60 anos do Thor da Marvel Comics: a mitologia nórdica nos quadrinhos
Surgido na Era de Prata dos
quadrinhos, o chamado Poderoso Thor, rapidamente se tornou um personagem
icônico da Marvel Comics, estrelando sua própria série mensal, além de se
tornar um dos fundadores da equipe dos Vingadores. Thor esteve em alta sobretudo
nas décadas de 1970 a 1980, perdendo importância em seguida, e voltando a
ganhar evidência de 2007 em diante graças a nova fase nos quadrinhos e os
filmes da Marvel, em que o personagem já apareceu em oito produções, o que
ajudou a recuperar sua popularidade.
Embora a Marvel não tenha sido a
única editora de quadrinhos a escrever histórias sobre o deus nórdico do
trovão, sua versão se tornou a mais famosa e a que mais adaptou elementos da
mitologia nórdica, isso em parte, graças a Stan Lee e Jack Kirby, os quais
quiseram trazer muitas referências dessa mitologia, adaptando-as para os
quadrinhos do Poderoso Thor (Mighty Thor). O presente texto apresenta um curto
ensaio comentando alguns aspectos mitológicos das revistas do personagem nessas
seis décadas de existência.
Imagem 1: Arte
conceitual de Thor Odinson, feita por Tom Raney
O super-herói Thor
A presença mais antiga que se
conhece até então do deus do trovão nos quadrinhos, encontra-se na revista Top-Notch Comics # 2, de novembro de
1939, da editora MLJ Comics, cuja narrativa retratou Thor como um guerreiro
viking que viajou no tempo para o presente, ajudando os heróis da trama a
combater alguns bandidos.
No entanto, na década de 1940, a
Weird Comics lançou uma série de histórias de Thor, em que o jovem Grant Farrel
ao empunhar o martelo Mjölnir ganhava os poderes do deus do trovão. Nesse
ponto, Thor não era o deus em si, mas um poder mágico. Vários conceitos da
Weird Comics foram aproveitados por outras editoras nos anos 1950 e 1960,
incluindo a própria Marvel.
Na década 1960 a indústria de
quadrinhos estadunidense vivenciava sua chamada Era de Prata, termo que se
devia a nova fase pós-censura imposta pelo Comics Code Autorithy, e nesse
período a Marvel Comics havia se reformulado (anteriormente chamada Timely
Comics), existindo a necessidade de se criar uma nova leva de super-heróis e
quadrinhos. Stan Lee e Jack Kirby já vinham trabalhando juntos alguns anos e
começaram a criar vários personagens, somente em 1962 tivemos o surgimento do
Hulk, do Homem-Aranha e do Thor.
Stan Lee em conversa com Jack
Kirby, disse que queria criar um herói que fosse tão ou mais forte do que o
Hulk, antevendo uma rivalidade entre ambos. Kirby sugeriu que esse novo
personagem poderia ser um deus, Lee gostou da ideia. Kirby que tinha assistido
na época o filme do Príncipe Valente (1954), personagem baseado nos quadrinhos,
o qual possuía ligação com vikings, sugeriu buscar algo na mitologia nórdica.
Vale ressaltar que na época em que
a Marvel era ainda a Timely Comics, ela já havia feito uso do Thor e do Loki,
mesmo que de forma breve, algo ocorrido na revista Venus nos números 11 e 12, em 1951. O próprio Stan Lee trabalhou
nessa série, mesmo não tendo contato com essas duas edições. Por sua vez, Jack
Kirby também teve sua conexão com Thor, mas na DC Comics, no conto intitulado
Magic Hammer, publicado na Tales of the
Unexpected #16, em 1957.
