O grupo interinstitucional NEVE (NÚCLEO DE ESTUDOS VIKINGS E ESCANDINAVOS, criado em 2010) tem como principal objetivo o estudo e a divulgação da História e cultura da Escandinávia Medieval, em especial da Era Viking, por meio de reuniões, organização de eventos, publicações e divulgações em periódicos e internet. Parceiro internacional do Museet Ribes Vikinger (Dianamarca), Lofotr Viking Museum (Noruega), The Northern Women’s Art Collaborative (Universidade de Brown, EUA), Reception Research Group (Universidad de Alcalá) e no Brasil, da ABREM (Associação Brasileira de Estudos Medievais) e PPGCR-UFPB. Registrado no DGP-CNPQ. Contato: neveufpb@yahoo.com.br

domingo, 14 de janeiro de 2018

Uma introdução à saga dos Groelandeses


Chegada dos nórdicos à Groelândia, Tom Lovell, National Geographic 137 (4), 1970, p. 533.





Erica Tavares da Silva

Graduanda em História pela UNISA, Universidade de Santo Amaro

Orientação: Profa. Dra. Adriana Anselmi Ramazzina (USP-UNISA)





Aproximei-me da cultura nórdica através de uma visão exótica e ficcional das produções cinematográficas, artísticas e literárias, contudo, percebi que muitas vezes essas produções demonstram uma perspectiva estereotipada em relação à Escandinávia Medieval, portanto, com esta pesquisa, busco compreender como era a sociedade medieval nórdica através das Sagas Islandesas. As sagas são um conjunto de textos escritos pelos islandeses dos séculos XII ao XIV relacionados aos acontecimentos dos séculos X e XI, onde é descrita a história de famílias ou linhagens históricas da Islândia Medieval, portanto há uma relação com os Vikings, pois essas sagas abordam os feitos guerreiros.

O objetivo central é compreender mais sobre a Era Viking através de uma fonte primária, visto que no Brasil a popularidade desse gênero literário é pouco difundido e com poucas traduções confiáveis. Buscar compreender mais detalhadamente a sociedade nórdica medieval e a sua cultura através da Saga dos Groenlandeses utilizando a tradução em português datada em 2007 de Théo de Borba Moosburger, doutor no curso de Pós-Graduação em Estudos da Tradução na Universidade Federal de Santa Catarina.

A pesquisa consiste na análise crítica da fonte escrita visando buscar elementos que permitam compreender e reconstituir a sociedade nórdica Islandesa Medieval. Perceber como os islandeses retratavam a si mesmos e a sua sociedade na Saga dos Groenlandeses que foi composta no século XIII com a intenção de narrar a descoberta da atual Groelândia pelos nórdicos medievais.

A pesquisa está dividida em temas onde serão abordados de forma breve quem foram os nórdicos, e como sua imagem de bárbaro foi construída ao longo da História. Também será discutido a fragmentação do Período Viking e como os historiadores delimitaram esse momento histórico. Para compreender e analisar a sociedade medieval nórdica será esclarecido o que são as Sagas Islandesas para então abordar a Saga dos Groenlandeses.



Vikings

Os Vikings foram povos de origem germânica[1] que habitaram territórios da Noruega, Suécia, Dinamarca e ilhas da Islândia. Houve também regiões do continente americano que recebeu influência e colonização dos Vikings.

Os Vikings são conhecidos atualmente devido a cultura de guerreiros que tiveram durante a Idade Média, a forma com que realizaram suas expedições e saques na Europa Ocidental Cristã iniciadas em meados do século VIII em um mosteiro da região de Lindisfarne da Inglaterra o levaram a ter a fama de piratas pagãos, bárbaros, infiéis, sanguinários e etc. O próprio termo Viking é usado na primeira vez fora das Crônicas anglo-saxônicas para designar atividades de saque e pirataria, já nas fontes escritas em línguas de habitantes da Escandinávia na Era Viking salienta a ferocidade[2] desses povos:



