sábado, 26 de fevereiro de 2022
A Freydis da série Vikings: Valhalla e a idealização da mulher nórdica
terça-feira, 22 de fevereiro de 2022
Qual o significado da palavra VIKING?
Em continuidade às nossas postagens curtas sobre cultura material da Era Viking e aproveitando a eminente estreia da série VIKING: VALHALLA, esclarecemos as origens da complexa e ambígua palavra VIKING.
domingo, 20 de fevereiro de 2022
Novo vídeo: o cotidiano em um barco da Era Viking
ATKINSON, Ian. La vida y la muerte a bordo de um barco. In: Los barcos vikingos. Madrid: Akal, 1986, pp. 33-36.
BOYER, Régis. La vida en el barco, In: La vida cotidiana de los vikingos. Barcelona: José Olañeta, 2002, pp. 103-148.
sábado, 12 de fevereiro de 2022
As nove melhores sagas islandesas
A sagas islandesas constituem um dos maiores patrimônios literários advindos do Medievo. Após o seu imenso sucesso receptivo com o advento do Romantismo, as sagas tornaram-se uma das principais fontes para a modernidade pensar modelos e referenciais para o nórdico e a Era Viking. Esta presente seleção tem como principal intuito auxiliar na divulgação das sagas para o público brasileiro. A seleção foi baseada em alguns critérios: a sua tradução para a língua portuguesa; a importância história e receptiva de cada saga para o Ocidente; a qualidade literária de cada saga dentro dos referenciais do próprio selecionador. Para as edições, nos concentramos somente nas traduções ao português, inglês, espanhol e francês, que possuem maior interesse e acesso pelos brasileiros. Os títulos ao português e outras neolatinas variam, conforme os critérios dos tradutores. Para uma introdução ao estudo das sagas islandesas clique aqui.
1. A saga de Njál
A saga de Njál é uma das mais famosas Íslendingasögur (comumente conhecidas como sagas de famílias ou de islandeses). Teodoro Antón a considera a mais extensa e complexa das Íslendingasögur. Ela foi traduzida integralmente do nórdico antigo ao português pelo pesquisador Théo de Borba Moosburger em sua tese de doutorado pela UFSC. Em 2021 ela foi transformada em livro. Anteriormente, no ano de 1986 (mas publicada em 2003 pela editora Siruela) o escandinavista Enrique Bernardez realizou uma grandiosa tradução desta saga, incluindo vários mapas geográficos que auxiliam o leitor na identificação das cenas e situações do enredo. Também vale a menção à tradução ao inglês pela dupla Magnus Magnusson e Hermann Pálsson (editora Penguin).
2. A saga dos groelandeses/3. A saga de Eirikr vermelho
As duas sagas do Atlântico Norte são as principais da obra Três sagas islandesas, traduzidas por Théo de Borbsa Moosburger e publicado pela editora da UFPR em 2007. Elas narram a trajetória de alguns dos personagens mais famosos da literatura nórdica medieval: Erik, o vermelho, seu filho Leif Erikson e a sua intrépida filha Freydis. Estes dois últimos tenderão a ser ainda mais populares com a estreia da série Vikings: Valhalla. Uma popular tradução ao inglês (também pela dupla Magnusson e Pálsson) é The Vinland Sagas.
4. A saga dos Volsungos
Certamente a mais conhecida saga islandesa publicada no Brasil, devido à popular tradução de Théo de Borba Moosburger pela Editora Hedra. Também constitui uma das sagas lendárias (ou dos tempos antigos, fornaldarsögur) mais célebres. Foi a que recebeu a maior quantidade de estudos acadêmicos, em vários níveis, realizados em nosso país até hoje. A narrativa de Sigurd foi muito importante para a sociedade nórdica antiga, refletida em inúmeras representações visuais no Medievo. A Völsunga saga também é extremamente relevante pela sua recepção artística, desde as inúmeras recriações literárias até as pinturas românticas, passando é claro pelas óperas wagnerianas. A saga também recebeu uma estupenda tradução na França, realizada pelo maior escandinavista francês de todos os tempos, Régis Boyer.