Como Stan Lee trabalhava em
muitas ideias ao mesmo tempo, ele pediu a ajuda ao seu irmão Larry Lieber,
então editor da Marvel. Lee enviou ao irmão uma série de anotações e rascunhos
para se trabalhar com o deus Thor; ele estava interessado em criar um herói que
abordasse temas associados a fantasia. Lieber influenciado pelo Thor da Weird
Comics, usou algumas das ideias deles como o personagem ser louro, não usar
barba, ser um humano que ganhava os poderes do deus ao empunhar o Mjölnir. Mas
além dessas características, Kirby sugeriu adotar também um tom de ficção
científica, algo que estava em alta na época.
Dessa forma surgiu a primeira
aventura de Thor Odinson, publicada em agosto de 1962, na revista Journey into Mystery #83, a qual narrava
a história do médico Donald Blake que descobriu o martelo Mjölnir numa caverna
norueguesa e conseguiu os poderes de Thor, tornando-se superpoderoso. Nessa
primeira revista, Thor impedia uma invasão alienígena promovida pelos Homens de
Pedra de Saturno. Nota-se o elemento de ficção científica sugerido por Kirby.
Imagem 2: Capa da
revista Journey into Mystery #83, ago. 1962. Arte de Jack Kirby.
A história recebeu boas críticas
na época, com isso, Lee, Kirby e Lieber passaram a trabalhar em novas aventuras
do personagem, explorando sua vida como o médico Donald Blake, alter-ego do
Poderoso Thor, o qual combatia alienígenas, monstros e super-vilões. Blake
representava ideias que Lee gostava em seus heróis: a fragilidade humana,
problemas cotidianos, falta de confiança e traumas. Isso era visto com o Hulk,
o Homem-Aranha, os X-Men entre outros personagens que ele ajudou a criar.
Em 1963 para alavancar as vendas
das revistas do Thor e de outros super-heróis, Lee e Kirby inspirados na Liga
da Justiça, decidiram criar uma super-equipe para a Marvel, e assim surgiu os
Vingadores (Avengers), cuja equipe original era formada por Thor, Hulk, Homem
de Ferro, Homem-Formiga e Vespa. Os cinco heróis se reuniram para combater a
grande ameaça concebida por Loki, o irmão adotivo e arqui-inimigo de Thor
Odinson. Alguns elementos dessa história de origem foram aproveitados para o
filme Vingadores (2012). Observa-se que a origem dos Vingadores esteve
fortemente influenciada pelos quadrinhos de Thor.
Com a popularidade crescente da
revista do Poderoso Thor, Lee e Kirby decidiram introduzir a mitologia grega
nos quadrinhos, lançando em 1964 um confronto épico entre Thor e Hércules. A
ideia acabou dando certo e mais tarde Hércules ganhou sua própria série. Isso
influenciou nos anos 1970 que novas mitologias fossem adaptadas também como a
chinesa com o Shang-Chi, a mesopotâmica em Eternos, a egípcia com o Cavaleiro
da Lua, além de outras mitologias.
Adaptações da mitologia nórdica
Larry Lieber por desconhecer a
mitologia, optava em trabalhar mais com elementos de fantasia e ficção
científica, entretanto, quando ele começou a se afastar dos roteiros dos
quadrinhos do Thor, indo trabalhar com o Homem de Ferro e o Homem-Formiga, Lee
e Kirby começaram a investir em mais elementos mitológicos. Ainda em 1962,
personagens como Odin, Loki, Balder, Heimdall, Frigga começaram a aparecer,
além de lugares como Asgard e Jotunheim. Posteriormente tivemos Sif, Hel, Iduna,
Balder, Surtur, Mimir, Fenrir, Jormungand, Sleipnir entre outros personagens e
elementos mitológicos que formavam os Nove Mundos. Além disso, Donald Blake
recuperou sua memória e lembrou que era o deus do trovão verdadeiro, não apenas
um avatar. Dessa forma, Blake foi abandonado e Thor deixou de usar um disfarce
humano regularmente.