Pela descrição do historiador Julian D. Richards começamos a perceber que é a compreensão moderna da palavra e do período que acabou por vincular estes homens aos ataques de pirataria e saque, além de vincula-los a ideia de que estes eram bárbaros ferozes que atacavam as igrejas no período medieval, saqueavam as mais diversas localidades da Europa, matavam muitos clérigos além de serem até mesmo considerados como verdadeiros demônios na terra. (AYOUB, 2012, p. 2)



A imagem do bárbaro é muito mais antiga do que a construção e equiparação aos nórdicos, originalmente a palavra foi criada para diferenciar as línguas estranhas ao idioma tradicional, ou seja, as pessoas que não compartilhavam de uma mesma concepção de uma determinada civilização eram chamadas de bárbaras. Mais tarde o conceito foi abarcando significados diferentes como com os povos germanos e tornou-se uma forma de identificar os povos que não eram cristãos, logo, os pagãos não estavam inclusos nos princípios de conduta e boas maneiras.

De acordo com a atual historiografia não podemos tratar esses povos como inferiores, nossa função deve procurar desmistificar esses povos e compreender esses comportamentos de acordo com os acontecimentos históricos. Por fim, utilizamos o termo Viking para designar os povos da Escandinávia Medieval, porém, no Período Viking esses povos se identificavam através de sua região.



Era Viking

A Era Viking é datada pelos historiadores no início do ano 793 justamente devido ao ataque no mosteiro de Lindisfarne e termina no século XI após o processo de cristianização dos países da Escandinávia. Esse momento é marcado por expansões marítimas que tinham objetivos como comércio, saques e até mesmo povoar outras terras. Há também um desenvolvimento de cidades e aumento de produção de vários itens como joias e armas.

Já os arqueólogos afirmam que as datas são diferentes, pois, analisam provas materiais de modificações culturais e não apenas fato histórico, as modificações culturais se alteram por diversos motivos e se manifestam de modos distintos. Essas alterações podem gerar uma nova forma de organização social através de influências externas que começaram a surgir devido ao conhecimento de outros lugares por meio das invasões e contato com o cristianismo.

As tentativas de conversão do Norte se deram com interesses políticos e comerciais, aos poucos, os nórdicos foram se aproximando de um estilo de vida diferente. É possível observar essas influências através da arte e objetos decorativos, moedas, cerâmica e vidros. Portanto, o começo da Era Viking se dá no distanciamento do modo de vida anterior e na adjacência de uma cultura transformada na segunda metade do século VIII. A incursão de Lindisfarne em 793 é, portanto, a manifestação externa de um processo que se iniciou em 50 anos antes; a introdução da Escandinávia na Europa (CAMPBELL, 2006, p. 38).



Sagas islandesas

As Sagas Islandesas são um conjunto de fontes literárias escritas principalmente nos séculos XIII e XIV na Islândia medieval. São narrativas em forma de prosa em Nórdico Antigo[3] onde descrevem histórias de famílias, heróis, linhagens, lendas, entre outros.



As sagas islandesas constituem um dos conjuntos literários mais importantes e originais da literatura medieval. Como uma das principais fontes para o estudo da sociedade Viking e também do período feudal-cristão, a relevância das sagas hoje transcende os estudos escandinavos e articula-se com um vasto campo das pesquisas culturais sobre o Ocidente medieval e moderno. (LANGER, 2009, p. 1)



A palavra “saga” vem do nórdico antigo e significa “história”, também está relacionada à segja do verbo islandês e significa “falar”, “recontar”. Portanto, o objetivo das sagas é relembrar o passado tratando de vários temas como: antigas lendas germânicas, biografias de reis, aventuras, entre outros. O estilo de narrativa é factual, sucinto e acelerado. Enfatiza um personagem e seus grandes feitos. As sagas não são lendas, são um gênero literário que no passado eram transmitidas através da oralidade:



As sagas teriam uma grande afinidade com as epopéias (como a Ilíada, a Canção de Rolando, o poema de Mio Cid, etc), pois ambos os gêneros seriam pautados na constituição de uma identidade cultural de fundo histórico, mas diferenciando-se por serem narrativas prosaicas e não poéticas (MOOSBURGER, 2009, p. 21).



