O grupo interinstitucional NEVE (NÚCLEO DE ESTUDOS VIKINGS E ESCANDINAVOS, criado em 2010) tem como principal objetivo o estudo e a divulgação da História e cultura da Escandinávia Medieval, em especial da Era Viking, por meio de reuniões, organização de eventos, publicações e divulgações em periódicos e internet. Parceiro internacional do Museet Ribes Vikinger (Dianamarca), Lofotr Viking Museum (Noruega), The Northern Women’s Art Collaborative (Universidade de Brown, EUA), Reception Research Group (Universidad de Alcalá) e no Brasil, da ABREM (Associação Brasileira de Estudos Medievais) e PPGCR-UFPB. Registrado no DGP-CNPQ. Contato: neveufpb@yahoo.com.br

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Sensacional descoberta da Noruega viking!


Escavações conduzidas por pesquisadores da Universidade de Bergen na região de Skumsnes, confirmaram um sítio datado do século IX d.C. As sepulturas indicaram três corpos femininos depositados em uma fazenda, com objetos que indicam a alta posição social de alguns corpos. Uma das mulheres foi enterrada em uma fenda natural nas rochas, um procedimento incomum ao período. Um detalhe: não foi encontrado nenhum corpo, por causa do tipo de solo desta região.


Uma das mulheres foi enterrada com um barco longo de 4 metros de comprimento. Nesta sepultura foi encontrado um colar com 46 contas de vidro 11 moedas de prata e joias. E também diversos objetos de tecelagem: uma tesoura, um pente de cardar, um fuso e um batedor. Segundo Luciana de Campos, esta mulher, além de supervisionar as atividades, também participaria ativamente da fiação e tecelagem cotidiana na fazenda - os objetos no túmulo não seriam apenas símbolos de poder, mas também elementos do cotidiano da falecida. Outros objetos encontrados confirmam esta dualidade entre objetos: um molho de chave, que teria um lado prático e também indicaria o seu papel como chefe de família.


Também existe a possibilidade do sepultamento não ter contido originalmente um corpo, sendo um cenotáfio - um túmulo sem corpo que serve como memorial do falecido. Isso em parte pode ser confirmado pela presença de uma bloco de pedra no meio do barco (marcando o local do mastro), com a forma de uma vulva feminina.


Uma das moedas resgatadas é extremamente rara: foi datada do século IX d.C. e deve ter sido trazida da região de Ribe ou Hedeby, na Dinamarca - e está sendo considerada a descoberta mais importante deste sítio.


A moeda contem a representação de um grande cervídeo, uma máscara odínica e um triskelion e na outra face, uma embarcação e um peixe. Para quem estiver interessado em se aprofundar no simbolismo das moedas danesas, consulte os subcapítulos: 'Monstros e barbas: as moedas de Ribe' e 'Entre moedas e valknuts', do livro "Odin: uma história arqueológica da Dinamarca viking", publicado pela Editora Vozes, 2024.

Texto de Johnni Langer, informações extraídas de Sciencenorway.