Nas décadas de 1960 e 1970 vários
elementos da mitologia nórdica foram gradativamente sendo adaptados para os quadrinhos,
mesclando-os com o contexto de fantasia de ficção científica. Thor deixou de
atuar exclusivamente na Terra e passou a viajar para os mundos da mitologia
nórdica e outros planetas. Algumas dessas narrativas de teor mais mitológico,
foram apresentadas na antologia Tales of Asgard, criada por Stan Lee e Jack
Kirby em 1963, publicada na revista Journey into Mystery.
Algumas revistas que trouxeram
adaptações de mitos nórdicos:
·
Journey into Mystery #97 (1963): a origem de
Ymir, Audumla e Buri
·
Journey into Mystery #98 (1963): Odin e os
irmãos enfrentam Ymir
·
Journey into Mystery #100 (1963): O roubo das
maçãs de Iduna
·
Journey into Mystery #103 (1964): Mimir e a
criação de Ask e Embla
·
Journey into Mystery #104 (1964): Heimdall, guardião
da Bifrost
·
Thor Annual Vol 1 #5 (1976): Breve menção aos
mitos de origem
·
Thor vol. 1 #272 (1978): Thor e Loki são
enganados por Utgard-Loki
·
Thor vol. 1 #273 (1978): Thor pesca Jormungand
·
Thor vol. 1 #274 (1978): A morte de Balder e o
início do Ragnarök
·
Thor vol. 1 #274-278 (1978): O Ragnarök
·
Thor Annual vol. 1 #11 (1983): Os tesouros dos
deuses
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Thor vol. 1 #303 (1981): O castigo de Loki
·
Thor vol. 1 #329 (1983): Thor contra Hrungnir
·
Thor vol. 1 #380 (1987): Thor contra Jormungand
·
Marvel Super Heroes vol. 2 #15 (1993): O roubo
do martelo
·
Thor vol. 2 #80-85 (2004): Nova versão do
Ragnarök
·
Loki vol. 2 #1 (2010): Outra versão dos tesouros
dos deuses
·
Loki vol. 2 #2 (2010): Outra versão da morte de
Balder
·
Loki vol. 2 #3 (2011): O funeral de Balder
·
Loki vol. 2 #4 (2011): Adaptação do poema
Lokasenna
·
Loki: Agent of Asgard vol. 1 #3 (2014): A
maldição do anel de Andvari
Mesmo com a saída de Kirby e Lee
em 1971, os quais estavam a frente dos quadrinhos do Poderoso Thor, os
quadrinistas que os sucederam como Gerry Conway, John Romita, Roy Thomas, Gil
Kane e outros, deram continuidade a inserção de elementos mitológicos nos
quadrinhos, mesmo que não abordassem mitos específicos. Data dos anos 1970 o
estabelecimento dos Nove Mundos, apresentando inclusive outras localidades
mitológicas também; outros deuses menores e seres que não apareceram
anteriormente ou foram apenas citados, ganharam mais evidência nesse período. Foi
nesse período que se realizou o Ragnarök, embora bastante diferente do mito.
Imagem 3: A morte de
Balder. Capa da revista Thor vol. 1 #274, ago. 1978. Arte de John Buscema.
Durante os anos 1980, elementos
mitológicos ainda estiveram em alta nos quadrinhos do Thor. O roteirista Walt
Simonson e o desenhista John Buscema deram preferência a essa abordagem mítica,
além de que outros autores que escreviam revistas paralelas do deus do trovão
como a Thor Annual, também
enfatizavam o lado mitológico, mas com a diferença de darem preferência aos
chamados crossovers, ou seja, apresentar histórias de Thor na mitologia grega,
egípcia, mesopotâmica e a interação dele com divindades de outros panteões e
entidades cósmicas do universo Marvel.
No caso da fase de Simonson, o qual
esteve à frente dos quadrinhos do Thor entre 1983 e 1987, ele adaptou alguns
mitos, além de apresentar personagens mitológicos anteriormente não utilizados
como Freyr, Angrboda, Hrungnir, Tjazi, Saga, Garm, os elfos sombrios etc. O
autor também trouxe de volta Surtur para uma série de novos conflitos.
