O grupo interinstitucional NEVE (NÚCLEO DE ESTUDOS VIKINGS E ESCANDINAVOS, criado em 2010) tem como principal objetivo o estudo e a divulgação da História e cultura da Escandinávia Medieval, em especial da Era Viking, por meio de reuniões, organização de eventos, publicações e divulgações em periódicos e internet. Parceiro internacional do Museet Ribes Vikinger (Dianamarca), Lofotr Viking Museum (Noruega), The Northern Women’s Art Collaborative (Universidade de Brown, EUA), Reception Research Group (Universidad de Alcalá) e no Brasil, da ABREM (Associação Brasileira de Estudos Medievais) e PPGCR-UFPB. Registrado no DGP-CNPQ. Contato: neveufpb@yahoo.com.br

sexta-feira, 17 de junho de 2016

NOVOS DOUTORANDOS EM TEMAS NÓRDICOS

Os estudos nórdicos brasileiros acabam de ganhar um novo incremento para o desenvolvimento da área. Os historiadores Leandro Vilar Oliveira e Pablo Gomes de Miranda acabam de serem aprovados para o Doutorado em Ciências das Religiões na UFPB (PPGCR), ambos com projeto relacionados com Escandinávia Medieval.  As duas pesquisas serão orientadas pelo professor Johnni Langer (UFPB/NEVE).




https://agbook.com.br/book/53308--Poder_e_Sociedade_na_Noruega_Medieval 

Pablo Gomes de Miranda é um dos criadores do grupo NEVE e desde a sua graduação em História vem desenvolvendo estudos nórdicos, especialmente os relacionados à Era Viking (o seu TCC foi transformado em livro: Poder e  sociedade na Noruega Medieval, foto). Durante o seu mestrado na UFRN investigou a espacialidade e a monarquia norueguesa.
O seu projeto de doutorado envolve tanto pesquisas sobre mitologia como religião no mundo escandinavo medieval: Mito e Rito na Europa Setentrional Pré-Cristã: investigando a Caçada Selvagem na poesia e prosa escandinava do séc. XII - XIV.

Resumo: O objetivo desse projeto é apontar os elementos necessários para a avaliação de um projeto a nível de Doutorado em Ciências das Religiões. O nosso interesse está em investigar um conjunto de mitos referentes a Europa setentrional e geralmente constituído por uma marcha ou uma procissão de seres fantásticos, liderados por alguma figura de grande importância política ou religiosa, sendo precedida por visões apavorantes e barulhos ensurdecedores. Os Einherjar são os guerreiros mortos em batalha e recebidos no pós-vida da mitologia escandinava pré-cristã, descritos fontes de naturezas diversas: poemas elegíacos, sagas islandesas e crônicas medievais escritos em um período longo e que, sem dúvida, sofreram diversas transformações. Tendo como fio condutor os poemas Helgakviða Hundingsbana I e II, além do poema Helgakviða Hjörvarðssona, propomos também indagar sobre a natureza desse conjunto de mitos acerca de um possível caráter ritualístico, ligado a dramatização de natureza xamânica.

Palavras-Chave: Caçada Selvagem; Einherjar; Literatura Medieval; Mitologia Nórdica.




O historiador Leandro Vilar Oliveira estuda a Mitologia Nórdica vários anos, tendo publicado diversos estudos sobre este tema em revistas acadêmicas. O seu projeto de doutorado envereda também para a relação entre mitos e ritos na Escandinávia Medieval: O simbolismo religioso da serpente na Escandinávia da Era Viking (séculos VIII-XI d.C.).
Tema: As diferentes variações simbólicas dadas à serpente na Escandinávia da Era Viking (VIII-XI), procurando analisar como tal animal foi interpretado ao longo daquele recorte temporal e sua importância e função na cultura, sociedade e religiosidade.
Objetivo principal: Compreender as diferentes interpretações simbólicas associadas à imagem da serpente em suas representações na cultura material do período viking, a fim de se analisar a função e papel desse animal na cultura, sociedade, religião e mitologia daqueles povos.
Objetivos secundários:
·         Identificar se o simbolismo da serpente foi na sua maioria autóctone ou teve grande influência externa.
·         Descobrir quais simbolismos associados às serpentes foi mais comum naquelas sociedades e cultura, e como sua gente se relacionava com tais significados.
·         Procurar analisar se o simbolismo da serpente teria apenas um viés mitológico, ou esteve associado também à religião e magia.