É importante ressaltar que quando as sagas foram produzidas, a Islândia havia sido convertida ao catolicismo, desse modo, há mudanças sociais radicais acontecendo nesse momento histórico. Os deuses pagãos foram aos poucos sendo identificados com demônios e a religião pagã foi sendo apagada dando lugar ao cristianismo. Com a introdução da cultura escrita foi possível preservar as tradições pagãs:

Por um lado a mudança de religião provocou, em certa medida, mudanças em valores sociais e, consequentemente, também estéticos, mas, por outro lado, a igreja trouxe consigo o alfabeto latino (junto com a cultura letrada latina), o que permitiu a constituição de uma tradição literária escrita na terra recém-convertida. (MOOSBURGER, 2008, p. 2).



As sagas são divididas normalmente em categorias:



As sagas tradicionalmente são classificadas por referenciais temáticos (sagas legendárias: fornaldarsögur, sagas de reis: konungasögur; sagas de família: íslendingasögur; contemporâneas: sturlunga saga, sagas dos bispos: biskupasögur; sagas de cavalaria traduzidas: riddarasögur; sagas de cavalaria de origem nativa: lygisögur) (LANGER, 2009, p. 2-3).



Essas fontes tratam de um período anterior à sua produção, por esse motivo, requisita uma atenção maior dos historiadores, pois, é necessário observar duas épocas distintas, além disso, os autores são anônimos, o que dificulta a compreensão da sua escrita e análise da sua posição social, sendo assim, é possível compreender o âmbito social dentro da própria escrita e valer-se de outras áreas e fontes para averiguar a constituição das sagas. A Arqueologia, Filologia e outros campos são essenciais para possibilitar uma conexão entre a História e literatura das sagas. Ademais, existem dimensões entre a ficção e a realidade, dado que, existem elementos lendários nas sagas. A historiografia atual está pautada em compreender a proporção desses tipos de fontes no que se refere a sociedade:



 As tendências atuais não enfatizam mais a dicotomia história versus ficção nas sagas islandesas, ou então, a busca por parâmetros históricos tradicionais na constituição dos personagens, eventos, trama, e sim o estudo de valores sociais, os temas, as tendências, os padrões, as estruturas e as contradições nos textos, aproximando-se da História Social e Cultural, além da Antropologia Histórica e da História Comparada. (LANGER, 2009, p.6)



De acordo com o historiador Johnni Langer há três métodos para analisar as sagas islandesas: O método comparativo externo, o método comparativo interno e os estudos realizados sobre a oralidade.

O “método comparativo externo” consiste em procurar vínculos exteriores, explicando variações sem necessariamente ser generalista, mas, entendendo que há diferenças entre as épocas, regiões e etc.

Os limites deste tipo de abordagem, a comparação externa, seriam a de que as características comuns (paralelos, padrões comuns, similaridades estruturais) podem não ser resultados de empréstimos (difusão, contato) ou continuidade cultural, mas sim porque são comuns a ambas as culturas abordadas e de forma independente. De qualquer forma, as possibilidades analíticas desta abordagem são muito interessantes, principalmente se forem conjugadas com metodologias apropriadas, como as da História Comparada. (LANGER, 2009, p.7-8)



O “método comparativo interno” baseia-se na comparação das sagas islandesas com outras evidências. As evidencias materiais colhidas pela a Arqueologia são importantes parâmetros para explorar as diferenças entre as narrativas, ou seja, se tratando de obras da Era Viking escritas no mundo feudal cristianizado.  



