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sexta-feira, 29 de maio de 2015
quarta-feira, 27 de maio de 2015
quinta-feira, 21 de maio de 2015
INTRODUÇÃO À LITERATURA NÓRDICA MEDIEVAL
A literatura produzida na Escandinávia Medieval é uma das mais ricas e importantes de toda a Europa. Embora as pesquisas literárias constituam um dos campos mais relevantes dos estudos nórdicos, ela ainda é insipiente em nosso país. A seguir elencamos um pequeno guia bibliográfico e analítico para os interessados no tema. Ao início destacamos as obras mais relevantes em inglês e ao final, alguns títulos em português.
Old Norse-Icelandic literature: a short introduction, de Heather O´Donoghue. London: Wiley-Blackwell, 2004.
Excelente introdução aos estudos literários da Escandinávia Medieval, abrangendo as sagas islandesas, poesia éddica e escáldica, estudos de oralidade e runas, entre outros.
A Companion to Old Norse-Icelandic Literature and Culture, editado por Rory Mcturk. London: Blackwell, 2005.
O mais completo e abrangente estudo sobre literatura e cultura nórdica antiga. Especialmente os capítulos sobre poesia éddica (Terry Gunnell), oralidade e literatura (Gísli Sigurdsson) e sagas lendárias (Torfi Tulinius) são imprescindíveis a todos os iniciantes nos estudos nórdicos.
Old Norse-Icelandic literature: a critical guide, editado por Carol Clover e John Lindow. Toronto: University of Toronto Press, 2005.
Prestigiada coletânea organizadas por dois dos mais famosos escandinavistas norte-americanos. Abrange somente seis temas, sendo dois relacionados a mitologia (mitografia e poesia éddica), um sobre poesia escáldica e três sobre sagas islandesas. A revisão bibliográfica fornecida pelos estudos nesta obra ainda é quase insuperável nos estudos nórdicos.
Old Icelandic Literature and society, editado por Margaret Clunies Ross. Cambridge: Cambridge University Press, 2000.
Excelente estudo sobre a relação entre literatura e sociedade nórdica medieval, com vários estudos de caso que se tornaram referência na área (como The conservation and reinterpretation of myth in medieval icelandic writings, de Margaret Ross). É necessário certo conhecimento básico nos estudos de literatura nórdica.
The Cambridge introduction to the Old Norse Icelandic Saga, de Margaret Clunies Ross. Cambridge: Cambridge University Press, 2010.
Uma das melhores introduções ao estudo das sagas islandesa, apresentando não somente aspectos literários e estilísticos, mas também cronologia, história e composição. A autora também fornece alguns estudos de caso e modelos de análise (advindos da teoria estruturalista) para cada tipo de saga islandesa.
A history of Old Norse Poetry and Poetics, de Margaret Clunies Ross. Cambridge: D.S. Brewyr, 2005.
Manual teórico e histórico sobre a poesia nórdica medieval, de autoria de uma das mais célebres escandinavistas.
Old Norse Women´s poetry, de Sandra Ballif Straubhaar. London: D.S. Brewer, 2011.
Recente obra que reúne o corpus poético feminino da Escandinávia, da Era Viking ao baixo medievo.
The saga of icelanders: a selection, vários tradutores. London: Penguin, 2000.
Uma das mais populares edições das sagas islandesas, com traduções ao inglês de 10 sagas de família e seis contos.
Três sagas islandesas. Curitiba: UFPR, 2007; Saga dos Volsungos. São Paulo: Hedra, 2009; A saga de Gunnlaug língua de serpente. Belo Horizonte: Fino Traço, 2014. Cinco sagas islandesas traduzidas do nórdico antigo ao português por Théo de Borba Moosburger, membro do NEVE.
Dicionário de mitologia nórdica. São Paulo: Hedra, 2015.
Obra que apresenta vários verbetes sobre literatura nórdica medieval: Canção das lanças; Edda em Prosa; Edda Poética; Eddica Minora; Eiriksmál; Escaldos, Hákonarmál; Hervor; Heimskringla; Poesia pagã feminina; Ragnarsdrápa; Saga de Frithiof; Sagas islandesas; Saga dos Volsungos; Sagas lendárias; Sagas reais; Tolkien e os mitos nórdicos; Ynglinga saga.
