O grupo interinstitucional NEVE (NÚCLEO DE ESTUDOS VIKINGS E ESCANDINAVOS, criado em 2010) tem como principal objetivo o estudo e a divulgação da História e cultura da Escandinávia Medieval, em especial da Era Viking, por meio de reuniões, organização de eventos, publicações e divulgações em periódicos e internet. Parceiro internacional do Museet Ribes Vikinger (Dianamarca), Lofotr Viking Museum (Noruega), The Northern Women’s Art Collaborative (Universidade de Brown, EUA), Reception Research Group (Universidad de Alcalá) e no Brasil, da ABREM (Associação Brasileira de Estudos Medievais) e PPGCR-UFPB. Registrado no DGP-CNPQ. Contato: neveufpb@yahoo.com.br

quinta-feira, 27 de março de 2025

Sagas islandesas são tema do maior evento escandinavístico da América Latina


O site do XIII CEVE já está disponível: é possível fazer as inscrições como ouvinte ou participar com comunicações, clique aqui.

Esse ano o CEVE será totalmente dedicado ao estudo das sagas islandesas e será divido em três eixos temáticos, agregando todas as conferências, minicursos e comunicações: Sagas e História; Sagas e Literatura; Sagas e Recepção. 

Não fique de fora do maior evento escandinavístico da América Latina: as inscrições são gratuitas e públicas e todas as atividades são online. As inscrições para comunicações estarão abertas até o dia 20 de outubro de 2025. Os títulos das conferências internacionais e nacionais estarão disponíveis brevemente.

sábado, 22 de março de 2025

Dinamarca publica estudo sobre vikings no Brasil

 



O site de divulgações e pesquisas Nordics.info, mantido pela Universidade de Aarhus (Dinamarca), acaba de publicar o artigo: "Conjecture about Vikings in Brazil in the 1840s" (Conjectura sobre os vikings no Brasil na década de 1840). O estudo analisa a tese de que os antigos nórdicos estiveram no Brasil antes de Cabral, uma ideia propagada nos anos 1840 por acadêmicos dinamarqueses e brasileiros, centrados especialmente em duas fontes: as supostas inscrições encontradas na Pedra da Gávea (RJ) e a cidade perdida da Bahia (BA).

O artigo foi escrito pelo historiador Johnni Langer e pode ser acessado em html (clique aqui) ou em formato pdf no AcademiaEdu (clique aqui) e no Researchgate (clique aqui).

Abstract: Exchanges between Brazilian and European intellectuals about the possible presence of Vikings in Brazil sheds light on an era. Summary: In 1840s, letters between Brazilian and European academics and selected journal publications show that intellectuals at the time exlpored the possible presence of Vikings in Brazil. Spurred on by nationalist ideas, they tried to fill the gaps in their knowledge through making conjectures based on a range of what may seem to us today as fanciful evidence. Their exchanges point to a way of history-making that fits in with a desired narrative at a particular time and context, and shows that the alure of the Vikings is not only a contemporary phenomenon.

Fonte da imagen do cartaz: Detalhe da pintura 'Leiv Eiriksson oppdagelse av Amerika' (Leif Erikson descobre a America), de Hans Dahl, óleo em tela, 1915, coleção particular; fotografia da Pedra da Gávea, RJ, Wikimedia.



quarta-feira, 19 de março de 2025

Pré-lançamento: 'O campo das Centáureas' recebe versão impressa

 



Você quer saber mais sobre o dia a dia na Era Viking? Como era o cotidiano dos nórdicos? Descubra tudo isso lendo o romance "O campo das Centáureas: cenas cotidianas da Dinamarca da Era Viking", de Luciana de Campos, que agora recebe uma versão impressa. O livro é fruto da experiência da autora com a temática, tanto de leituras, quanto de viagens pela Escandinávia e suas experiências práticas. O livro está em pré-venda, clique aqui.



 Foto: a autora em casa reconstituída da fortaleza de Trelleborg, ilha da Zelândia, Dinamarca, 2018.

sexta-feira, 14 de março de 2025

Lançamento - Os mitos nórdicos no século 19: Arte, História e Recepção

 

Disponível online, clique aqui.

