O grupo interinstitucional NEVE (NÚCLEO DE ESTUDOS VIKINGS E ESCANDINAVOS, criado em 2010) tem como principal objetivo o estudo e a divulgação da História e cultura da Escandinávia Medieval, em especial da Era Viking, por meio de reuniões, organização de eventos, publicações e divulgações em periódicos e internet. Parceiro internacional do Museet Ribes Vikinger (Dianamarca), Lofotr Viking Museum (Noruega), The Northern Women’s Art Collaborative (Universidade de Brown, EUA), Reception Research Group (Universidad de Alcalá) e no Brasil, da ABREM (Associação Brasileira de Estudos Medievais) e PPGCR-UFPB. Registrado no DGP-CNPQ. Contato: neveufpb@yahoo.com.br

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Conferência: A invenção do Norte - Vikings, Era Viking e vikingmania na historiografia oitocentista



Conferência: A invenção do Norte - Vikings, Era Viking e vikingmania na historiografia oitocentista, com Johnni Langer (UFPB/NEVE).

I Colóquio de História Cultural da Universidade de Pernambuco (UPE), Petrolina, dia 7 de dezembro de 2017, 17:15h - 19:00h

Resumo: A conferência pretende realizar uma análise historiográfica sobre a figura moderna do viking, elaborada essencialmente pela arte romântica ao início do Oitocentos e posteriormente aprimorada pela academia europeia. Após ter sido heroificada pela literatura, a imagem do viking torna-se um tema icônico nas artes plásticas e foi transformada pelas disciplinas da Arqueologia e História em figuras históricas com forte conteúdo nacionalista e aventureiro. Na segunda metade do Oitocentos, foi criado o conceito histórico-arqueológico de Era Viking, que possuía forte conotação imperialista e nacionalista, além de propagar referenciais regionalistas de cultura material nórdica. As elaborações oitocentistas vão constituir a base principal para a vikingmania durante o século XX e XXI e são atualmente analisadas, criticadas, ressignificadas e desconstruídas pelos escandinavistas contemporâneos em diversas situações. Nossa pesquisa é baseada nos referenciais de História Cultural advindos de Peter Burke e Carlo Ginzburg, além de utilizarmos a metodologia do imaginário social de Bronislaw Baczko e Hilário Franco Júnior, bem como os estudos de Andrew Wawn (arte romântica), os referenciais pós-colonialistas de Frederik Svanberg, Maja Hagerman e John Lind e a perspectiva do hibridismo cultural dos escandinavistas Clare Downham e Katherine Clare Cross.