terça-feira, 19 de maio de 2015
MITO E ALIMENTAÇÃO NA ESCANDINÁVIA MEDIEVAL
Banquete no Valhala, Carl Emil Doepler, 1905
Os alimentos são uma das mais
importantes fontes para o estudo de uma sociedade no passado, extremamente
relacionados a diversos aspectos cotidianos e materiais, econômicos, políticos
e culturais. Recentemente, os estudos nórdicos vem incorporando análises no
sentido de verificar como os alimentos se relacionam com a esfera do sagrado e
da religiosidade e em, especial, com os mitos na área nórdica durante o
medievo. No Brasil, a pioneira no estudo da alimentação e da gastroarqueologia
nórdica é a pesquisadora Luciana de Campos, que foi convidada a escrever vários
verbetes sobre o tema no Dicionário de Mitologia Nórdica, que apresentamos a
seguir alguns trechos.
"O consumo de carne de caprinos pelo deus Thor está relatado na Edda Menor de Snorri Stúrluson.
Nessa passagem é relatada a visita do deus que está acompanhado por Loki a casa
de um camponês: ali ao cair da noite Thor mata os dois bodes que puxam a sua
carroça, retira toda a carne e deixa os ossos limpos, mas os cobre com suas peles.
Enquanto cozinha a carne, ordena para que ninguém mexa nos ossos e que estes
sejam bem vigiados."
Excerto do verbete MITOS ALIMENTARES NÓRDICOS, escrito por Luciana de
Campos, p. 313-317.
"Apesar dos excessos e da alcoolização extrema ser a conclusão
obrigatória destes banquetes, existia uma ritualização na forma de beber (drykkja)
e de como beber. Geralmente se bebia por rodadas (sveitardrykkja),
devendo cada um passar o corno ou taça para seu vizinho (situação obrigatória
para os guerreiros)."
Excerto do verbete BANQUETES RITUAIS DA ERA VIKING , escrito por Luciana de Campos, p. 57-59.
"O vinho era considerado a única bebida que Odin consumia (Grimnismál 19) e o hidromel era
associado a festas no mundo dos deuses (o banquete de Égir, Lokasenna 1-65; a cuba mágica
dos einherjar, Gylfaginning 38) e também a poesia e ao próprio Odin (Skáldskaparmál 1)."
Excerto do verbete BEBIDAS SAGRADAS NÓRDICAS, escrito por Luciana de Campos, p. 63-64.
"A maioria das ervas possuía um duplo uso: medicinal e culinário,
pois sua utilização como tempero era apreciada por conferir um melhor aos
alimentos e também eram utilizados como conservantes dos alimentos. O uso
medicinal das ervas da culinária pode ser comprovado tanto pela cultura
material e também pela literatura."
Excerto do verbete PLANTAS MÁGICAS, escrito por Luciana de Campos, p. 373-377.
"Bebida mitológica conhecida como skáldskapar mjaðar (hidromel poético) ou Suttungmjaðar (hidromel de
Suttung), pela qual todos aqueles que a bebem tornam-se capazes de recitar
poesia e resolver questões gnômicas ou intelectuais. A bebida é considerada uma
metáfora para a inspiração poética e é associada com Odin. Como outras
preciosidades, o hidromel poético foi confeccionado pelos anões e obtido pelos
ases através dos gigantes."
Excerto do verbete HIDROMEL DA POESIA, p. 247-250.
segunda-feira, 18 de maio de 2015
NEVE EM EVENTO NA UFMG
Mais uma participação de membro do NEVE em evento acadêmico, desta vez em Belo Horizonte, na Universidade Federal de Minas Gerais.
Durante o 4o. Encontro de Pesquisa em História, ocorreu o simpósio Temático Poder e Fé na Idade Média, coordenado por Aléssio Alonso Alves e Felipe Augusto Ribeiro.
André apresentou a comunicação "A influência da religiosidade pré-cristã escandinava na Byskypa sögur sobre o Guðmundr Arason (1161 – 1237)", derivada de suas pesquisas no mestrado em História. Atualmente André de Oliveira prepara seu projeto para o doutorado.