Lançamento - Os mitos nórdicos no século XIX: Arte, História e Recepção, de Johnni Langer. João Pessoa: Editora da Universidade Federal da Paraíba, 2025. ISBN: 978-65-5942-283-8. Clique aqui para acessar.

A Mitologia Nórdica sempre fascinou o Ocidente. Ela está presente atualmente na televisão, no cinema, na música, nos jogos eletrônicos, na internet, nos quadrinhos e na literatura. Mas muito além de simples entretenimento, as narrativas dos antigos deuses nórdicos sustentam emoções e sentimentos, preciosos para a elaboração de identidades sociais de grupos e de nações desde o século XVIII. Estes valores patrióticos e modelos de virtudes podem ser encontrados essencialmente nas produções artísticas produzidas na Escandinávia oitocentista. O presente livro apresenta quatro estudos sobre a Mitologia Nórdica, dois em português e dois em inglês, versando sobre como os mitos nórdicos foram ressignificados e reinterpretados na cultura visual europeia entre os períodos de 1780 a 1866. Eles são o resultado do cruzamento entre as áreas da História e da Arte, um intercâmbio promovido sobre o olhar da Metodologia da Recepção.


quinta-feira, 13 de março de 2025

Palestra sobre Odin em Juiz de Fora (híbrida: presencial e online)


 

Odin é realmente uma figura xamânica? Qual a relação desta deidade com os mortos? O que as fontes medievais nos revelam sobre esta figura mítica? Descubra tudo isso em uma palestra imperdível com Victor Hugo Sampaio - doutor em Ciências das Religiões pela UFPB, membro do NEVE e especialista em Mitologia Nórdica. A atividade será híbrida (quarta-feira, 19 de março, às 16h): presencial, na Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), e online - inscrições gratuitas pela conta do Grupo de Estudos e Pesquisa de História Antiga e Medieval da UFJF no Instagram (@gephamufjf).

Descrição da imagem: Odin de um olho com seus corvos Hugin e Munin e suas armas do manuscrito islandês SÁM 66 do século XVIII, sob os cuidados do Instituto Árni Magnússon na Islândia.

terça-feira, 4 de março de 2025

A 'invenção' moderna dos vikings: Arqueologia viking e nacionalismo

Ilustração da escavação arqueológica do navio de Gokstad, Noruega, 1880. © Mary Evans Picture Library 2015.

Você sabe quando surgiu o conceito étnico dos vikings? Quando começou a visão positiva deles pelo viés do comércio? Em que momento teve início o debate sobre historicidade das sagas islandesas? Descubra tudo isso no mais recente artigo acadêmico de Johnni Langer: 'Arqueologia viking e nacionalismo', publicado pela Revista Brasileira de História da Ciência. Disponível neste link.

Resumo: O artigo apresenta uma análise de algumas obras do dinamarquês Jens Worsaae, procurando verificar como a arqueologia oitocentista e particularmente, os pioneiros estudos sobre a cultura material dos vikings, estiveram atrelados a idealizações nacionalistas desse período. Nosso principal referencial é o da história da arqueologia, especialmente as publicações de Margarita Díaz-Andreu, relacionadas a ideologias políticas na ciência do século XIX.

Palavras-chave: história da arqueologia – história dos vikings – nacionalismo – Dinamarca – Oitocentos.

domingo, 2 de março de 2025

Vikings e fenícios no Brasil: mito ou realidade?

Os vikings e os fenícios realmente estiveram no Brasil? Descubra mais sobre este fascinante tema, as suas interpretações, os seus autores e a sua História. Live efetuada no canal da historiadora Juliana Cavalcanti, com a participação de Johnni Langer




sábado, 22 de fevereiro de 2025

Valquírias: imagens e simbolismos

Todo mundo gosta das valquírias: elas constituem um dos mitos nórdicos mais difundidos após o século XIX e em especial, depois das óperas wagnerianas da década de 1870. No novo infográfico de Johnni Langer, alguns aspectos são destacados em imagens valquirianas encontradas na Era Viking. Para saber mais sobre estas intrigantes figuras sobrenaturais, consulte:

- Os locais de culto em Tissø, In: "Odin: uma história arqueológica da Dinamarca viking". Editora Vozes, 2024, pp. 78-88.