5. A saga de Hervör
A saga de Hervör é maravilhosa, seja por se tratar de uma das poucas sagas com protagonistas femininos, seja pela sua narrativa forte, trágica e heroica. A tradução de Mariano Gonzales Campo ao espanhol é primorosa, mas também a de Régis Boyer ao francês vale a menção.
6. A saga do povo de Eyr
Tradicional saga de família, onde a narrativa é repleta de conflitos e disputas entre personagens rivais. É de se destacar a importância que esta saga concede às práticas mágicas antigas e o papel da völva, sempre dentro de um referencial cristão e literário. A tradução de Maria Álvarez e Teodoro Antón é muito competente e inclui uma introdução de Else Mundal. A coleção de sagas da Penguin também incluiu uma tradução de Pálsson e Edwards.
7. A saga do Vale dos Salmões
Segundo o historiador Guðbrandur Vigfússon, a Laxdœla saga seria a segunda melhor saga, só ficando atrás da saga de Njál. A principal trama é centrada pelas figuras de Guðrún Ósvífursdóttir, Kjartan Ólafsson e Bolli Þorleiksson, formando um triângulo amoroso (um referencial talvez influenciado pelo continente). Geralmente os pesquisadores consideram a alta qualidade literária desta saga, a sua trama muito consistente, bem como uma minuciosa descrição dos personagens. Apesar de muitos anacronismos referentes aos equipamentos e cultura material, bem como discrepâncias em genealogias, vários historiadores consideram que alguns acontecimentos importantes narrados nesta obra foram históricos.
8. A saga dos Ynglingos
A saga dos Ynglingos se tornou muito famosa pela inclusão de informações sobre deidades (especialmente Odin) e também por aquela que talvez seja a sua mais famosa passagem - a referente aos berserkir. A edição ao espanhol de Santiago Ibañez Lluch é acompanhada de um longo e primoroso prefácio (comum em várias edições de literatura medieval nórdica realizada por espanhóis). Também vale a citação da obra completa Heimskringla (da qual a Ynglinga saga se inclui originalmente, logo no início da magistral obra de Snorri Sturlusson) traduzida ao inglês por Lee M. Hollander.
9. A saga de Egil Skallagrimsson
A minha saga de família (ou dos islandeses) preferida. Egil é o maior protótipo do nórdico antigo em todos os seus aspectos: Viking, aventureiro, comerciante, herói, fazendeiro. O momento da morte dos filhos e da interferência de sua filha Þorgerðr - e a consequente criação do poema Sonatorrek, é uma das passagens mais belas da prosa e poesia medieval. A tradução de Enrique Bernardez ao espanhol é maravilhosa, mas também a tradução ao inglês da dupla Hermann Pálsson e Paul Edwards deve ser conhecida.
LANGER, Johnni. História e sociedade nas sagas islandesas. Aletheia, 2009.
VENÂNCIO, Yuri Fabri. Sonatorrek. In: LANGER, Johnni (Ed.). Dicionário de História e Cultura da Era Viking. São Paulo: Hedra, 2018.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022
A cultura material mágica na Era Viking
A CULTURA MATERIAL DA MAGIA NÓRDICA NA ERA VIKING
ricardo.claudino.silva@hotmail.com
Alguns dos vestígios materiais de que dispomos em relação à magia nórdica na Era Viking (sécs. VIII ao XI d. C.), estão relacionados, por exemplo, à divinação (seiðr), invocação, proteção, práticas mágicas exercidas através de cânticos (galdr), “feitiços” e “entoações”, bem como a certos conjuros mágicos (trolldómr). Dentre os artefatos arqueológicos em torno da materialidade da religião nórdica pré-cristã, também estão abarcados objetos que diziam respeito ao modo de vida de maneira geral, como utensílios de cura, receitas para doenças e enfermidades, dentre outros.
Por “cultura material da magia” entendemos as diversas experiências compartilhadas entre indivíduos, nas quais certos materiais feito conchas, ossos, bolsas, itens pessoais/compartilhados, restos de animais etc., adquirem significados novos atribuídos pelo seu contexto. Outro tópico relevante da cultura material é a coleta e a reflexão de como certos objetos foram qualificados em tais contextos com o passar do tempo e do espaço (THWAITE, 2020). Essa área de estudo emergiu mediante o progresso de várias disciplinas conjuntas, como a História, a Antropologia, a Arqueologia, os Estudos Literários e outras abordagens indispensáveis.
