Comemore o Halloween lendo a edição mais acessada do NA: FEITIÇARIA E BRUXARIA NÓRDICA (volume 6), clique na imagem abaixo:
O grupo interinstitucional NEVE (NÚCLEO DE ESTUDOS VIKINGS E ESCANDINAVOS, criado em 2010) tem como principal objetivo o estudo e a divulgação da História e cultura da Escandinávia Medieval, em especial da Era Viking, por meio de reuniões, organização de eventos, publicações e divulgações em periódicos e internet. Parceiro internacional do Museet Ribes Vikinger (Dianamarca), Lofotr Viking Museum (Noruega), The Northern Women’s Art Collaborative (Universidade de Brown, EUA), Reception Research Group (Universidad de Alcalá) e no Brasil, da ABREM (Associação Brasileira de Estudos Medievais) e PPGCR-UFPB. Registrado no DGP-CNPQ. Contato: neveufpb@yahoo.com.br
domingo, 30 de outubro de 2016
Artigo analisa o simbolismo religioso do cisne nórdico
The Swan Maidens, Walter Crane, 1894.
Acaba de ser publicado nos Anais do II Simpósio Internacional da ABHR (Associação Brasileira de História das Religiões) o artigo: "Entre nornas e valquírias: O simbolismo do cisne na Religiosidade Nórdica Pré-Cristã", de Ricardo Wagner Menezes de Oliveira. Ricardo é membro do NEVE e doutorando em Ciências das Religiões pela UFPB.
Neste artigo, ele analisa o papel dos mitos e imagens do cisne na religiosidade nórdica pré-cristã, tendo como principal fontes diversos monumentos nórdicos da Era Viking, além de fontes literárias medievais.
Para acessar o artigo, clique aqui.
sábado, 29 de outubro de 2016
MINICURSO: ESCANDINÁVIA DA ERA VIKING
MINICURSO
ESCANDINÁVIA DA ERA VIKING: HISTÓRIA E CULTURA
II SEMANA DE HISTÓRIA DA UFPB
ESCANDINÁVIA DA ERA VIKING: HISTÓRIA E CULTURA
II SEMANA DE HISTÓRIA DA UFPB
Coordenador geral: Prof. Dr. Johnni Langer (DCR-UFPB)
Ministrantes do minicurso:
Pablo Gomes de Miranda – Mestre em História pela UFRN; doutorando pelo PPGCR-UFPB
Leandro Vilar – Mestre em História pela UFPB; doutorando pelo PPGCR-UFPB
Luciana de Campos – Mestre em História pela UNESP-Franca; doutoranda pelo PPGL-UFPB
Angela Albuquerque – Mestranda pelo PPGCR-UFPB
Resumo: o conhecimento e o estudo da história dos nórdicos durante a Era Viking, conhecidos no imaginário simplesmente como vikings, vem fascinando gerações há décadas e seu estudo é cada vez mais frequente na academia brasileira. O presente minicurso se propõe como um primeiro contato historiográfico e acadêmico com este tema, apresentando clássicos e novidades aos interessados.
Objetivo Geral: introduzir os estudantes de História e Ciências Humanas no estudo da Escandinávia da Era Viking, compreendida entre os séculos VIII a XI d.C.
Específicos: o conhecimento da sociedade e da cultura nórdica durante a Alta idade Média; o estudo da primeira colonização europeia na América; a expansão e atividades comercias dos nórdicos; experimentos de Living History aplicados ao medievo.
Específicos: o conhecimento da sociedade e da cultura nórdica durante a Alta idade Média; o estudo da primeira colonização europeia na América; a expansão e atividades comercias dos nórdicos; experimentos de Living History aplicados ao medievo.
Metodologia: primeiramente serão utilizadas discussões historiográficas e bibliográficas sobre a Escandinávia da Alta Idade Média; também serão utilizados métodos expositivos e didáticos de ensino de História, bem como as novas técnicas de dramatização e teatralidade no ensino de História (Living History).
Conteúdo:
1. Introdução aos estudos vikings: etimologia, conceitos básicos, historiografia, imaginário social.
2. A Escandinávia pré-Viking: história e cultura material do período de migrações ao período Vendel
3. A Era Viking: história interna dos povos e reinos nórdicos
4. A expansão para o Leste e para o mundo oriental
5. A exploração do Atlântico Norte e a colonização da América
6. A colonização das ilhas britânicas, França e as in cursões ao Mediterrâneo
7. Sociedade e cultura (material e imaterial) da Era Viking
8. Experimentos de Living History aplicados à Era Viking
Recursos: computador e Datashow
Referências:
AYOUB, Munir Lutfe. Repensando o conceito de período Viking. Anais do XXI Encontro Estadual de História: trabalho, cultura e memória, ANPUH-SP, 2012, pp. 1-14.
ARBMAN, Holger. Os Vikings. Tradução de Jerônimo Ludovice. São Paulo, Editora Verbo, 1971. (Coleção História Mundi).
BOYER, Régis. La vida cotidiana de los vikingos (800-1050). Traducción de Maria Tabuyo y Agustín López. Barcelona: Medievallia, 2000.
BRODSTED, Johannes. Os Vikings. São Paulo: Hemus, s.d.
BRINK, Stefan. The Viking World. London/New York: Routledge, 2008.