- As valquirias, In: "As religiões nórdicas da Era Viking". Petrópolis: Editora Vozes, 2023, pp. 76-80.

- Valkyries, In: The Pre-Christian Religions of the North: History and Structures, vol. III, Turnhout: Brepols , 2020, pp. 1513-1526.

O NEVE está participando do projeto internacional de pesquisa: “The reception of the Valkyrie myth in literature, music, visual arts and audiovisual media”, organizado pelo grupo de pesquisa RECEPTION da Universidade de Alcalá, Espanha. Mais novidades sobre os temas valquirianos postaremos aqui.


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Drengjar e þegnar: guerreiros e magnatas da Era Viking

Você realmente conhece as sociedades nórdicas da Era Viking? O NEVE inicia uma série de publicações demonstrando a complexidade histórica do tema, indo muito além do velho esquema: escravos, camponeses e aristocratas. Imagens de capa, cards 3 e 5 de Vila Viking Brasil (SP, @vilavikingbrasil), fotografias de Desiree Baptista.







sábado, 15 de fevereiro de 2025

Freyja: culto e simbolismos

 


Novo infográfico - Freyja: culto e simbolismos, de Johnni Langer.

A deusa Freyja ocupa um grande destaque entre as entidades femininas das fontes mitológicas nórdicas, mas o seu papel no cotidiano religioso pré-cristão é ainda muito debatido. As pesquisas em toponímia apontam uma certa confusão entre o deus Freyr e ela, com poucos indícios claros neste sentido. Os textos literários trazem poucos elementos cúlticos diretos e os vestígios arqueológicos também são escassos, o que levou recentemente a pesquisadora Ingunn Ásdísardóttir (2020, na mais atualizada e sistematizadora publicação dos estudos sobre Freyja) a considerar o seu culto ainda sem evidências definitivas - uma observação que mantivemos no infográfico. No quesito iconografia da Era Viking - o campo que mais dominamos nas pesquisas sobre a dita deusa - também o seu estudo gera polêmicas e questões. Ao contrário de Odin, Thor, Tyr e Loki, não existem elementos iconográficos que apontem uma identificação concreta e muito menos a determinação de uma tradição visual de Freyja. Algumas vezes seres femininos portam colares, em outros nenhum tipo de adereço no pescoço. E em nenhuma fonte visual ocorre a associação direta de um ser feminino com gatos. Também algumas imagens são dúbias: são representações de deusas ou de valquírias? (no caso dos aspectos de subserviência das valquírias, servindo cornos de hidromel em festins - que também é algo apontado para Freyja nas fontes literárias). Mas também ela foi relacionada à guerra, dividindo os mortos com Odin. Algumas pesquisas recentes, vem indicando a possibilidade de algumas representações visuais de seres femininos serem representações de mulheres em dramatizações rituais, o que complica ainda mais o quadro interpretativo. Por este motivo, somente inserimos no infográfico três representações femininas de pingentes da Era Viking: as mais propensas a terem alguma ligação com a deusa Freyja.

Bibliografia:

Ásdísardóttir, Ingunn. Freyja. In: The Pre-Christian Religions of the North: History and Structures, vol. III, Turnhout: Brepols , 2020, pp. 1273-1302.

Langer, Johnni. Os locais de culto em Tissø. In: Odin: uma história arqueológica da Dinamarca viking. Editora Vozes, 2024 pp. 78-87.

Langer, Johnni. O culto às deusas. In: As religiões nórdicas da Era Viking. Editora Vozes, 2023, pp. 160-164.

Langer, Johnni. A iconografia da Mitologia Nórdica: Usos e abusos, XICEVE, 2023. 


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Mestrado e Doutorado com temática viking: seleção 2025

 


Projetos de pesquisas envolvendo temas nórdicos (Vikings ou Mitologia Nórdica) poderão ser submetidos ao processo seletivo do Programa de Pós Graduação em História da UFRN (Área de concentração: História e Espaços), com o intuito de serem orientados pelo professor Dr. Johnni Langer  (2 vagas para mestrado e 1 para doutorado). O edital de seleção para 2024 foi publicado e está disponível aqui: site do programa.  As inscrições serão realizadas até o dia 06 de março de 2025. E-mail do professor Johnni Langer: johnnilanger@yahoo.com.br

Recomendamos aos interessados que entrem em contato prévio com o professor Johnni Langer, com o intuito de definir o tema, fontes e bibliografia para o projeto a ser inscrito na seleção.

