O grupo interinstitucional NEVE (NÚCLEO DE ESTUDOS VIKINGS E ESCANDINAVOS, criado em 2010) tem como principal objetivo o estudo e a divulgação da História e cultura da Escandinávia Medieval, em especial da Era Viking, por meio de reuniões, organização de eventos, publicações e divulgações em periódicos e internet. Parceiro internacional do Museet Ribes Vikinger (Dianamarca), Lofotr Viking Museum (Noruega), The Northern Women’s Art Collaborative (Universidade de Brown, EUA), Reception Research Group (Universidad de Alcalá) e no Brasil, da ABREM (Associação Brasileira de Estudos Medievais) e PPGCR-UFPB. Registrado no DGP-CNPQ. Contato: neveufpb@yahoo.com.br

terça-feira, 12 de março de 2013

Estudo recupera o referencial oitocentista da poesia nórdica medieval

A recente edição da revista MEDIEVALIS (NIELIM/UFRJ) conta com um inusitado estudo de Pablo Miranda: "Nenhum homem pode entender bem os Rajputs de outrora". O artigo explora os referenciais oitocentistas coloniais, ao utilizarem a poesia nórdica medieval (o poema Hervararhvöt, integrante da Saga de Hervor). Segundo seu autor, a pesquisa teve início durante a disciplina História, Poder e Representações Espaciais, do mestrado em História dos Espaços pelo PPGH – UFRN.

(Hervor, pintura de Peter Arbo, século XIX)

Ainda segundo Miranda, a maior relevância da pesquisa "talvez sejam as diferentes percepções do outro. Ao colocar um poema escandinavo e fazer comparações com os costumes marciais do Rajastão, o Tenente-Coronel expõe práticas acadêmica de sua época, que se alastrara para fora dos muros dos liceus e universidades e que estava vinculada a ideia de passado comum entre os povos hindus e europeus. A ideia era que houve uma grande civilização hindu, mas que esta se encontrava em decadência e que o Império Britânico ali estava para lhe restaurar suas glórias passadas. Certo de que os hindus só foram hábeis no passado porque partilhavam uma origem em comum com povos europeus, James Tod viu nas narrativas da heroína nórdica Hervör tal elo com o passado da Índia".
O estudo pode ser acesso integralmente no link: http://nielim.com/medievalis/revista/02/07.pdf