COHAT, Yves. Os Vikings, os reis dos mares. São Paulo: Círculo de Leitores, 1988.
GRAHAM-CAMPBELL, James (org.). Os Vikings. Barcelona, Ediciones Folio, S.A, 2006. (Coleção Grandes civilizações do passado).
HEATH, Ian. The Vikings. London: Osprey Publishing, 1985. (Elite Series, 3).
LANGER, Johnni. Na trilha dos vikings: estudos de religiosidade nórdica. João Pessoa: UFPB, 2015.
LANGER, Johnni (Org.). Dicionário de Mitologia Nórdica. João Pessoa: UFPB, 2015.
LANGER, Johnni. A Arqueologia da Religião Nórdica na Era Viking: perspectivas teóricas e metodológicas. Signum, Belo Horizonte, v. 16, n. 1, 2015a, p. 4-27.
LANGER, Johnni. A relação entre História e narrativa: algumas reflexões teóricas e seu debate na Escandinavística Medieval. Revista medievalis, n. 1, 2012 (NIELIM/UFRJ).
LANGER, Johnni. Vikings. In: FUNARI, Pedro Paulo (org.) As Religiões que o Mundo esqueceu. São Paulo, Editora Contexto, 2009. p. 130-143.
PRICE, Niel S. The Viking Way: religion and war in late Iron Age Scandinavia. Uppsala: Department of Archeology and Ancient History, 2002.
SAWER, Peter (ed.). The Oxford Illustrated History of the Vikings. Oxford: Oxford University Press, 1997.
AYOUB, Munir Lutfe. Repensando o conceito de período Viking. Anais do XXI Encontro Estadual de História: trabalho, cultura e memória, ANPUH-SP, 2012, pp. 1-14.
ARBMAN, Holger. Os Vikings. Tradução de Jerônimo Ludovice. São Paulo, Editora Verbo, 1971. (Coleção História Mundi).
BOYER, Régis. La vida cotidiana de los vikingos (800-1050). Traducción de Maria Tabuyo y Agustín López. Barcelona: Medievallia, 2000.
BRODSTED, Johannes. Os Vikings. São Paulo: Hemus, s.d.
BRINK, Stefan. The Viking World. London/New York: Routledge, 2008.
COHAT, Yves. Os Vikings, os reis dos mares. São Paulo: Círculo de Leitores, 1988.
GRAHAM-CAMPBELL, James (org.). Os Vikings. Barcelona, Ediciones Folio, S.A, 2006. (Coleção Grandes civilizações do passado).
HEATH, Ian. The Vikings. London: Osprey Publishing, 1985. (Elite Series, 3).
LANGER, Johnni. Na trilha dos vikings: estudos de religiosidade nórdica. João Pessoa: UFPB, 2015.
LANGER, Johnni (Org.). Dicionário de Mitologia Nórdica. João Pessoa: UFPB, 2015.
LANGER, Johnni. A Arqueologia da Religião Nórdica na Era Viking: perspectivas teóricas e metodológicas. Signum, Belo Horizonte, v. 16, n. 1, 2015a, p. 4-27.
LANGER, Johnni. A relação entre História e narrativa: algumas reflexões teóricas e seu debate na Escandinavística Medieval. Revista medievalis, n. 1, 2012 (NIELIM/UFRJ).
LANGER, Johnni. Vikings. In: FUNARI, Pedro Paulo (org.) As Religiões que o Mundo esqueceu. São Paulo, Editora Contexto, 2009. p. 130-143.
PRICE, Niel S. The Viking Way: religion and war in late Iron Age Scandinavia. Uppsala: Department of Archeology and Ancient History, 2002.
SAWER, Peter (ed.). The Oxford Illustrated History of the Vikings. Oxford: Oxford University Press, 1997.
quinta-feira, 27 de outubro de 2016
CHAMADA PARA DOSSIÊ: ESTUDOS NÓRDICOS MEDIEVAIS, REVISTA RODA DA FORTUNA
CHAMADA PARA DOSSIÊ: ESTUDOS NÓRDICOS MEDIEVAIS
REVISTA RODA DA FORTUNA: EDIÇÃO 2017/1,
2017
ISSN: 2014-7430
Escandinávia.
Uma região que envolve uma grande carga histórica e cultural, mas tradicionalmente
tratada como marginal ou periférica na Medievalística de forma geral. No
entanto, há algumas décadas, o interesse por essa região tem se ampliado de
forma impressionante pelo mundo, e os estudos nórdicos têm crescido especialmente
nos países de língua neolatina. Uma das últimas publicações do renomado
medievalista Jacques Le Goff, por exemplo, foi um prefácio para a edição
francesa de Viking Age Iceland*.