Dicas para a elaboração de um projeto de pesquisa com temática nórdica: clique aqui.

A seguir, elencamos as duas linhas de pesquisa na qual o professor está vinculado e os temas de interesse para orientação em cada linha. Ao final, disponibilizamos uma bibliografia básica para a área de concentração do programa e as linhas, além de guias para as fontes primárias.

  
Área de Concentração: História e espaços

     Linha Pesquisa II: Espaços de Memória, Cultura Material & Usos Públicos do Passado: esta linha contempla as estratégias de memória e de construção do passado nos diversos tempos históricos, enfatizando a elaboração de espaços, lugares e mecanismos de preservação e esquecimento das tradições e memórias públicas.  Concebe-se que a constituição dos espaços da recordação faz o passado tornar-se público e disponível no meio social, a partir de relações entre memória, história e vestígios. A linha enfatiza os processos de monumentalização e elaboração dos lugares de memória, dos vários tipos de patrimônio, as instituições e práticas de tutela do passado tais como os acervos, museus e arquivos; o ensino de história, os usos públicos da história em mídias e suportes, a cultura histórica e a historiográfica.

Temas de interesse para orientação escandinavística nesta linha:

Espaço e religião na Escandinávia Antiga

Paisagem, mito e culto na arte rupestre nórdica da Idade do Bronze; mitos e ritos públicos como espaços de memória na Escandinávia Antiga; locais de culto como controle da paisagem antiga. Fontes: arte rupestre, cultura material e Arqueologia.

Pedras rúnicas e espaços de memória na Era Viking

O estudo das pedras rúnicas como monumentos de construção da memória e do passado; a construção de pedras rúnicas como estratégia de preservação das tradições públicas, religiosas, mitológicas e sociais na Escandinávia; o estudo das pedras rúnicas relacionado ao ambiente físico e a paisagem nórdica. Fontes primárias: pedras rúnicas; catálogo de pedras rúnicas digitalizados; Runologia e estudos arqueológicos e de paisagem.

Monumentos e lugares de memória no Medievo Nórdico

A construção de monumentos nórdicos na Escandinávia da Era Viking e no período que compreende os séculos XII e XV na Escandinávia e Europa, que tiveram como objetivo estratégicas de conservação da memória e mecanismos de preservação das tradições no espaço público ou na paisagem natural. Fontes literárias: sagas islandesas; crônicas históricas; fontes arqueológicas (cemitérios pré-cristãos e cristãos; monumentos religiosos; monumentos fúnebres e comemorativos,; pedras rúnicas pré-cristãs e cristãs).

Localidades Centrais da Era Viking

O estudo das localidades centrais, conceito da Arqueologia escandinava, aplicado nas discussões históricas sobre espacialidade da Escandinávia: as funções sacras, cosmológicas, políticas, sociais e materiais de determinadas áreas nórdicas durante a Era Viking – que funcionaram empiricamente e simbolicamente como “centros do universo”. Fontes: cultura material, fontes arqueológicas, sagas islandesas. 

O espaço funerário na Escandinávia da Era Viking

Os ritos funerários nórdicos e sua relação com o ambiente natural e social; a espacialidade da cultura material e das imagens funerárias; a relação dos ritos funerários nas literatura medieval e na Arqueologia; as mudanças do espaço e prática funerária da Era Viking para o período de cristianização. Fontes primárias: cultura material e Arqueologia.

Templos religiosos e espaço na Escandinávia pré-cristã e cristã medieval

A espacialidade do templo definido e delimitado pela religião e religiosidade, política e sociedade; a materialidade dos templos nórdicos como reflexo do ambiente e da cultura; estratégias de legitimação do espaço do templo; mitos e ritos como definidores de legitimação do poder político e espacial do templo; a manutenção da fé e do poder religioso pelo espaço material do templo e do ambiente. Fontes primárias: Arqueologia e cultura material; contrapontos com fontes literárias escandinavas.

