sábado, 27 de janeiro de 2024
sexta-feira, 26 de janeiro de 2024
Palestra online sobre Runas (pelo Zoom)
Palestra - "As runas desvendadas: dois milênios de história e mistério", com Hélio Pires. Universidade de Lisboa, dia 30 de janeiro, 12:30 (Brasil: 9:30 da manhã/online).
Hélio Pires é doutor em História e colaborador internacional do NEVE. É autor dos livros "As runas desvendadas", "Os Vikings em Portugal e na Galiza" e "Mitos e Lendas Nórdicas", sendo um dos mais prestigiados escandinavistas de Portugal.
O evento será transmitido pelo Zoom - para acessar: clique aqui (ID da reunião: 980 2262 2132 Senha de acesso: 142865).
segunda-feira, 22 de janeiro de 2024
Faca com runas de 2000 anos é encontrada na Dinamarca
A descoberta ocorreu no cemitério de Odense, na ilha da Fiônia, Dinamarca. Ela foi encontrada pelo arqueólogo Jakob Bonde e possui 8 centímetros de comprimento, contendo cinco runas gravadas em um dos lados da lâmina, transcritas em nórdico antigo como sendo a palavra "hirila" ("Lille Sværd" em dinamarquês), "Pequena espada" em português. O objeto vem sendo considerado uma das inscrições rúnicas mais antigas e sendo pelo menos 800 anos mais antiga que as inscrições das pedras de jelling (ver postagem do dia 21 de janeiro aqui no Instagram).
Os pesquisadores não sabem se o termo designava o objeto em si ou se era o nome do dono da faca, mas não há dúvidas que ela era considerada extremamente valiosa para as pessoas de sua época. Segundo Jakob Bonde, essa é uma daquelas descobertas que o arqueólogo só faz uma vez na vida. Próxima da cidade de Odense, em Vimosen, já havia sido encontrada desde o Oitocentos outra famosa inscrição muito antiga: um pente com osso com a palavra "harja" (um nome masculino). Mas não se sabe ainda se ambas tem alguma conexão. Segundo a runóloga Lisbeth Imer do Museu Nacional da Dinamarca, a descoberta é uma oportunidade excepcional para o estudo das linguagens durante a Idade do Ferro.
A faca poderá ser vista publicamente a partir do dia 2 de fevereiro, no circuito de exposição permanente do Museu de Møntergården (foto 3), na cidade de Odense, ilha da Fiônia (a cidade do famoso escritor Hans Christian Andersen). Referência: FICK, Tanya. Arkæologer finder Danmarks ældste runer på Fyn. DR, 22 de janeiro de 2024. https://www.dr.dk/
domingo, 21 de janeiro de 2024
sábado, 20 de janeiro de 2024
Lançamento: As runas desvendadas, de Hélio Pires.
domingo, 14 de janeiro de 2024
sábado, 13 de janeiro de 2024
segunda-feira, 8 de janeiro de 2024
A história da suástica no site da BBC Brasil
Um recente artigo da jornalista Kalpana Sunder, traduzido pela BBC Brasil, resgata a história da suástica: Suástica: como símbolo religioso se tornou emblema do nazismo. A matéria é bem escrita e apresenta uma boa síntese dos significados culturais do dito símbolo. Mas também apresenta alguns pequenos problemas:
1. Não existem evidências objetivas de que a
suástica seja o símbolo do martelo do deus Thor na Escandinávia antiga.
Possivelmente ela foi um elemento apotropaico na cultura material móvel, bem
como conectada a outros elementos da ideologia da aristocracia-guerreira - e
neste caso, muito mais relacionada a Odin.
2. Faltou uma perspectiva mais diacrônica e
sistemática na história do símbolo, talvez pela ausência de bibliografias. Até
o início do nazismo no século XX, podemos pontuar no Ocidente a história da suástica
em três vertentes bem definidas - o seu uso como objeto apotropaico no
cotidiano material (de vasos cerâmicos na antiguidade até chaveiros da Coca
Cola); como símbolo religioso (e especialmente na arquitetura e em contextos
fúnebres) nas três grandes religiões monoteístas (Judaismo, Cristianismo e
Islamismo); como elemento de identidade em ideologias políticas e raciais
(especialmente na denominada "raça ariana") desde os anos 1860. Este
último elemento, fundamental para se entender a recepção da suástica na
Alemanha, está ausente do artigo da BBC. Para quem se interessar mais por essa
visão histórica do símbolo, ver no canal da historiadora Juliana Cavalcanti o
vídeo com a minha participação - "Propaganda n@zist@ e usos do passado:cristianismo e politeísmo".
Sobre a suástica na Escandinávia antiga: LANGER,
Johnni. Suásticas, ritos e espacialidades. RBHR 15(44), 2022.
Sobre as origens da suástica na Alemanha
oitocentista: MEES, Bernard. The Science of the Swastika. Central European
University Press, 2008.
Fotografia da capa: portal de entrada da cervejaria
Carlsberg, Copenhague, com um dos elefantes da entrada ostentando suástica,
esculpido originalmente em 1901.