A
busca pelas narrativas das sagas islandesas, dos mitos nórdicos e das Eddas, da história das explorações
nórdicas, entre outros aspectos, ultrapassa interesses unicamente
escandinavistas e germanistas. A Escandinávia da Era Viking vem tornando-se
cada vez mais popular devido ao cinema e à televisão, despertando um vívido
interesse nas novas gerações de pesquisadores. Para captar essas tendências
sociais e acadêmicas, empregamos uma noção abrangente de Escandinávia,
incluindo as regiões da Islândia, Finlândia e as Ilhas Féroe.**
O
presente dossiê tem como interesse a expansão e os confrontos, as relações e o
intercâmbio histórico e cultural dos povos nórdicos com outras áreas
geográficas do mundo, como o Mediterrâneo, o Báltico, o Leste Europeu, o Oriente
Médio, as Américas e as Ilhas Britânicas.*** As propostas podem tratar de temas
da Literatura, História, Iconografia, Arqueologia, Mitologia e Religiosidade,
Política e Cultura. O período abarcado pode envolver o início das migrações
germânicas (século IV d.C.) até o apogeu da Liga Hanseática (séc. XV d.C.). A
revista também aceitará contribuições acerca das ressignificações,
representações e/ou imaginários que têm a Escandinávia (ou os temas nórdicos) como
objeto na escrita da História, na Arte, na mídia e no entretenimento, desde o
Medievo até os dias atuais.
As
submissões podem adentrar estudos comparativos, História do Imaginário,
História Social e Cultural, análises literárias e linguísticas, traduções,
análise do discurso, cultura material e visual, hibridismo cultural, História
das Ideias e Política, entre outras áreas. Desse modo, este dossiê (2017/1) da
Revista Roda da Fortuna tem o propósito de reunir pesquisas que envolvam diferentes
perspectivas acerca da Escandinávia Medieval e dos estudos nórdicos.
Os
prazos para envio de artigos, resenhas e traduções são:
- Envio de propostas: até 30 de abril de 2017.
- Aceite dos trabalhos: até 30 de junho de 2017.
- Publicação do dossiê: julho de 2017.
Editor
chefe do dossiê Estudos Nórdicos Medievais (edição 2017/1): Prof. Dr. Johnni
Langer (Universidade Federal da Paraíba).
*BYOCK, Jesse. L´Islande des Vikings.
Paris: Aubier, 2007.
**SAWYER, Birgit; SAWYER, Peter. Medieval Scandinavia. Minneapolis/London: University of Minnesota
Press, 2006, p. IX-X.
***BRINK, Stefan (Org.). The Viking World. London: Routledge, 2012, p. 1-3.
CALL FOR PAPERS (RODA
DA FORTUNA 2017/1)
THEMATIC
DOSSIER: MEDIEVAL NORSE STUDIES
Scandinavia. It is a region that involves a great historical
and cultural background, though traditionally treated as marginal or peripheral
in Medieval Studies in general. However, a few decades ago, interest toward
this region has increased overwhelmingly throughout the world, and the Norse
Studies have grown especially in countries of Neo-Latin languages. One of the
latest publications of the renowned medievalist Jacques Le Goff, for example,
was a preface for the French edition of Viking
Age Iceland*.
The search for narratives of the Icelandic sagas, the Norse
myths and Eddas, the history of Northern
explorations, among other sources, surpasses Scandinavist and Germanist interests
only. Scandinavia of the Viking Age is becoming increasingly popular due to
film and television, arousing a vivid interest in the new generations of
researchers. In order to seize these social and academic trends, a broad notion
of Scandinavia is going to be applied, which includes the regions of Iceland,
Finland and the Faroe Islands.**
This dossier is interested in the expansion and
confrontation, relations, and historical and cultural exchange of the Nordic
peoples with other geographical areas around the world, such as the
Mediterranean and Baltic regions, Eastern Europe, the Middle East, the
Americas, and the British Isles.*** Topics may concern Literature, History, Iconography,
Archaeology, Mythology and Religiosity, Politics, and Culture. The period approached
can cover the beginning of the Germanic migrations (fourth century A.D.) to the
heyday of the Hanseatic League (fifteenth century A.D.). The journal will also
accept researches that address new meanings, representations and/or social
imaginary that Scandinavia (or the Norse themes) was subject in the writing of
history, in art, media and entertainment—from
the Middle Ages to the present day.
Submissions may involve Comparative Studies, History
of the Imaginary, Social and Cultural History, literary and linguistic analysis,
translations, speech analysis, visual and material culture, cultural hybridity,
History of Ideas and Political Theory, among others. Thus the present Dossier
(2017/1) of the Roda da Fortuna
Journal aims to bring together researches with different perspectives regarding
Medieval Scandinavia and the Norse Studies.
The deadline for submitting articles, reviews, and
translations are:
- Submission of proposals: until April 30, 2017.
- Acceptance of works: until June 30, 2017.
- Dossier published: July 2017.
Dossier chief editor: Medieval Norse Studies (2017/1
edition): Prof. Dr. Johnni Langer (UFPB).
* Byock, Jesse. L'Islande des Vikings. Paris: Aubier, 2007.
** SAWYER, Birgit; SAWYER, Peter. Medieval Scandinavia. Minneapolis / London: University of Minnesota
Press, 2006, p. IX-X.
*** BRINK, Stefan (Org.). The Viking World. London: Routledge, 2012, p. 1-3.
APPEL DE DOSSIER SUR MAGAZINE RODA DA FORTUNA:
ÉTUDES MÉDIÉVALES NORDIQUES
ÉTUDES MÉDIÉVALES NORDIQUES
Scandinavie.