Territorialização da Escandinávia

O processo de apropriação territorial na Escandinávia, da Era Viking ao fim do Medievo; processo colonizador nórdico na Escandinávia e fora da Escandinávia; ocupação social e cultural dos espaços de colonização. Fontes: sagas islandesas; crônicas históricas; cartografia tardo medieval e renascentista; cultura material e Arqueologia.

Espaço, incursões e globalismo

Dentro das considerações da História Global, investigar uma história do espaço promovido pelas incursões e expedições nórdicas, as suas conexões sociais e culturais e as suas intersecções entre os processo globais e as manifestações locais da Escandinávia. Fontes primárias: crônicas históricas e documentos escandinavos e não escandinavos; sagas islandesas; cultura material e Arqueologia; numismática; monumentos.

Guerra, território e espacialização na Escandinávia

A relação entre soberania e  ordem social no mundo da guerra nórdica; espaços guerreiros e sociedade; a guerra como elemento de territorialização. Fontes: Eddas, sagas islandesas, crônicas históricas; cultura material e Arqueologia.

Toponímia, Geonímia e História na Escandinávia

O estudo da toponímia e geonímia aplicado à questões da religiosidade, Política, Mitologia e História da Escandinávia durante o Medievo.

Espaço e urbanização na Escandinávia antiga e Medieval

O processo de transição da vila para a cidade na Escandinávia; centros de poder, região e cultos; áreas de comércio e poder; centralização de poder, monarquias e urbanização; vida cotidiana nas cidades e espacialização. Fontes: crônicas históricas e cultura material.

Cristianização, território e espaço na Escandinávia Medieval

O processo de conversão e cristianização nórdico dentro do contexto espacial; estratégias de conversão e de poder religioso pelo uso do espaço físico: edificações, áreas de peregrinação, festas e calendário; contextos geopolíticos da cristianização; centros de influência europeia no espaço escandinavo; centralização do papado e a cristianização nórdica; hagiografia como processo de controle do espaço. Fontes: sagas islandesas, crônicas históricas, cultura material, códigos de leis escandinavas.

Navegação, espaço e memória na Era Viking

O estudo da tecnologia de navegação nórdica em interface com o espaço marinho enquanto gerador de memórias sociais e públicas. O uso do espaço celeste e da Astronomia como produtora de simbolismos de memória. O espaço marinho como produtor de imagens sobre o passado. Fontes: cultura material, sagas islandesas, fontes da Mitologia Nórdica.

Território e paisagem na teoria dos Vikings no Brasil

O estudo das representações espaciais presentes nas concepções oitocentistas de que os nórdicos antigos estiveram no Brasil antes de Cabral. Fontes: matérias de jornais; artigos na Revista do IHGB; correspondências entre intelectuais brasileiros e dinamarqueses; publicações e estudos históricos e arqueológicos do Brasil Imperial.

Linha de Pesquisa III: Linguagens, Identidades & Espacialidades: esta linha concebe que as espacialidades são constructos resultantes de operações simbólicas que configuram sentido ao mundo humano por imagens, discursos, representações e fazeres pelos quais emerge a materialidade dos meios sociais. Aborda-se o papel dos mais variados suportes nos processos de construção histórica da identidade e da alteridade sociais. A linha enfatiza as diferentes maneiras de simbolizar/praticar as fronteiras espaciais (locais, regionais, nacionais, transnacionais), bem como as espacializações que produzem os diversos padrões culturais (etnicidade, gênero, sexualidade, racialidade, religiosidade), as instituições simbólicas de organização do espaço (cidade, campo, paisagem, espaço público, espaço privado), as linguagens nas quais são significados os/nos espaços (literatura, cinema, pintura, teatro, fotografia, arquitetura, mídia, arte pública, música).

Temas de interesse para orientação escandinavística nesta linha:

Identidades e alteridades espaciais nas sagas islandesas

A festa, os banquetes e as comemorações como espaços de identidade e alteridade e portando dimensões simbólicas (significados, valores, imagens) utilizadas pela literatura para a constituição figurativas das espacialidades. Os espaços como construções sociais refletidos na literatura. Fontes primárias: sagas islandesas.

