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Márcia Gutierrez
Graduada em História pela Universidade da
Amazônia (UNAM)
1.
Introdução:
A música desempenhou um papel de extrema importância no
período da Era Viking, sendo presente em todas as esferas sociais daquele
período, ela unia a todos para as mais diversas ocasiões, dentre reuniões,
comemorações, acordos, festividades e até mesmo nos momentos finais de vida de
um indivíduo naquela sociedade, o fim não era simplesmente a tristeza da perda, mas um novo começo para alguém em algum
lugar seja no Valhalla, no Fólkvangr ou em Hellheim.
Achados arqueológicos mostram que a
música naquele período foi algo mais complexo do que muitos imaginavam, os nórdicos
possuíam um vasto conhecimento musical para a criação de suas canções bem como
dos instrumentos musicais que utilizavam para “dar vida” a elas. O que hoje
temos de entendimento por lútier como construtor de instrumentos musicais, na
Era Viking não tínhamos alguém propriamente responsável por suas construções. Não
se sabe ao certo quem os fazia, mas que foram usados por diversas pessoas e
dentre eles os poetas denominados Escaldos[i]
(TSUKAMOTO, 2018, p.2).
A construção dos instrumentos
musicais utilizava dois principais materiais: a madeira e ossos de origem
animal, sendo que cada instrumento musical continha características próprias
sendo acrescido ou não de algum detalhe, como a fabricação de maneira rústica,
mas que mostravam sinais de um estudo sonoro para que as notas fossem tocadas
da maneira correta bem como a posição que se segura cada instrumento. Dentre esses
instrumentos de sopro, corda, e percussão, tinham de ter precisão para soarem
como desejado pelo usuário (HURSTWICK, 2001).
Porém, a música também seguiu suas linhas para um instrumento que muitas vezes pode passar despercebido, a voz. O canto foi descrito pelo viajante Al-Tartushi em sua viagem pela Escandinávia nos anos 900 d.c Em seu relato o autor afirmou que nunca tinha ouvido uma música tão horrível quanto dos habitantes do Mar Báltico (acredita-se que mais precisamente ele esteve em Hedeby, Dinamarca, no comércio central). Que segundo ele era “um zumbido, que lembrava o uivo de um cachorro, só que mais bestial”. O mesmo pôde não ter compreendido do que se tratava ou até mesmo descreve o que pensou sobre aquilo que via a partir da visão que tinha sobre o conceito de música, mas para os nórdicos havia prazer em cantar daquela forma, afinal era a forma de se expressarem naquela situação (MUSEET NATIONAL, 2019).
2. Composições:
Na Era Viking não houve registros de
composições escritas ou traduzidas para tablaturas ou partituras, sendo a
segunda o registo mais antigo de tentativa de compreender e visualizar as
canções deste período, muitas sendo realizadas no período da conversão dos
países Escandinavos ao cristianismo.
O Códex Runicus[ii]
traz uma canção popular chamada “eu sonhei um sonho ontem à noite” (Drømde mig
en drøm i nat), sendo esta reconhecida como o registro mais antigo de uma
música na Escandinávia (MAGLOR, 2013).
Fig. 1: Trecho da música Drømde
mig en drøm i nat, no Códex Runicus, http://www.vikinganswerlady.com/music.shtml.
Outra composição que chama
bastante atenção e que tem sido vista como a possibilidade de nos aproximarmos
cada vez mais das formas de se fazer música na Era Viking, é a canção Nobillis
Humillis, um louvor a São Magno Erlundsson, que se tornou mártire da Ilha de
Egislay durante um conflito com seu primo Hakon pela divisão justa do condado
de Órcades. Sendo preservada junto com o Ex Lux Oritur, o hino de casamento da
princesa Margaret da Escócia com o rei Norueguês Eric II, no manuscrito de St.
Magnus Hymn.
Fig. 2: Nobillis Humillis no
documento de St.Magnus Hym, https://photos.orkneycommunities.co.uk/picture/number900.asp.
Nobilis
Humillis tem sido vista como uma composição que causa estranheza, pois não se adapta a audição do que
entendemos por música na maioria das vezes, ela possui uma beleza única, mas
para quem escuta em uma primeira vez se faz valer do mesmo senso que
Al-Tartushi teve do canto dos dinamarqueses (VIKING ANSWER LADY, 2013).
A música na Escandinávia
mostrou-se arqueologicamente possuidora de diversos estilos que hoje definimos
como um só, naquele momento houve uma constante troca cultural entre o saber
considerado pagão e o saber cristão, no estilo Gymel[iii],
de cantar há a presença de musicalidade escandinava como também Anglo-saxã, e o
mais curioso ainda é a de que a composição Nobillis Humillis poderia nos
revelar que uma música da Era Viking possui a harmonia e outros recursos
musicais semelhantes ao do hino Orkney (Séc. XIII), um hino cristão da igreja
de St.Magnus (MIDGARD HISTORICAL CENTER, 2001).