No Oitocentos, os escandinavistas também foram precursores na formulação de tipologias e métodos para a compreensão da Arqueologia pré-histórica; os vestígios funerários serviam de base para obras como Danmarks Oldtid (Pré-História da Dinamarca), de Jens Worsaae, publicado em 1843, cujos objetos recuperados foram prontamente encaminhados para instituições como o Museu Nacional da Dinamarca (LANGER, 2015). No curso do século XX as pesquisas acerca dos sepultamentos sofreram influências de outras áreas, que trouxeram o aperfeiçoamento das técnicas forenses, exames osteológicos e laboratoriais (LANGER, 2015).
Assim, a arqueologia como material fonte para o estudo da magia medieval nos direciona para questões teóricas e metodológicas nas quais rituais de magia evidenciados por arqueologia dificilmente foram registrados em textos medievais, entre o conteúdo documentado e a cultura material; por outro lado, as fontes complementares reúnem quadros socialmente particulares, próximo às ações dos agentes pouco representados em textos (ambientes domésticos, mulheres, campesinos), onde o aporte dado pela arqueologia favorece a visualização de condutas religiosas, mesmo prevalecendo a complexidade de considerar se essas atividades foram proibidas pela igreja ou considerada magia ilícita, em consequência da falta de comentário textual (GILCHRIST, 2019). Isto posto, ressaltamos que alguns hábitos de proteção doméstica pós-medieval não foram relatados em registros literários e muitos dos sítios arqueológicos domésticos pouco revelam os detalhes de seu entorno; deste modo, pela literatura é que terminamos por descobrir que palavras, orações e encantos eram ditos durante algum momento do ritual doméstico (DAVIES, 2015).
Neste caso, “Vagamente definida, a magia natural era uma arte prática que usava os poderes naturais das coisas para alcançar certos efeitos desejados, incluindo mudanças fisiológicas que poderiam curar corpos humanos ou animais de doenças” (THWAITE, 2020, p. 34). Assim, as chamadas práticas apotropaicas são, por sua vez, símbolos materiais mágicos que repelem o mal em busca de proteção de alguma coisa ou de alguém, a exemplo das contas na forma de olhos, encontradas em um assentamento da Era Viking, localizado no importante centro urbano da Noruega; esse tipo de material de cunho protetivo (a utilização do preto-azul-branco) está presente também no Mediterrâneo Oriental e em regiões do Oriente Médio desde a antiguidade (BILL, 2016).
Figura 1: Contas no formato de olhos, descobertas durante escavações em Kaupang em Vestfold, Noruega; assentamento urbano da Era Viking. Museu de História Cultural da Universidade de Oslo. Fonte: BILL, 2016, p. 143.A magia simpática em amuletos rúnicos terminou por se expandir a expressões simbólicas mais híbridas, popular na tradição germânica e nos remédios domésticos, que constantemente exibem certos tipos de vegetais, animais, flores ou ervas selecionadas por causa dos atributos e benefícios a eles ligados, tendo sido registrados em receitas de cura na literatura nórdica antiga quanto em obras médicas anglo-saxãs (MACLEOD; MEES, 2006). Outras das inscrições rúnicas antigas em objetos que podem ter sido amuletos são as esculturas que representam peculiaridades do pensamento e crença religiosa do período pré-cristão, similares aos filactérios da época. São como itens com inscrições moderadamente votivas, ao invés de unicamente amuléticas (MACLEOD; MEES, 2006).