Une région qui compte sur un vaste contexte historique et culturel. Malgré être
traditionnellement considérée comme marginale ou périphérique dans les études
médiévales, la région s'est de plus en plus devenue le sujet d'attention
mondiale dans les dernières décennies, notamment parmi les pays de langue
romane. L'une des dernières publications du médiéviste célèbre Jacques Le Goff,
par exemple, était préface à l'édition française du Viking Age Islande*.
L'intérêt
à propos des sagas islandaises, des mythes, des Eddas, des histoires concernant les exploitations nordiques, entre
autres choses, dépasse tout intérêt purement associé aux études germanistes ou
scandinavistes. La Scandinavie de l'Âge des Vikings s'est beaucoup popularisée
à travers le cinéma et les émissions de télévision, ce qui a poussé les travaux
de nouvelles générations de chercheurs.
Pour
capturer ces tendances sociales et académiques, nous utilisons dans ce dossier
une notion plus large de la région scandinave, comprenant l'Islande, la
Finlande et les Îles Féroé**. Dans ce contexte, cette production se propose
aussi à investiguer l'expansion, les confrontations, les relations et les
échanges historiques et culturels des peuples nordiques avec d'autres zones
géographiques, comme la Méditerranée, la région de la Baltique et l'Europe
Orientale, le monde Oriental et Islamique, bien que les Amériques et les Îles
Britanniques.***
Les
thèmes de ce dossier peuvent être les plus divers: Littérature, Histoire,
Iconographie, Archéologie, Mythologie et Religiosité, Politique et Culture etc.
La référence temporale est la période comprise entre le début des migrations
germaniques (IVe siècle av. J.-C.) à l'pogée de la Ligue Hanséatique (XVe
siècle). Des contributions portant sur les nouvelles significations,
représentations et/ou imaginaires de la Scandinavie (et des thèmes nordiques)
depuis le Moyen Âge et de la Renaissance jusqu'à nos jours seront également
acceptées, pouvant être prises à partir de l'écriture de l'Histoire, de l'Art
et des médias en général.
Les
perspectives peuvent porter sur les études comparatives, l'Histoire de
l'Imaginaire, l'Histoire Sociale et Culturelle, l´analyse littéraire et
linguistique, des traductions, l'analyse du discours, la culture matérielle et
visuelle, l'hybridité culturelle, l'Histoire des Idées, la politique, entre
autres.
De ce
fait, ce dossier (2017/1) du magazine Roda da Fortuna a l'envisage de
réunir la recherche autour de diverses perspectives concernant la Scandinavie
médievale et les études nordiques.
Les dates limites pour la soumission
d'articles, critiques et traductions sont :
- Soumission des propositions : 30 Avril, 2017.
- Acceptation des propositions : 30 Juin 2017.
- Date de publication : Juillet 2017.
Rédacteur
en chef du dossier "Études Médiévales Nordiques" (édition 2017/1) :
Professeur Dr. Johnni Langer (UFPB).
*BYOCK, Jesse. L´Islande des Vikings.
Paris: Aubier, 2007.
**SAWYER, Birgit; SAWYER, Peter. Medieval Scandinavia. Minneapolis/London: University of Minnesota Press, 2006, p. IX-X.
***BRINK, Stefan (Org.). The Viking World. London: Routledge,
2012, p. 1-3.
CONVOCATORIA DE PUBLICACIÓN PARA EL MONOGRÁFICO
“ESTUDIOS NÓRDICOS MEDIEVALES”
Escandinavia. Una región que presenta un importante
contenido histórico y cultural. Aunque tradicionalmente es observada por el
Medievalismo, de forma general, como marginal o periférica, hace algunas
décadas que el interés por la misma se amplió de forma considerable en todo el
mundo. En especial, los estudios nórdicos han aumentado considerablemente en
los países de lengua neolatina. Una de las últimas publicaciones del reconocido
medievalista Jacques Le Goff, por ejemplo, fue un prólogo para la edición francesa
de Viking Age Iceland*. La búsqueda
en la narrativa de las sagas islandesas, de los mitos nórdicos y de las Eddas,
de la historia de las exploraciones nórdicas, entre otros aspectos, va más allá
de cualquier somero interés sobre los estudios escandinavos y germanista.
Particularmente, la Escandinavia de la Era Vikinga se ha hecho cada vez más
popular gracias al cine y a la televisión, despertando un interés muy vivo en
las nuevas generaciones de investigadores.
Para captar mejor estas tendencias sociales y académicas,
pretendemos utilizar una amplia definición de Escandinavia, incluyendo regiones
de Islandia, Finlandia y las Islas Feroe.** Este monográfico también tiene como
interés la comprensión de la expansión y las luchas de estos pueblos
escandinavos, además de las relaciones y los intercambios históricos y
culturales de los pueblos nórdicos con otras áreas geográficas del mundo (ya
sea con el Mediterráneo, el Báltico y el este de Europa, con el mundo oriental
e islámico, o con las Américas y las islas británicas.***
Por ello, la temática de este monográfico es amplia,
abarcando los temas más diversos: Literatura, Historia, Iconografía,
Arqueología, Mitología y Religiosidad, Política y Cultura, desde el período del
inicio de las migraciones germánicas (siglo IV d. C.) hasta la consolidación de
la Liga Hanseática (siglo XV d. C.). La revista también aceptará contribuciones
de todas aquellas investigaciones que traten acerca del significado,
representaciones e/o imaginarios de la Escandinavia (o los temas nórdicos) que
fueron objeto desde la Edad Media y el Renacimiento hasta la actualidad (ya sea
en la escritura de la Historia, en el Arte, en los medios de comunicación y
ocio).
