciais ou durante o evento).
Descrição do curso: O feminino e suas representações na arte e na literatura, assim como seus resquícios históricos, trata-se de um tema que desperta bastante curiosidade e discussões entre pesquisadores e estudantes das diversas áreas de conhecimento, tais como: historiadores, antropólogos, sociólogos, folcloristas, dentre inúmeras áreas que abrangem temáticas a respeito da mitologia e da religião. Nessa perspectiva, o presente minicurso propõe realizar uma apresentação e discussão a respeito das representações folclóricas, literárias e históricas do feminino na Antiguidade e na Idade Média. O minicurso será rea lizado em três encontros com o objetivo de elucidar e apresentar algumas deusas bem como outras entidades femininas que são mencionadas nas fontes literárias enquanto responsáveis pela criação de alimentos e de ensinamentos de tecnologias que até hoje são permeados de crenças míticas. Serão realizadas análises por meio de imagens, fragmentos de textos literários e alguns artefatos que proporcionam compreensões sobre essas deidades femininas que ainda hoje permanecem em mistérios, já que muitos de seus aspectos são desconhecidos. Também serão abordadas e analisadas as referências às deusas na literatura maravilhosa, gênero literário no qual o sobrenatural é completamente admissível; abrangendo os contos de fadas e outras narrativas populares. As fontes frequentemente apresentam as entidades femininas relacionando-as à fertilidade da terra, à tecelagem e à guerra; esses aspectos são fundamentais quando o assunto é voltado para as sociedades da Antiguidade e da Idade Média. O minicurso será realizado com enfoque na Eurásia, e, por isso, serão destacadas as deusas da Mesopotâmia, do Egito, da Grécia, de Roma, da Escandinávia e dos povos Eslavos. Compreendendo que essas entidades femininas estiveram intimamente ligadas à vida cotidiana e à sazonalidade da terra.
Bibliografia:
JOHNS, Andreas. Baba Yaga: The Ambiguous Mother and Witch of the Russian Folktale. New York: Peter Lang, 2004.
OLESZKIEWICZ-PERALBA, Malgorzata. Fierce Feminine Divinities of Eurasia and Latin America: Baba Yaga, Kali, Pombagira, and Santa Muerte. New York: Springer Publishing, 2015.
WARNER, Elizabeth. Russian Myths. Austin: University of Texas Press, 2002.
BÉGUIN, Albert. El alma romantica y el sueño. Madrid: Fondo de Cultura Económica, 1993.
TODOROV, Tzvetan. Introdução à literatura fantástica. 4ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2010.
BASILE, Giambattista. El pentameron: el cuento de los cuentos. Madrid: Siruela, 2006.
BENNETT, Naomi. Maiden warrior. Peace women: transgressive women” in Old Norse Icelandic heroic and mythological literature, and in Saxo Grammaticus Gesta Danorum. Thesis for the degree of Master of Arts, Victoria University of Wellington,
2009, pp. 77-86.
BERGEN, Kristina. Cold counsels and hot tempers: the development of the Germanic amazon in Old Norse literature. Thesis for the degree of Masters of Arts. Saskatoon: University of Saskatchewan, 2006.
HOMERO. Ilíada. Tradução de Carlos Alberto Nunes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015.
______. Odisseia. Tradução de Carlos Alberto Nunes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015.
MONTERO, Santiago. Deusas e adivinhas. São Paulo: Musa Editora, 1998.
PICARD, L’Éphésia, les Amazones et lês Abeilles. In: Revue des Études Anciennes. Tome 42, 1940, n. 1 – 4 Mélanges d’Études anciennes offerts à Georges Radet pp. 270- 284.
QUINN, Judy (org.) Interrogating genre in the Fornaldarsogur round-table discussion. In:
VIDAL, Teva. Houses and domestic life in the Viking Age and medieval period: material perspectives from sagas and archaeology. PhD thesis, University of Nottingham, 2013.
sexta-feira, 4 de outubro de 2019
Mesa redonda: Imagens do feminino nórdico, VII CEVE
Mesa redonda: Imagens do feminino nórdico, VII CEVE, UFPB, 5 a 8 de novembro.
La imagen de la mujer vikinga a través de la pantalla - Alberto Robles Delgado (Universidad de Granada, Espanha);
As bruxas Freyja e Frigg: novas interpretações das pinturas da catedral de São Pedro em Schleswig - Johnni Langer (UFPB)
Inscrições gratuitas para ouvintes até o dia 4 de novembro somente pelo site do evento (clique aqui).
Não serão realizadas inscrições no local/presenciais.
quarta-feira, 2 de outubro de 2019
Minicurso: História dos vikings, VII CEVE, UFPB, 5 a 8 de novembro
Minicurso: História dos Vikings, VII Colóquio de Estudos Vikings e Escandinavos, UFPB, 5 a 8 de novembro.
Inscrições gratuitas para ouvintes somente até o dia 04 de novembro pelo site (clique aqui)
NÃO SERÃO REALIZADAS INSCRIÇÕES PRESENCIAIS!
Descrição - História dos Vikings: A proposta do minicurso é apresentar uma síntese dos aspectos históricos principais sobre a chamada Era Viking (VIII-XI). No primeiro dia será abordada a origem dos vikings, perpassando pelo final Idade do Ferro Nórdica que antecede a Era Viking. Discutiremos a origem e interpretação do termo “Viking”, os aspectos gerais da sociedade nórdica e sua cultura material. No segundo dia o foco será dado sobre a formação política da Escandinávia, com o surgimento de reinos na Dinamarca, Noruega e Suécia, e alguns aspectos da colonização na Islândia. No terceiro dia será apresentado um panorama sobre o expansionismo nórdico, apresentando os territórios pelos quais os vikings percorreram entre os séculos IX ao XI.
Referências Bibliográficas:
BARRET, James H. What caused the Viking Age? Antiquity, n. 82, 2008, p. 671-685.
BRINK, Stefan. The Viking World. Nova York: Routledge, 2008.
GRAHAM-CAMPBELL, James (org.). Os vikings. Barcelona: Folio S.A, 2006.
HAYWOOD, John. Historical Atlas of Vikings. London: The Penguin Books, 1995.
HELLE, Knut (ed.). The Cambridge History of Scandinavia, vol. 1: Prehistory to 1520. New York: Cambridge University Press, 2003. 2v
HOLMAN, Katherine. Historical dictionary of the Vikings. Lanham: Scarecrow Press Inc, 2003.
LANGER, Johnni (org.). Dicionário de História e Cultura da Era Viking. São Paulo: Hedra, 2018
Tipo
Minicurso
Período
qua, 06/11 - 13:30 - 15:30
qui, 07/11 - 13:30 - 15:30
sex, 08/11 - 13:30 - 15:30
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