sábado, 20 de dezembro de 2025

Quando a arqueologia encontra o folclore nórdico!

Johnni Langer

 

Dezenas de figurações em ouro descobertas na ilha da Boríngia podem indicar uma continuidade nas crenças populares antigas e modernas, especialmente às conectadas ao culto ao deus Thor.

Ao contrário do que ocorre na Europa e nos Estados Unidos, a Folclorística sempre foi marginalizada no Brasil, ao ponto de professores universitários declararem que o estudo do folclore é algo inútil, pois consistem de coisas que não tem importância. Apesar de alguns acadêmicos tentarem reverter este quadro (Mata, 2006; Cavalcanti, 1990), o panorama ainda é de marginalização no estudo das tradições populares. Além de renomados historiadores em geral utilizarem fontes folclóricas (como Carlo Ginzburg e Robert Darnton) a Folclorística possui uma tradição consolidada nos estudos nórdicos desde o século XIX: basta citar que alguns dos grandes escandinavistas da atualidade tem formação neste campo: Terry Gunnel, Thomas DuBois, Eldar Heide, Mr. Frog (estes já foram entrevistados na Revista Scandia, LINK NA BIO, ou foram conferencistas no CEVE, vídeos disponíveis no Youtube, LINK NA BIO). O NEVE segue sempre valorizando a Folclorística – aguardem em futura coletânea sobre metodologia da pesquisa do mito, o capítulo: ‘Mito e folclore’.

Bibliografia citada:

MATA, Sérgio da; MATA, Giulle Vieira da. Os irmãos Grimm entre romantismo, historicismo e folclorística. Fênix: Revista de História e Estudos Culturais 3(2), 2006, pp. 1-24.

CAVALCANTI, Maria Laura Viveiros de Castro. Traçando fronteiras: Florestan Fernandes e a marginalização do folclore. Estudos Histórico 5, 1990, pp. 75-92.