Outros objetos mágicos nórdicos são aos pingentes, talismãs, pedras rúnicas e anéis, dentre outros. Dentre eles, alguns são caracterizados como nativos, assim como diversos tipos de fontes arqueológicas (particularmente as inscrições rúnicas) e alguns poemas escáldicos (literatura oral da Noruega e da Islândia), por exemplo. A questão com a qual nos deparamos reside na dificuldade de interpretar determinadas fontes de forma que elas nos permitam vislumbrar parte da religião pagã, seja que temos acesso a meros recortes ou fragmentos dos mitos. No que concerne a mitologia dessas fontes, e aquela que vem da poesia escáldica; muitos dos materiais disponíveis foram redigidos por autores cristãos e alguns, poucos, muçulmanos, sendo a maior parte as fontes escritas desenvolvidas na Islândia no século XIII em diante, mais de dois séculos após o processo de cristianização, durante o tempo em que “contemporâneos” compuseram a partir do contato com escandinavos pagãos; por fim, as fontes escritas, especialmente os poemas éddicos (difíceis de datar), remontando aos tempos pagãos e durante o período cristão (SCHJØDT, 2013); constando a poesia éddica (LARRINGTON, 2014) e a prosa éddica (STURLUSON; FAULKES, 1995).
Muitas das fontes a respeito da mitologia nórdica são chamadas de “estrangeiras”, por terem sido escritas por pessoas pertencentes a outra cultura que não a escandinava. Existem, contudo, as fontes nórdicas (sobretudo islandesas) (SCHJØDT, 2017). Isso sem levarmos em conta as influências xamânicas e de práticas religiosas dos povos de etnia Fino-Úgrica, habitantes de regiões como a Suécia, Noruega, Finlândia e Península de Kola, Rússia, com quem os escandinavos mantiveram contato (principalmente sámis e finlandeses).
A respeito dos achados rúnicos, apontados como amuletos na Dinamarca medieval, encontramos objetos de metal (comumente feitos de chumbo), abrangendo uma sucessão de dificuldades para datação arqueológica (maiormente os de metal), já que este é um campo de estudos que lida em sua maioria com achados perdidos; levam-se em conta também contextos arqueológicos periféricos, da mesma maneira que locais de assentamento. Estes podem evidenciar alguma atividade humana; em outros acontecidos, a datação de amuletos se dá pelas características linguísticas, tipologia fundamentalmente rúnica; então, por se versar de achados perdidos, não se sabe ao certo se foram desaparecidos ao solo ou expostos de forma intencional, em virtude que alguns desses amuletos foram encontrados em igrejas, capelas, túmulos ou cemitérios (STEENHOLT OLESEN, 2010).
Nesse caso, a arqueologia busca perceber como os indivíduos medievais tratavam suas crenças sobrenaturais por intermédio de costumes e manipulações materiais de existência e morte, tendo em consideração os manuseios apotropaicos encontrados em sepulturas de membros de comunidades medievais posteriores em Grã-Bretanha (propósito de afastar o mau agouro), concernindo às tradições funerárias anteriores, tal qual o aumento e uso de amuletos na fase de conversão para o cristianismo e de gerações mais antigas que utilizavam elementos naturais próprios ou manejos antigos dentro de túmulos (GILCHRIST, 2008).
Gilchrist (2008) aponta quatro categorias de item “mágico” que foram encontrados em sepulturas medievais: feitiços de cura e amuletos de proteção; peças consideradas detentoras de poder natural oculto; artefatos “antigos”; e uma possível mágica demoníaca em torno da adivinhação. Enfatiza-se a importância de distinguir essas elaborações mágicas quanto ao cadáver, isto é, relacionado à proximidade direta com o corpo dentro da mortalha ou caixão, ou no túmulo, à frente da cadeia de acontecimentos em que o artigo foi depositado, seja em casa durante a preparação do corpo ou, seguidamente, quanto ao domínio eclesiástico do pátio perto de alguma igreja ou cemitério (GILCHRIST, 2008).
Nesta circunstância, a região da Polônia foi grandemente desapreciada no meio dos principais estudos sobre a Era Viking e, por isso, recentemente pesquisadores começaram a proporcionar cuidados às complexas multiplicidades percebidas entre as sociedades nórdicas e eslava ocidental. Durante a última década, diversos aspectos dessas interações foram investigadas por historiadores e arqueólogos e, assim, há escavações em curso em locais de importantes portos comerciais como Wolin (município da Polônia) e Truso (centro medieval), que renderam abundantes achados. Foram descobertos indicativos de habitações constantes ou grandes redes de comércio intercultural e troca com a cultura escandinava, tornando claro não somente que havia uma diversidade de artefatos ornamentados em estilos artísticos tradicionalmente escandinavos (Borre, Mammen ou Ringerike), mas também em formatos diferentes de arquitetura e evidências funerárias. Até o presente momento, surpreendentemente pouca dedicação foi dada às crenças dos nórdicos viajantes que se alocaram na costa sul do Mar Báltico (GARDEŁA, 2015).