O espaço feminino nas sagas islandesas e Eddas

As mulheres, sua sociabilidade e espaço na literatura nórdica medieval; as deusas e seres femininos sobrenaturais e sua identidade e alteridade em relação aos espaços masculinos; os ritos públicos e a relação com o feminino; espaço público e privado na experiência feminina; práticas culturais femininas e constituição de espaços geográficos; gênero e classe no processo de transformação do espaço escandinavo; a construção dos papéis e ordens morais nos espaços de vivência femininos. Fontes primárias: sagas islandesas e Eddas.

Espaços sobrenaturais na Escandinávia

O espaço dos mortos, os salões dos deuses e os diversos mundos da Mitologia Nórdica e Cristã e as suas relações com a cultura, política e a religião nórdica; a relação do espaço físico com o sobrenatural. Fontes primárias: Eddas, Sagas islandesas; fontes iconográficas; pinturas em igrejas medievais nórdicas; literatura cristã medieval.

Temas da paisagem celeste escandinava

Cosmogonia e cosmologia na Escandinávia antiga; Mitologias celestes e Astronomia da paisagem; representações celestes em pinturas de igrejas medievais escandinavas e nas artes renascentista e moderna. Fontes primárias: Eddas; sagas islandesas; manuscritos medievais; pinturas em igrejas medievais.

Espaços do cotidiano na Escandinávia

O espaço nas representações cotidianas, culturais, sexuais e domésticas. As vivências e a vida diária no espaço público e privado. Formas de resistência e poder no espaço cotidiano. Fontes: sagas islandesas e cultura material.

Espaço e memória nos códigos de leis da Escandinávia Medieval

O estudo das representações sobre o espaço geográfico e social presente nos códigos de leis nórdicos durante o Medievo e que foram determinantes para a criação de identidades sociais em temas como a unificação territorial ou em diversas questões políticas. Fontes: Grágás, Gulathing, Frostathing, Eyrbyggja Saga, Skånske Lov, Jyske Lov, Codex Runicus, Anel rúnico de Forsa.

Paisagem e Mito na cartografia sobre a Escandinávia

O estudo das representações geográficas reais e imaginárias sobre a península escandinava e a Islândia, do medievo tardio ao Renascimento: as ilhas; os contornos e limites; as fronteiras humanas e culturais; a liminaridade sobrenatural inserida nas representações físicas; monstros e monstruosidades relacionados com a espacialidade; simbolismos animais e representações folclóricas tradicionais e mitológicas relacionadas a determinadas regiões. Fontes: Mapas, planisférios, ilustrações e cartas marinhas de Nicolaus Germanus, Jacobus Angelus, Olaus Magnus, Abraham Ortellius, Honorius Philoponus, Mecia de Villadestes, entre outros.

Paisagem e espaços antigos da Escandinávia nas artes visuais

As representações espaciais, territoriais e paisagísticas da Escandinávia antiga e da Era Viking nas artes visuais produzidas do Renascimento até o mundo contemporâneo.

O espaço sobrenatural e mitológico nórdico nas artes visuais

As representações visuais do Valhalla, Hel, Niflheim, Asgard, Midgard e outros mundos nórdicos; as representações de templos escandinavos antigos; as representações dos rituais públicos e privados; as representações dos deuses e deusas no espaço público e em monumentos europeu, do Renascimento ao mundo contemporâneo.

Vikings, território e nação no Oitocentos

As representações das incursões Vikings nas artes visuais como reflexo do imperialismo europeu, das noções de espacialidade e território dos Estados-nação, das noções de fronteira e paisagem, da relação entre o homem e o meio ambiente.

 Espacializações e fronteiras do mundo nórdico nas mídias modernas

As representações e simbolismos espaciais dos Vikings, da Era Viking e da cultura nórdica nas mais diversas linguagens midiáticas e artísticas modernas: histórias em quadrinhos, literatura, jogos eletrônicos, cinema, televisão, arquitetura, mídias da internet, música, arte pública, artes visuais.

 

 BIBLIOGRAFIA (FONTES SECUNDÁRIAS):

Bibliografia temática para a Linha Pesquisa II: Espaços de Memória, Cultura Material & Usos Públicos do Passado:

YLIMAUNU, Timo. Borderlands as spaces: Creating third spaces and fractured landscapes in medieval Northern Finland. Journal of Social Archaeology 2014, Vol. 14(2) 244–267.