Los trabajos pueden abordar estudios comparativos;
historia del imaginario; historia social y cultural; análisis literarias y
lingüísticas; traducciones; análisis del discurso; cultura material y visual;
hibridismo cultural; historia de las ideas y de la política, entre otras. De
esta forma, el monográfico (2017/1) de la Revista
Roda da Fortuna tiene como propósito reunir investigaciones que destaquen
los más diversos aspectos de la Escandinavia medieval y los estudios nórdicos.
Loz plazos para envío de artículos, reseñas y
traducciones son:
- Envío de propuestas: hasta el 30 de abril de 2017.
- Aceptación de las propuestas: junio de 2017.
- Publicación del monográfico: julio de 2017.
Editor-jefe (2017/1): Prof. Dr. Johnni Langer (UFPB).
*BYOCK, Jesse. L´Islande des Vikings.
Paris: Aubier, 2007.
**SAWYER, Birgit; SAWYER, Peter. Medieval Scandinavia. Minneapolis/London: University of Minnesota
Press, 2006, p. IX-X.
***BRINK, Stefan (Org.). The Viking World. London: Routledge,
2012, p. 1-3.
INVITO PER LA
PREPARAZIONE DEL DOSSIER “ESTUDOS NORDICOS MEDIEVAIS” PER LA RIVISTA RODA DA
FORTUNA
Ecandinavia: una regione che porta con sé un grande
carico storico e culturale. Tradizionalmente e generalmente trattata, nella Medievistica,
come marginale o periferica, da qualche decennio l’interesse per il suo studio
si è ampliando di forma considerevole nel mondo, e specialmente gli studi
nordici, sono cresciuti molto nei paesi di lingua neolatina. Una delle ultime
pubblicazioni del rinomato medievista Jacques Le Goff, per esempio, è stata la
prefazione per l’edizione francese del libro Viking Age Iceland[1].
La ricerca delle narrative delle saghe islandesi, dei miti nordici e delle Edda
e della storia dell’espansione nordica, tra altri aspetti, oltrepassa qualsiasi
interesse puramente scandinavista o germanista. In particolare, la Scandinavia
dell’Era dei Vichinghi è ritornata sempre più popolare dovuto al cinema e alla
televisione, risvegliando un vivo interesse nelle nuove generazioni di
ricercatori.
Per captare queste tendenze sociali e accademiche,
amplieremo qui il concetto di Scandinavia, includendo le regioni dell’Islanda,
Finlandia e le Isole Faroe[2].
Il presente dossier ha anche come interesse l’espansione e il confronto, le
relazioni e l’interscambio storico-culturale dei popoli nordici con altre aree
geografiche del mondo, sia con il Mediterraneo, il Baltico e l’est Europa, il
mondo orientale e islamico, sia con le Americhe o con le Isole britanniche[3].
I temi per il dossier possono essere i più disparati:
Letteratura, Storia, Iconografia, Archeologia, Mitologia e Religiosità,
Politica e Cultura, a partire dal periodo che involve l’inizio delle migrazioni
germaniche (secolo IV d.C.), fino all’apogeo della Lega anseatica (secolo XV
d.C.). La rivista accetterà anche i contributi di investigazioni che trattano
delle risignificazioni, rappresentazioni e/o l’immaginario per il quale la
Scandinavia (o i temi nordici) è stata oggetto di interesse dal Medioevo e
Rinascimento fino ai giorni nostri, sia negli scritti storici, nell’arte, nei
mass media e nei programmi di intrattenimento.
Le prospettive possono coinvolgere studi comparati;
storia dell’immaginario; storia sociale e culturale; analisi letterarie e
linguistiche; traduzioni; analisi del discorso; cultura materiale e visiva;
ibridismo culturale; storia delle idee e politica, tra le altre.
Con questo, il presente dossier (2017/1) della rivista
Roda da Fortuna, ha il proposito di riunire ricerche che coinvolgano le più
diverse prospettive riguardanti la Scandinavia medievale e gli studi nordici.
Il tempo limite per l’invio di articoli, recensioni e
traduzioni è:
- Invio di proposte: fino al 30 aprile 2017
- Accettazione dei lavori: fino al 30 giugno 2017
- Pubblicazione del dossier: luglio 2017
Le proposte devono essere inviate alla e-mail:
revistarodadafortuna@gmail.com
Capo editore del dossier Estudos Nordicos e Medievais
(edizione 2017/1), Prof. Dr. Johnni Langer (Universidade Fedreal da Paraíba).
quarta-feira, 26 de outubro de 2016
A rocha da Bruxa: um conto folclórico islandês
Instalação do Museu de Bruxaria e Feitiçaria da Islândia
A ROCHA DA BRUXA: UM CONTO FOLCLÓRICO
ISLANDÊS
Prof.