A década de 1990 marcou a “Fase
de Ação” das histórias do Poderoso Thor, em que artistas como Mike Deodato Jr,
Jim Lee, Dan Jurgens e John Romita Jr, concederam novos visuais ao personagem,
assim como, aprofundaram narrativas centradas no combate e violência, optando
por cenários terráqueos e ficção científica, incluindo crossovers com vários
outros personagens. Elementos da mitologia ficaram em segundo plano.
Adentrando o começo dos anos
2000, algumas revistas do Thor procuraram reimaginar o personagem para a
geração do século XXI, atualizando conceitos e trazendo antigas ideias dos
mitos. Um dos destaques nesse período foi a segunda versão do Ragnarök,
publicada em 2004, a qual deu ênfase a um tom mais fantástico e sombrio,
removendo os aspectos urbanos e de ficção científica presentes na versão de
1978. Essa versão do Ragnarök inclusive serviu de conexão para o evento chamado
Vingadores: A Queda que se iniciou em seguida.
Após o novo Ragnarök e a crise entre
os Vingadores, a revista do Thor foi suspensa por quase três anos devido as
baixas vendas. Em 2007 elas retornaram com novos quadrinistas, entretanto, os
novos autores optaram por retomar as narrativas que se passavam na Terra,
havendo algumas histórias com teor mais mítico. Entretanto, a minissérie de
Loki de 2010-2011, retomou a abordagem mitológica, adaptando alguns mitos e
apresentando histórias inteiramente ambientadas nos mundos nórdicos. Nesse
período a revista Journey into Mystery também voltou a ser publicada entre 2011
e 2013, contando narrativas nos mundos mitológicos nórdicos centradas em Loki e
Lady Sif, mas sem apresentar novas adaptações de mitos.
As revistas do Thor publicadas de
2014 em diante, também não voltaram a aprofundar elementos da mitologia
nórdica. Em muitas delas, as referências chegam a ser inexistentes ou efêmeras.
Os quadrinistas optaram em focar em aventuras de ação (as vezes dramáticas),
geralmente na Terra, Asgard, Jotunheim e Hel. Além disso, eles optaram em fazer
uso dos personagens mais conhecidos do panteão nórdico, não voltando a usar
outros deuses e seres.
Algumas diferenças entre os quadrinhos e os mitos
As diferenças são inúmeras,
entretanto, algumas principais serão mencionadas aqui. A primeira que
normalmente gera confusão para aqueles que não conhecem a mitologia nórdica,
diz respeito a relação familiar de Thor e Loki. Nos mitos ambos são apenas
conhecidos, porém, nos quadrinhos da Marvel, ambos se tornaram irmãos adotivos,
desenvolvendo uma relação familiar complexa a qual passa pelo companheirismo, a
rivalidade e a inimizade completa.
Na mitologia nórdica Loki é apenas
um gigante, conhecido por suas características de trickster, sendo sagaz e
podendo mudar de forma. Porém, essas características foram mantidas na versão
em quadrinhos, com a diferença de que Loki se tornou o “deus da mentira” ou o
“deus da trapaça”. Além disso, lhe foi concedido conhecimento sobre magia.
Dos três filhos de Loki: o lobo
Fenrir, a serpente Jormungand e Hel (Hela), foi Hela quem se tornou uma das
principais vilãs das histórias do Thor. Por sua vez, Jormungand aparece em
alguns momentos, mas Fenrir tem pouca expressividade nas revistas.
Imagem 4: Thor contra
Jormungand na revista Thor vol. 1 #380, june 1987. Arte de Walter Simonson.
A respeito de alguns deuses,
existem algumas diferenças bem marcantes. Por exemplo, nos quadrinhos Heimdall e
Sif são irmãos, mas na mitologia não há nem um grau de parentesco entre ambos.