Por vezes, dicionários e museus costumam acomodar os termos “amuleto”, “encanto” e “talismã” incertamente, optando por seguir os primeiros autores modernos que adotaram uma posição e abordagem um tanto inconsistente para as definições taxativas dessas palavras, possibilitando a abertura para algum tipo de sobreposição; enquanto isso, as três palavras mantinham significados relacionados, mas não eram sinônimos (THWAITE, 2020).
Essa discussão aponta o problema da ocorrência contínua de se agrupar qualquer temática superficialmente esotérica, miraculosa ou sobrenatural na categoria de “amuletos”, sendo uma tendência expressada em instituições, no caso de catálogos de museus e literatura secundária que enquadram esses artefatos como simplesmente “mágicos” e “supersticiosos” (THWAITE, 2020). Portanto, a Arqueologia das Religiões propõe discussões, metodologias e teorias nas buscas de rituais e religiosidades. O olhar voltado à cultura material da religiosidade nórdica deve compreender a visão cosmológica pré-cristã, baseada em particular no desempenho e versatilidade do fenômeno religioso conforme manifesto no cenário escandinavo, interpretando certas transformações no tempo, espaço e hibridismos culturais que possam surgir ao longo dos anos (LANGER, 2015).
Referências Bibliográficas:
Fontes primárias
LARRINGTON, Carolyne (Trad.). The Poetic Edda. USA: Oxford University Press, 2014.
STURLUSON, Snorri; FAULKES, Anthony (Trad.). Edda. London: Everyman Paperback Classics, 1995.
Fontes secundárias
BILL, Jan. Protecting Against the Dead? On the Possible Use of Apotropaic Magic in the Oseberg Burial. Cambridge Archaeological Journal, v. 26, n. 1, p. 141-155, 2016.
DAVIES, Owen. The material culture of post-medieval domestic magic in Europe: evidence, comparisons and interpretations. In: BOSCHUNG, Dietrich; BREMMER, Jan N. (Eds.). The Materiality of Magic. Paderborn: Wilhelm Fink, 2015, p. 379-417.
GARDEŁA, Leszek. Viking Age Amulets in Poland: Symbolism and Context. In: GLAUSER, Jürg et al. (Ed.). The Sixteenth International Saga Conference Sagas and Space. University of Zurich and University of Basel; Preprints of Abstracts: Schweizerische Gesellschaft für Skandinavische Studien, 2015. p. 104-105.
GILCHRIST, Roberta. Magic and Archaeology: Ritual Residues and “Odd” Deposits. The Routledge History of Medieval Magic, Routledge: Abingdon, p. 383-401, 2019.
GILCHRIST, Roberta. Magic for the Dead? The Archaeology of Magic in Later Medieval Burials. Medieval Archaeology, v. 52, n. 1, p. 119-159, 2008.
MACLEOD, Mindy; MEES, Bernard. Runic amulets and magic objects. London: The Boydell Press, 2006.
SCHJØDT, Jens Peter. Pre-Christian Religions of the North and the Need for Comparativism: Reflections on Why, How, and with What We Can Compare. Old Norse Mythology-Comparative Perspectives, p. 3-28, 2017.
SCHJØDT, Jens Peter. The Notions of Model, Discourse, and Semantic Center as Tools for the (Re) Construction of Old Norse Religion. RMN Newsletter, v. 6, p. 6-14, 2013.
STEENHOLT OLESEN, Rikke. Runic Amulets from Medieval Denmark. Futhark: International Journal of Runic Studies, v. 1, p. 161-176, 2010.
THWAITE, Ann-Sophie. Magic and the material culture of healing in early modern England. 2020. Doctoral Thesis. University of Cambridge, Reino Unido, 2020.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022
domingo, 6 de fevereiro de 2022
Curso digital: Na cozinha das deusas, a alimentação antiga e medieval