CASSIDY-WELCH, Megan. Space and Place in Medieval Contexts. Parergon Volume 27, N. 2, 2010.

The Odal and its Manifestation in theLandscape.

Walking down memory lane: rune-stones asmnemonic agents in the landscapes of late Viking-Age Scandinavia.

Doors to the dead. Thepower of doorways and thresholds in Viking Age Scandinavia.



Bibliografia temática para a Linha de Pesquisa III: Linguagens, Identidades & Espacialidades:

EGELER, Mathias. Constructing a Landscape in Eyrbyggja saga: the Case of Dritsker. Arkiv för nordisk filologi 132 (2017).

JAKOBSSON, Sverrir. Heaven is a Place on Earth: Church and Sacred Space in Thirteenth-Century Iceland. Scandinavian studies: publication of the Society for the Advancement of Scandinavian Study 82(1):1-20.

DUBOIS, A. Thomas. Taking Place: Place in the Construction of History in Nordic Literature. The Angel of History: Literature, History and Culture, 2009. 

TULINIUS, Torfi. ‘Á Kálfskinni’: Sagas and the Space of Literature. European Journal of Scandinavian Studies Volume 47 Issue 1.

PETRULEVICH, A. The Multi-Layered Spatiality of the Global North: Spatial References and Spatial Constructions in Medieval East Norse Literature. The Medieval Globe, 2021.

The Hills Have Eyes: Post-Mortem MountainDwelling and the (Super)natural Landscapes in the Íslendingasögur.

The Connection between Geographical Space and Collective Memory in Jómsvíkinga saga.


Aspectos teóricos e conceituais das Sagas islandesas:

LANGER, Johnni. História e sociedade nas sagas islandesas: perspectivas metodológicas.Aletheia 1, 2009. 

MIRANDA, Pablo Gomes de. Guerra e Identidade: um estudo da marcialidade na Heimskringla. Dissertação de Mestrado em História pela UFRN, 2013. 

Cultura material e Arqueologia:

Material básico de referência sobre a área nórdica:

LANGER, Johnni (Org.). Dicionário de História e Cultura da Era Viking. São Paulo: Hedra, 2017.

LANGER, Johnni (Org.). Dicionário de Mitologia Nórdica. São Paulo: Hedra, 2015.


Temas Nórdicos na recepção artística:

ARONSSON, P.  Uses of the Past: Nordic Historical Cultures in a Comparative Perspective. Culture Unbound, 2010. 

LANGER, Johnni. Valkyries and Danish National Symbolism in the 19th Century (Views of the Nordic past) Nordics.info (Aarhus University), 2021.05.26, 2021c 

LANGER, Johnni. Unveiling the destiny of a nation: the representations of Norns in Danish art (1780-1875). Perspective: Journal of art history, SMK - National Gallery of Denmark, January 2021a, p. 1-23. 

LANGER, Johnni. “Imagining national belief through art: Old Norse Religion and the Vikings in J. L. Lund´s painting ´Nordisk offerscene fra den Odinske periode´ (sacrificial scene from the period of Odin, 1831)”, RHAC: Journal of Art History and Culture vol. 2, n.1, 2021b., p. 6-26. 

LANGER, Johnni. “Rêver son passé - Le Viking imaginaire”, L´Europe des Vikings, ed. Claudine Glot (Paris: Hoebeque, 2004), pp. 162-169. 

LANGER, Johnni. “The origins of the imaginary Viking”, Viking heritage n. 4, 2002, pp. 6-9


FONTES PRIMÁRIAS

Guia de fontes históricas do Medievo escandinavo (consultar a seção final do ensaio), disponíveis em: 

Como escolher um tema e fonte em pesquisa escandinavística.

Guia de fontes sobre a Mitologia Nórdica

Uma introdução às fontes da Mitologia Nórdica

Guia de fontes sobre rituais, templos e monumentos sagrados na Escandinávia Medieval

Ritos nórdicos pré-cristãos: guia de fontes e bibliografia

Guia para elaboração do projeto de mestrado em estudos nórdicos

Como cursar mestrado em estudos nórdicos no Brasil e exterior