Dr. Johnni Langer (UFPB/NEVE/VIVARIUM)
A
Islândia é uma região muito rica em narrativas orais e folclóricas, sendo
grande parte delas referente a seres mágicos e fantásticos. Apresentamos a
seguir uma adaptação de um conto islandês recolhido por Jón Árnason, baseada na
tradução de González (2008). Nela percebemos muitos elementos que já existiam
na imaginação nórdica antes do cristianismo, como a transformação de seres
ctônicos em rocha pela exposição ao Sol (como o anão citado no Alvíssmál); a prática de maldições
proferidas por personagens femininos (a exemplo da Buslubœn). Outros motivos literários, por sua vez, penetraram na
Escandinávia por via continental, a partir do século XIII d. C., com a onda do
diabolismo e da bruxaria enquanto imagem estereotipada. A exemplo de várias
sagas islandesas, a proximidade da noite do Natal (Jól) é um momento em que o
fantástico emerge, ou então, seres sobrenaturais contatam os humanos. No conto,
percebemos o tema da bruxa e do Troll fundidos em seres que devoram cristãos,
que ameaçam a normalidade da sociedade e as regras da comunidade. Mas ao mesmo
tempo, estes seres fantásticos definem o espaço selvagem ou da natureza – eles nomeiam
e ao mesmo tempo se fundem com cavernas, gelo, montanhas. Para o folclore, as
bruxas ainda são figuras poderosas e a maior prova de sua longevidade são as narrativas
preservadas pela literatura.
Na cidade de
Kirkjubaer, pertencente à região de Hroarstunga, Islândia, existe um curioso
penhasco chamado Skersl. Em seu interior existe uma cova em que muito tempo
atrás viveu um Troll e sua esposa, uma bruxa. Seu nome era Thorir, mas o nome
dela não foi preservado. Todo ano eles utilizavam a magia para atrair até eles tanto
o presbítero de Kirkjubaer quanto o sacerdote, logo tanto um como o outro desapareceram
e nunca mais se soube deles, até que um presbítero chamado Eirikur chegou à
Igreja e protegeu a si mesmo e aos fiéis com suas orações, fazendo com que
todos os esforços dos Trolls fosse em vão.
Assim seguiram as
coisas até que no dia da Véspera de Natal, a medida em que a noite avançava, a
bruxa se deu conta de que não teria nenhuma possibilidade de capturar nem ao
presbítero nem o sacerdote, de maneira que renunciou ao seu propósito e
comentou ao seu marido:
“Tenho intentado
enfeitiçar ao presbítero e ao cura com todas as minhas forças, porém não tenho
conseguido, pois cada vez que lanço meu feitiço sinto como se um hálito quente
vem a mim e abrasa todos os meus ossos, pelo que tenho que parar. Por isso você
terá que procurar comida, pois não temos nada para comer nesta cova”.
O gigante disse que
não queria, mas finalmente sua mulher o convenceu. Saiu da cova e se dirigiu
até o largo das montanhas que atualmente se chamam em sua honra cordilheira de
Thorir e finalmente chegou a um lago que desde então também se conhece como o
lago de Thorir. Ali com um tremendo golpe fez um buraco no gelo e lançou sua
vara; deste modo pode capturar muitos e grandes peixes através desta vara no
gelo. Estava nevando com intensidade. Quando ele pensou que já havia pescado
muitos peixes, quis levantar-se para ir embora, porém a nevasca o havia pego no
chão e não pode ficar de pé. Tentou por muito tempo, lutou com ousadia, porém
em vão, e ali permaneceu no local até que acabou morrendo.
A bruxa começou a
pensar que seu marido tardava muito e foi enraivecendo cada vez mais. Saiu
correndo da cova pelo mesmo caminho que o gigante, sobre a cordilheira, até que
finalmente o encontrou sem vida sobre o gelo. Durante muito tempo tentou
levantá-lo do gelo e quando viu que não havia nenhuma possibilidade, pegou a
corda com peixes e a lançou acima do gigante enquanto recitava:
“Por estas palavras
que digo e esta maldição que eu lanço, desde agora em diante nenhum peixe será pescado
neste lago”
E estas palavras se
converteram em realidade, pois a partir deste momento não se pode pescar
absolutamente nada neste lago.
A bruxa retornava
cabisbaixa para sua cova, porém em plena caminhada pela montanha duas coisas
sucederam simultaneamente: viu sair o sol pelo leste e escutou o som dos sinos
de uma Igreja. Ambas as coisas, como já sabemos, são fatais para os Trolls.
Instantaneamente, se converteu em uma rocha, além da cordilheira, e desde então
esse local se chama a Rocha da Bruxa.
Referências:
GONZÁLEZ,
Edorta. La roca de la bruja (Islândia). In: Leyendas
y cuentos vikingos. Madrid: Miraguano Ediciones, 2008, pp. 203-204.
LANGER,
Johnni. Alvissmál. In: LANGER, Johnni (Org.). Dicionário de Mitologia Nórdica. São Paulo: Hedra, 2015, pp. 27-28.