Resumo: Essa comunicação tem como intuito apresentar a influência da religiosidade pré-cristã escandinava na Byskypa sögur, por meio da análise da Guðmundar saga biskups. A cristianização da Islândia se iniciou por meio da allþing, assembleia geral, de 999, em um processo de longa duração no qual o impulso inicial dado pelo rei Norueguês Oláfr Tryggvason abriu as portas para a atividade episcopal. A primeira sede episcopal islandesa foi implementada em 1056 em Skálholt pelo bispo Ísleifur Gissurarson, essa sede abriria espaço para um papel mais presente do clero na sociedade islandesa, ainda seguidora da religiosidade escandinava pré-cristã. A influência da religiosidade escandinava pré-cristã se deu na documentação por meio de seres sobrenaturais dos costumes pré-cristãos, assim como milagres com elementos híbridos da cultura pré-cristã com a cultura cristã. A documentação, Guðmundar saga biskups, narra a vida de Guðmunðr Arason (1161 – 1237), o quinto bispo da segunda diocese da Islândia, Hólar. Essa influência acabou levando o cristianismo islandês adaptar-se, de tal modo que necessitou incorporar elementos já presentes no imaginário social no seu discurso.
- André de Oliveira no Encontro de Pesquisa em História da UFMG, lendo o livro Deuses, monstros e heróis: ensaios de mitologia e religião viking, publicado pela UNB em 2009.
quinta-feira, 14 de maio de 2015
terça-feira, 12 de maio de 2015
sábado, 9 de maio de 2015
ARTE E MITOLOGIA NÓRDICA
Pintura Der Kampf des Thor mit der Schlange des Midgard (1788), de Johann
Heinrich Füssli, analisada no verbete THOR do Dicionário de Mitologia Nórdica.
A arte sempre foi uma das formas mais populares da mitologia nórdica ser divulgada no Ocidente. Seja com a literatura, ópera ou as artes plásticas, ela foi um dos temas preferidos dos artistas, especialmente durante o romantismo oitocentista.
Sabendo da enorme importância para o imaginário entre arte e mitologia, o Dicionário de Mitologia Nórdica conta com diversas análises de algumas das mais representativas imagens da temática, envolvendo deste fontes primárias do medievo até manifestações visuais do mundo atual. Diversos verbetes analisam fontes iconográficas (como Odin, Thor, Loki, Sif, entre outros), procurando também despertar os novos pesquisadores a adentrarem esta empolgante perspectiva analítica.
Dezenas de imagens complementam o texto, tornando o livro uma referência para os acadêmicos e interessados em geral. De românticos e neo-classicistas, como L. Frolich, Winge, Füssli, a contemporâneos como Arthur Rackham, diversos pintores e artistas gráficos foram escolhidos pela sua importância tanto na história da arte quanto nos estudos nórdicos.
Algumas das imagens inseridas no Dicionário de Mitologia Nórdica.
O Dicionário de Mitologia Nórdica: símbolos, mitos e ritos pode ser adquirido na Livrara Cultura, clique aqui.
domingo, 3 de maio de 2015
sábado, 2 de maio de 2015
MEMBRO DO NEVE EM EVENTO INTERNACIONAL NA UFES
André de Oliveira (o segundo da direita para a esquerda), apresenta sua pesquisa no V Encontro Internacional UFES/Paris-Est.
O pesquisador André de Oliveira, membro do NEVE, participou do evento V Encontro Internacional UFES/Paris-Est, ocorrido na UFES. André apresentou a comunicação A importância dos bispos na cristianização da Islândia medieval na mesa Mitologia, narrativa e gênero, coordenada pelo Doutorando Edelson Geraldo Gonçalves (UFES).
Trata-se de mais um importante espaço acadêmico onde os estudos nórdicos se fizeram presentes por uma representação do grupo NEVE.
Essa comunicação tem como intuito apresentar o processo de cristianização da Islândia. A cristianização da ilha foi iniciada pela allþing, assembleia geral, de 999, em um processo de longa duração no qual o impulso inicial dado pelo rei Norueguês Oláfr Tryggvason abriu as portas para a atividade episcopal. A primeira sede episcopal islandesa foi implementada em 1056 em Shálholt pelo bispo Ísleifur Gissurarson, essa sede abriria espaço para um papel mais presente do clero na sociedade islandesa, ainda seguidora da religiosidade pré-cristã escandinava. A análise da importância dos bispos islandeses na cristianização se dará por meio da análise de uma das Byskupa sögur, saga dos bispos, a Jóns Saga helga, a saga do santo Jón. Essa saga narra a vida de Jón Ögmundsson (1052 – 1121), o primeiro bispo da diocese de Hólar na Islândia. A documentação analisada servirá para a proposta da comunicação de exemplificação no papel clerical o projeto cristianizador, onde a religiosidade pré-cristã é retirada da vida cotidiana e substituída pela constante presença da Igreja.
André de Oliveira junto a seu ex-orientador e colegas da UFES (o professor Sérgio Feldman está de camisa branca, ao centro).