Além disso, a Sif mitológica é loura e não possui uma função religiosa
definida. Por sua vez, Lady Sif é morena e uma exímia guerreira.
Tyr que é o deus da guerra e tem
pouco destaque nos mitos, nos quadrinhos ele é irmão de Thor e Balder. Por
outro lado, Tyr com o tempo se tornou um dos vilões, pois discordar de algumas
decisões de Odin e a preferência de Thor como sucessor ao trono. Com isso, nos
anos 1980 tivemos histórias de Tyr enfrentando seus irmãos e até se aliando a
Loki e Hela.
Imagem 5: Capa da
revista Thor vol. 1 #312, oct. 1981. Arte de Keith Pollard.
Os deuses vanes como Njörd e seus
filhos Freyr e Freyja possuem destaque em alguns mitos, além de que os irmãos estavam
entre as divindades regularmente cultuadas devido a sua conexão com a
fertilidade, a fecundidade e a agricultura e pecuária. Entretanto, no universo
Marvel, os três deuses não têm um papel significativo e mal aparecem nas
revistas. Njörd aparece a primeira vez em 1978, durante os acontecimentos do
Ragnarök, entretanto, seus filhos somente são introduzidos nas revistas na
década de 1980.
O dragão Fafnir, famoso na
mitologia nórdica por ter sido um anão amaldiçoado, o qual guardava um tesouro
numa caverna e foi morto pelo herói Sigurd, nos quadrinhos Fafnir se tornou um
poderoso dragão que governava o Reino de Náströnd, um dos mundos dos mortos,
sendo ele aliado de Hela, Kurse e Malekith, o Maldito.
O reino de Hela, chamado Helheim
nos quadrinhos, difere também da versão mitológica, em que esse local é
descrito como frio, escuro e nevoento, nas hqs Helheim se assemelha ao Inferno
de fogo, possuindo monstros, demônios e castigos, elementos inexistentes no
mito.
Sigurd, que é um herói popular na
mitologia nórdica, existindo diferentes versões sobre sua jornada, na Marvel
ele não possui nenhum destaque. Condição essa que o personagem somente apareceu
em 2011, sendo citado brevemente como um grande herói do passado. Por sua vez, na
revista do Loki: Agent of Asgard, Sigurd aparece mais regularmente, embora seja
uma reencarnação do herói.
Por sua vez, a donzela de escudo Brunilda,
a qual foi a esposa de Sigurd, se tornou uma das principais valquírias nos
quadrinhos, chamada de Brunnhilde. A personagem surgiu em 1970 como sendo a
reencarnação da mítica guerreira. Inicialmente sob comando da feiticeira
Encantor, ela apareceu como uma vilã até ser libertada do controle mágico.
Brunnhilde então se tornou membro dos Defensores e passou a ajudar Thor e
outros asgardianos. Ela também adotou o codinome Valquíria, estrelando algumas
aventuras solo. No entanto, ela não possui nenhuma conexão até então com
Sigurd.
Imagem 6: A valquíria
Brunnhilde. Capa da revista The New Defenders vol. 1 #130, jan. 1984. Arte de
Frank Cirocco.
Referências bibliográficas:
BEAZLEY, Mark; YOUNGQUIST, Jeff;
BRADY, Matt (org.). Enciclopédia Marvel.
São Paulo: Editora Panini, 2005.
LANGER, Johnni. As representações
do deus Thor nas HQS. Revista Brathair,
v. 6, n. 1, 2006, p. 50-54.
MARTINS, Jotapê; Carvalho, Hélcio
de. Dicionário Marvel. São Paulo:
Editora Abril, 1983-1985.
OLIVEIRA, Leandro Vilar. Thor –
do mito a super-herói: a reinvenção moderna do deus nórdico do trovão. História, Imagem e Narrativas, n. 18,
abril 2014.
Referências online:
OLIVEIRA, Leandro Vilar; SAMPAIO,
Victor Hugo. Thor e seu visual na cultura pop.