LANGER,
Johnni. Bruxaria nórdica. In: LANGER, Johnni (Org.). Dicionário de Mitologia Nórdica. São Paulo: Hedra, 2015, pp. 83-85.
terça-feira, 25 de outubro de 2016
Nova seção do Vivarium é criada na UFPB
Uma nova seção do Vivarium foi criada na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O Vivarium (Laboratório de Estudos da Antiguidade e Medievo) é uma das grandes redes nacionais para o estudo acadêmico sobre o mundo antigo e medieval em operação no país. Criado inicialmente em 2009 na UFMT, o vivarium atualmente conta com diversas universidades associadas e quatro núcleos regionais: Centro-Oeste, Sudeste, Norte e Nordeste. Fazendo parte deste último núcleo, a seção do Vivarium UFPB foi criada com o intuito de divulgar pesquisas, manter diálogos e parcerias, bem como incrementar o desenvolvimento dos estudos sobre Antiguidade e Medievo na região nordestina.
O Vivarium UFPB é coordenado pelos professor Dra. Priscila Gontijo Leite (Departamento de História da UFPB) e prof. Dr. Johnni Langer (Departamento de Ciências das Religiões da UFPB) e possui como pesquisadores os historiadores Prof. Dr. Guilherme Queiroz de Souza (UEG), Prof. Dr. Luciano José Vianna (UPE) e Prof. Dr.Germano Miguel Favaro Esteves (UNESP).
O grupo também conta com diversos estudantes de graduação e pós graduação, como Ma. Luciana de Campos (PPGL-UFPB), Me. Pablo Gomes de Miranda (PPGCR-UFPB), Me. Ricardo Wagner Menezes de Oliveira (PPGCR-UFPB), Me. Leandro Vilar Oliveira (PPGCR-UFPB), Angela Albuquerque de Oliveira (PPGCR-UFPB), Andressa Furlan Ferreira (PPGCR-UFPB), Laura Maria da Silva Florentino (Graduada em Letras pela UFPB), Lorenzo Sterza (Graduando em Ciências das Religiões pela UFPB).
O Vivarium UFPB possui atualmente cinco linhas de pesquisa: Política, retórica e jogos de poder na Antiguidade; O fenômeno religioso na Antiguidade; Literatura, mito e folclore: o imaginário medieval; Símbolos, monumentos e artefatos: a Arqueologia das religiões medievais; Historiografia nórdica medieval.
Para acessar o espelho do Vivarium UFPB no CNPQ, com todas as informações do grupo, clique na imagem abaixo:
quarta-feira, 12 de outubro de 2016
Living History: uma nova forma de ensinar e pesquisar História
LIVING HISTORY: UMA NOVA HISTÓRIA
Prof. Dr. Johnni Langer (UFPB/NEVE)
Uma nova forma de divulgar, ensinar e pesquisar História vem sendo aplicada ainda de forma tímida em nosso país, mas aos poucos começa a ganhar mais adeptos: a prática do Living History (História Viva). Nascida na Europa, essa série de atividades está sendo desenvolvida por museus, institutos de pesquisa em História, escolas, universidades e também de forma ampla por diletantes e apaixonados pela História em geral, seja em festivais reconstrucionistas ou encontros casuais e culturais.
A ação do Living History tanto pode ser uma reconstituição de alguma atividade, uma cena ou acontecimento histórico específico, como a reprodução de costumes e práticas antigas. Procura-se recriar as vestimentas, o comportamento, os hábitos, a materialidade e o contexto social do período em questão. Em vários parques temáticos históricos dos Estados Unidos e Europa, os visitantes são interagidos com equipes especializadas nesta técnica, produzindo um melhor resultado na experiência de visitação.
Pic-Nic Vitoriano de São Paulo em 2015, Parque do Ibirapuera
Não apenas a História regional e local é reconstituída. Na Alemanha, desde os anos 1970 grupos de Living History reconstituem, por exemplo, a vida dos indígenas norte-americanos. Do lado oposto, nos Estados Unidos várias equipes reencenam episódios da vida medieval, do mundo romano ou da Antiguidade oriental.
Uma das mais impressionantes ações de Living History dos último tempos foi efetuada na área de um shopping da Holanda, a respeito de um quadro de Rembrandt - o museu nacional da Holanda (Rijksmuseum) estava com pouca visitação e resolver inovar. Música, ação e reconstituição: o resultado é impressionante, confiram no vídeo abaixo (Onze helden zijn terug! Nossos heróis estão de volta!):
No Brasil a TV Escola produziu uma série de alta qualidade, utilizando a técnica do Living History: Retrovisor. O jornalista Paulo Markun entrevista de forma fictícia diversas personalidades de nossa História, todos caracterizados: Anita Garibaldi, Monteiro Lobato, Frei Caneca, Euclides da Cunha, entre outros. Particularmente, o episódio de Anita Garibaldi, graças em parte à interpretação da atriz, possui um alto impacto emotivo nos telespectadores, demonstrando que o conhecimento da História não é apenas puramente intelectual - podemos utilizar a emoção para uma melhor interação dos alunos e do público em geral com nossas noções de identidade, de passado, memória e patrimônio.
Vídeo de ação de Living History sobre Escandinávia Medieval na UFPB em 2016
As técnicas do Living History aplicadas ao medievo ainda são pouco realizadas em nosso país, como ações biográficas, reproduções de cenas literárias, reconstituições de episódios e acontecimentos históricos, apresentações de dramatizações, entre outras.
Sobre o tema da História viva aplicada à Escandinávia Medieval em dois eventos na UFPB, a professora Luciana de Campos concedeu uma pequena entrevista, onde desenvolve algumas noções sobre o tema:
O que é “living
history”?
