O grupo interinstitucional NEVE (NÚCLEO DE ESTUDOS VIKINGS E ESCANDINAVOS, criado em 2010) tem como principal objetivo o estudo e a divulgação da História e cultura da Escandinávia Medieval, em especial da Era Viking, por meio de reuniões, organização de eventos, publicações e divulgações em periódicos e internet. Parceiro internacional do Museet Ribes Vikinger (Dianamarca), Lofotr Viking Museum (Noruega), The Northern Women’s Art Collaborative (Universidade de Brown, EUA), Reception Research Group (Universidad de Alcalá) e no Brasil, da ABREM (Associação Brasileira de Estudos Medievais) e PPGCR-UFPB. Registrado no DGP-CNPQ. Contato: neveufpb@yahoo.com.br

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

ASTRONOMIA MEDIEVAL EM DOUTORADO NA UFRJ

A pesquisadora Cíntia Jalles de C. de Araújo Costa acaba de ser aprovada para o doutorado em História Comparada pela UFRJ, abordando com o tema de pesquisa a Astronomia em Isidoro de Sevilha: "Uma análise comparada do conhecimento astronômico em sociedades ágrafas e do discurso de Isidoro de Sevilha", a ser orientado pela profa. Dra. Leila Rodriges da Silva. Trata-se de um tema e um campo praticamente ainda inédito no Brasil, o conhecimento astronômico alto-medieval sob a perspectiva da história da ciência.


A arqueóloga Cíntia Jalles de C. de Araújo Costa

Cintia Jalles é arqueóloga e pesquisadora da Coordenação de História da Ciência do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) e uma das pioneiras do estudo de Arqueoastronomia no Brasil.

Resumo do projeto: O presente projeto de pesquisa pretende elaborar uma comparação entre sociedades de realidades distintas, em espaço-tempos distanciados, que têm em comum o fato de possuírem uma subsistência essencialmente dependente das alterações ambientais. Na verdade, o registro do tempo e seu controle é um dos aspectos principais do nosso enfoque. Ou seja, buscamos problematizar as relações de poder estabelecidas em torno do conhecimento e controle do tempo em sociedades organizadas antes do advento da alta tecnologia, com seus aparatos que ampliaram imensamente a capacidade de observação dos fenômenos astronômicos. Em contraste com os povos ágrafos, identificados unicamente através dos vestígios materiais remanescentes da sua cultura, estabeleceremos como ponto de comparação, documentos escritos no exercício pleno da erudição, elaborados nos momentos iniciais da sociedade medieval. E, como a erudição era um aspecto restrito aos clérigos nesta sociedade rural, partiremos da análise dos registros elaborados por Isidoro de Sevilha, que apresentam uma visão de mundo do seu tempo, apontando os referenciais astronômicos reguladores do funcionamento da sociedade em questão. Destacaremos como objeto (aqui, literalmente o objeto físico) os calendários que, repletos de simbologias, são provavelmente os melhores representantes das relações de poder estabelecidas pelo uso e controle do tempo. Estas relações de poder foram constituídas não só no contexto de Isidoro como também, provavelmente o foram para as sociedades ágrafas que elaboraram os diversos registros astronômicos identificados nos painéis rupestres espalhados pelo mundo e que foram objeto inicial de estudo básico para a construção da nossa História da Astronomia.

Cintia já possui vários estudos publicados sobre o tema da Astronomia medieval, disponíveis em pdf na web:




Cintia também já publicou vários livros sobre o tema da Arqueoastronomia brasileira: