Johnni Langer
Dezenas de figurações em ouro descobertas na ilha da
Boríngia podem indicar uma continuidade nas crenças populares antigas e
modernas, especialmente às conectadas ao culto ao deus Thor.
Ao contrário do que ocorre na
Europa e nos Estados Unidos, a Folclorística sempre foi marginalizada no
Brasil, ao ponto de professores universitários declararem que o estudo do
folclore é algo inútil, pois consistem de coisas que não tem importância.
Apesar de alguns acadêmicos tentarem reverter este quadro (Mata, 2006;
Cavalcanti, 1990), o panorama ainda é de marginalização no estudo das tradições
populares. Além de renomados historiadores em geral utilizarem fontes
folclóricas (como Carlo Ginzburg e Robert Darnton) a Folclorística possui uma
tradição consolidada nos estudos nórdicos desde o século XIX: basta citar que alguns
dos grandes escandinavistas da atualidade tem formação neste campo: Terry
Gunnel, Thomas DuBois, Eldar Heide, Mr. Frog (estes já foram entrevistados na
Revista Scandia, LINK NA BIO, ou foram conferencistas no CEVE, vídeos
disponíveis no Youtube, LINK NA BIO). O NEVE segue sempre valorizando a Folclorística
– aguardem em futura coletânea sobre metodologia da pesquisa do mito, o
capítulo: ‘Mito e folclore’.
Bibliografia citada:
MATA, Sérgio da; MATA, Giulle
Vieira da. Os irmãos Grimm entre romantismo, historicismo e folclorística. Fênix:
Revista de História e Estudos Culturais 3(2), 2006, pp. 1-24.
CAVALCANTI, Maria Laura Viveiros
de Castro. Traçando fronteiras: Florestan Fernandes e a marginalização do
folclore. Estudos Histórico 5, 1990, pp. 75-92.