Uma das mais promissoras tendências dos estudos escandinavísticos vem sendo a aplicação de conceitos e metodologias antropológicas, tanto para o estudo de fontes literárias e históricas quanto para a interpretação de vestígios arqueológicos e de cultura material. (LANGER, 2009, p.-8)



Os estudos realizados sobre a “oralidade” embasam-se nas origens da literatura escandinava:



As investigações tradicionais criaram duas grandes vertentes teóricas: a da “prosa livre”, que enfatizava o papel primordial da narrativa oral na criação das sagas, e a “prosa livro”, que privilegiava a importância do escritor individual. Esta segunda vertente não excluía totalmente a oralidade, mas ela era usada somente em certas partes da saga para especificidades literárias, sempre evidenciando a autoridade criativa do indivíduo. (LANGER, 2009, p.-9)



A saga dos Groelandeses

A Saga dos Groenlandeses (Gæenlendinga saga) é uma Íslendingasögur[4], ou seja, tem a narrativa formal, objetiva e descritiva. Juntamente com a Saga de Eiríkr Vermelho (Eiríks saga rauða) é uma das sagas mais traduzidas do mundo por serem componentes das Sagas de Vínland (Vinland Sagas). Essas sagas relatam a chegada dos Vikings no continente americano, além das descrições presentes nas duas sagas, há achados arqueológicos sobre esse fundo histórico, portanto, existem evidências persuasivas sobre a chegada dos nórdicos à América:



O dinamarquês Carl Christian Rafn, foi o primeiro acadêmico a defender a teoria de que os escandinavos estiveram na América do Norte, muitos séculos antes de Colombo. Para isso, o intelectual utilizou dois pressupostos básicos. O primeiro foram evidências arqueológicas de assentamentos nórdicos medievais descobertos na Groelândia, incluindo autênticas inscrições rúnicas. Em segundo, duas sagas islandesas, compostas na Idade Média Central, que relatavam a viagem dos islandeses durante a Era Viking, que empreenderam viagens da Islândia à Groelândia, e desta a uma terra muito promissora e rica, repleta de peixes, uvas e pastagens mais a Oeste, denominada de Vínland (terra do vinho). Se o primeiro caso era respaldado pela recente ciência da arqueologia, as sagas eram um material pouco aceito entre os historiadores. Não se sabia no período o quanto elas eram realmente fidedignas ou se apenas produtos da imaginação, entretanto, para o intelectual dinamarquês, elas eram a prova documental da visita de seus antepassados à América. (LANGER, 2012, p.4-5)



A Saga dos Groenlandeses é fruto de uma tradição oral e foi escrita no início do século XIII, narra fatos entre os séculos IX e início do X, relata a descoberta da Terra Verde[5] (atual Groelândia) pelos noruegueses e enfatiza o personagem Eric, o Vermelho.

De acordo com a saga, o primeiro europeu que havia visto a faixa litorânea da Groenlândia se chamava Gunnbiorn Ulfsson, desse modo, Eric preparou sua embarcação e dirigiu-se para o Oeste com o intuito de habitar a ilha. O pai de Eric, Thorvald, era um assassino na Noruega e por essa razão Eric e sua família foram banidos da Islândia, procurando um novo lugar para morarem.



No verão que seguiu ele foi para a Islândia e chegou em seu navio a Breiðaförðr. Chamou aquela terra que havia encontrado de Groenlândia, porque disse que as pessoas desejariam muito ir até lá se a terra fosse bem denominada. (Gæenlendinga saga) (ANÔNIMO, 2007, p. 58).



A colonização da Groenlândia iniciou-se 15 anos antes da Islândia ser cristianizada, sendo assim os povos que chegaram na ilha eram pagãos. Após a Islândia adotar o cristianismo oficialmente no ano 1000, a Groenlândia passa a ser convertida por Leifr, de acordo com a Saga de Eiríkr Vermelho:



Leifr encontrou pessoas num naufrágio e levou-as para casa consigo, e deu-lhes abrigo para o inverno. Ele demonstrou com isso a máxima grandeza e bondade. Ele levou o cristianismo à terra. Desde então passou a ser chamado de Leifr, o Afortunado. (Eiríks saga rauða) (ANÔNIMO, 2007, p. 100).