Luciana
de Campos - O living history ou, na tradução literal “história viva” é uma
atividade que incorpora ferramentas históricas, com vestuário adequado à época
que se está reconstituindo, objetos cotidianos como pratos, talheres e em
alguns casos até a alimentação. As atividades consistem em uma apresentação
interativa – com os componentes do grupo reconstrucionista e o público que
assiste à ação - e pretende proporcionar aos dar observadores e participantes
uma sensação de “volta no tempo”. A “história viva” em muitos casos, incorpora,
uma encenação histórica, como, por exemplo, batalhas da Guerra da Secessão ou
da Idade Média, uma ferraria nórdica, banquetes renascentistas e pic-nics da
era vitorianas. A história viva pode e deve ser utilizada como mais uma
ferramenta educacional para se compreender a História nos seus mais diversos
aspectos seja da vida cotidiana, da cultura material, das crenças e dos
diversos relacionamentos interpessoais. Ela pode e deve ser utilizada em
escolas, museus, locais históricos para apresentar aos alunos e também ao
público em geral que a História e toda a cultura material que a compõe - e aqui
podemos citar novamente as roupas, os passatempos, a comida e o artesanato, - possuíram
um sentido específico na vida cotidiana de um determinado período da história.
Quais as suas finalidades e quais as suas aplicações para o ensino, pesquisa e
extensão?
Luciana
de Campos - Em tempos cibernéticos onde fazer com que os alunos – desde a
pré-escola até a pós-graduação – se mantenham atentos e interessados nas aulas
tem se tornado um grande desafio. Os museus parecem ter saído do gosto e muitos
professores e alunos acabam tendo uma visão errônea desses locais os
confundindo com um mero depósito de velharias quando os museus tem que ser
vistos como espaços educacionais e culturais fundamentais! As ações de living
history nesses locais tem se tornado mais frequentes o que torna a relação
ensino-aprendizagem mais dinâmica, desafiadora e instigante! Além de ser muito
mais atrativa! Basta conferir a ação que o Museu Rijksmuseum fez para
promover a visitação utilizando o quadro “Ronda Noturna” de Rembrant. Para o
ensino o LV ajuda não só no aprendizado de História mas envolve a Geografia, a
Antropolgia, a Física, a Química e a Matemática pois os cálculos eram
essenciais para a confecção das roupas, a compra de mantimentos. Enfim o LV
possui uma aplicação multidisciplinar! Nessa questão do ensino já está
envolvida a extensão pois os museus os marcos históricos de cada cidade com as
ações do LV transformam-se em salas de aula onde todos aprendem de uma maneira
diferente e divertida mostrando que a aprendizagem precisa extrapolar os muros
da escola! No que diz respeito à pesquisa o LV proporciona um campo excelente
para a pesquisa: pois para a realização da ação é preciso muita pesquisa para a
confecção das roupas, da utilização dos objetos, da elaboração dos pratos que
poderão ser consumidos. A pesquisa portando é a melhor aliada do LV e lhe
confere legitimidade.
Quais são as atividades de recriação do Living History nos Estados Unidos e na
Europa?
Luciana
de Campos - Nos Estados Unidos há grupos que se dedicam a reconstituir batalhas
da Guerra da Secessão e também as batalhas travadas contra os ingleses durante
a guerra de independência. Mas também há grupos dedicados exclusivamente as
conquista do oeste com recriações de cidades, os saloons, os duelos e há também
aqueles que de dedicam a reconstituir a vida na época da colonização na Nova
Inglaterra. Já na Europa os grupos estão muito focados na Idade Média - veja o
sucesso que feiras medievais fazem em muitos países como a França e a Alemanha.
A Escandinávia possui vários festivais e feiras dedicadas exclusivamente à
cultura nórdica recriando inclusive povoados que existiram na Suécia e em
Gotland por exemplo.
Como o Living History pode auxiliar na divulgação dos estudos nórdicos no
Brasil?
Luciana
de Campos - As ações de LV estão crescendo no Brasil, felizmente e muitas delas
dedicam-se justamente as recriações e reconstituições nórdicas. A grande
maioria ainda é feita por pessoas não ligadas ao meio acadêmico o que é bom
pois mostra que há interesse do público e que há pessoas dedicadas à pesquisa.
Por outro lado já começa a despontar um interesse de acadêmicos pelo LV e
finalmente começam a enxergá-lo como algo que precisa ser visto com seriedade
pois ele envolve muita pesquisa feita com seriedade e rigor. A única ressalva
que faço é a falta de comunicação e um estreitamento maior entre esse dois
grupos, pois parece existir um fosse entre eles e uma certa relutância em uma
aproximação. E isso é muito ruim para ambos! Os acadêmicos que apoiam e
enxergam no LV uma ferramenta utilíssima para o ensino-aprendizado de História
tem muito a contribuir com o grupo dos entusiastas assim como esse grupo tem
muito a colaborar com a sua experiência e com as suas pesquisas. Acredito que
futuramente possa realmente existir essa colaboração e parceria e que nenhum
dos dois grupos mantenha mais essa postura de domínio de território pois o
conhecimento deve ser compartilhado cada vez mais!
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