A Saga dos Groenlandeses e a Saga de Eiríkr Vermelho nos aponta que haviam poucas pessoas povoando a região da ilha nos seus primeiros 15 anos de assentamento Viking. Ao longo das narrativas é possível imaginar a figura do Viking herói associado a bravura e a aventura. É possível afirmar que os Vikings descobriram a América e até mesmo colonizaram algumas áreas do Novo Mundo, em conformidade com as Sagas de Vínland e inclusive achados arqueológicos:

Em meados dos anos 1950 iniciaram-se as escavações arqueológicas na região de L´Anse-aux-Meadows, ilha da Terra Nova, no Canadá, pelo arqueólogo norueguês Helge Ingstad. Surgiram as primeiras provas científicas e sem equívoco da presença européia antes de Colombo, como objetos de bronze, vestígios de fundição, porto e casas, datados do final da Era Viking (cerca do ano mil d.C.) (LANGER, 2012, p.13)




Ao analisar a imagem dos Vikings na atualidade, de uma forma trivial, é possível afirmar que ainda são vistos como bárbaros. Desconstruir esse estereótipo não é somente adquirir uma nova concepção acerca do passado, mas também, compreender a sociedade contemporânea.

A própria compreensão de Período Viking como uma época de destruição considerada por alguns historiadores resultou com que a historiografia não estudasse profundamente esses povos devido à falta de conhecimento. Atualmente há novas pesquisas relacionadas a Escandinávia afim de reconstruir a história da Era Viking.

As Sagas Islandesas servem como fontes históricas (de caráter primário) para o historiador e possibilita uma série de informações e reflexões sobre a sociedade medieval nórdica da perspectiva da sua própria geração propiciando uma aproximação da história da sociedade nórdica.

A Saga dos Groenlandesas acompanhada da Saga de Eiríkr Vermelho descreve com excelência as incursões e chegada dos Vikings no Novo Mundo, sendo assim, são de suma importância para compreendermos a presença dos nórdicos na América e como foi o processo de cristianização desses povos depois do ano 1000.

Esta pesquisa teve como finalidade interpretar os comportamentos sociais de acordo com o seu momento histórico e compreender que a História é e foi produzida de acordo com uma ideologia empregada a favor de outros povos (Europa Ocidental).


NOTAS

[1] Para os escritores romanos, a compreensão de povos germânicos abrange muitos povos diferentes da Europa Medieval.
[2] É possível afirmar que durante a Idade Média o termo Viking é percebido de forma diferente, não absolutamente aliado a invasões.
[3] Língua germânica falada pelos habitantes da Escandinávia durante a Era Viking.
[4] É um tipo de saga de natureza semi-histórica.
[5] Groenland significa Terra Verde.


FONTES PRIMÁRIAS

ANÔNIMO. A Saga de Eiríkr Vermelho. In: As três sagas Islandesas. Tradução de Théo Moonsburger, Editora UFPR, 2007.
 ANÔNIMO. A Saga do Groenlandeses. In: As três sagas Islandesas. Tradução de Théo Moonsburger, Editora UFPR, 2007.



 CAMPBELL, James Graham. Coleção grandes civilizações do passado. Os Vikings. Folio, 2006.
 LANGER, Johnni. “Vikings, cultura e região: o mito arqueológico nórdicosdos Estados Unidos”. O Olho da História 18, 2012. pp. 1-16. 
 MOONSBURGER, Theo de Borba. Brennu-Njáls saga: Projeto Tradutório e Tradução para o Português; orientador, Walter Carlos Costa - Florianópolis, SC, 2014.
 MOOSBURGER, T. B. . Os varangos nas sagas islandesas. In: Fontes, saberes e tradições. I Semana de Estudos Antigos e Medievais do NEMED, 2008, Curitiba. Caderno de resumos, 2008.