Outros indícios sobre as formas
de como a música na Era viking poderia ter sido tocada, provém de composições
da música islandesa na qual um estudo de 1780, feito pelo pesquisador Jean-Benjamin de la Borde em seu
livro "Essai sur la Musique
Ancienne
et Moderne", traz cinco canções com textos em nórdico antigo, sendo três
das músicas são trechos da Edda Poética, dos poemas Völuspá e Hávamál. E do
poema escaldico Krákumál (Séc. XII), possuindo semelhanças entre si. A quarta
canção foi feita para o rei norueguês Haroldo Sigurdsson que reinou de 1046 até
1066. E apenas a última partitura, Lilja, se difere das demais, sendo essa vista como uma música
importada de outro país (VIKING ANSWER LADY, 2013).
Fig. 3: Trecho de partitura
contendo parte do poema Völuspá, http://nibelungsalliance.blogspot.com/2013/02/musica-era-viking.html
3.
Instrumentos Musicais:
Durante a Era Viking o processo de
instrumentalização musical se deu em quatro principais categorias: instrumentos
de sopro, percussão, corda e o canto (voz). No canto como já citado foi
presenciado pelo viajante árabe Al-Tartushi e também há um outro relato do
embaixador árabe Ahmed Ibn Fadlan que descreve em um relatório, um canto sendo
entoado no funeral de um chefe Rus’[iv]
no ano 920 d.C (AYOUB, 2018, p. 54-56).
“Eles o queimaram desta forma:
eles o deixaram os primeiros dez dias em um túmulo. Seus bens divididos em três
partes: uma parte para suas filhas e esposas, outras roupas para vestir o
cadáver, outra parte cobre o custo da bebida inebriante que consumiram no curso
de dez dias, unindo-se sexualmente com mulheres e tocando instrumentos musicais.
Depois disso, o grupo de homens que estavam com a escrava fizeram uma espécie
de caminho pavimentado usando suas mãos esse pelo qual a menina, colocando os
pés nas palmas das suas mãos, subiu no navio. Os homens vieram com escudos e
bastões. Ela recebeu um copo de bebida inebriante, ela cantou e bebeu. O
intérprete me disse que desta forma se despediu de todos os seus companheiros.
Em seguida, lhe foi dado um outro copo, ela pegou e cantou por um longo tempo,
enquanto a velha incitou-a a beber e ir para o pavilhão onde seu mestre estava”
(FADLAN, 2018, p. 68-70).
3.1. Instrumentos de Sopro:
·
Chifre
de Vaca e Chifre de Cabra: Esses instrumentos tem suas origens
associadas aos mitos nórdicos sendo o mais famoso o Gjallarhorn do deus
Heimdall, o mesmo o usaria para anunciar a batalha final dos deuses no Ragnarök
(MIRANDA, 2018, p. 2017).
Fig. 4: Homem toca uma réplica
de um chifre com furos, http://www.vikinganswerlady.com/music.shtml
Feitos dos chifres de vacas ou
cabras esses instrumentos possuíam duas variantes uma abertura apenas para
sopro e a outra com pequenos furos além da abertura principal variando de 4 a 5
furos (OLSEN, 2018).
·
Flauta: Instrumento
mais encontrado do período, a flauta era feita de ossos das patas de animais
como a vaca, o veado, a ovelha e grandes pássaros, por isso os exemplares
variam de tamanho e forma, a maioria delas é pequena, com 3 furos, mas outros
exemplares mostram até 7 furos (BIRDSAGEL 1993,p. 420-423).
·
Panpipe:
Datada
do século X e encontrada em York, Inglaterra, a Panpipe constitui de uma
pequena placa de madeira com furos de diferentes profundidades sendo a parte de
cima dos orifícios chanfrados para dar conforto aos lábios do usuário, no
exemplar encontrado é possível tocar as notas Lá, Si, Dó, Ré e Mi[v].
· Skalmejen: Encontrado na ilha de Falster na Dinamarca, causou surpresa nos pesquisadores do local devido ao sua aparência, acredita-se que seja membro da família das gaitas de fole, já que outro exemplar foi encontrado na Suécia com uma possível bolsa de couro detectada nos restos encontrados, porém pode ter sido uma espécie de hornpipe.
·
Jaws
harp: Harpa de tamanho pequena feita de metal que é tocada com a
boca, produzindo um som incomum.
·
Lur: Semelhante
a uma trombeta porém era feito de madeira, possuí o interior oco e duas metades
amarradas na parte de trás por faixas de salgueiro; teria sido usado por
fazendeiros para chamar seu rebanho de gado, bem como acredita-se na possibilidade
de seu uso para reunir os exércitos de ataque durante o período de guerras
(SKJALDEN, 2018).
3.2. Instrumentos de Corda:
·
Lira: Tida
como uma espécie de “harpa” é considera nas sagas nórdicas um instrumento de
cavalheiros (BIRDSAGEL, 1993,p. 420-423).
·
Tagelharpa:
Da
tradução harpa de crina, pois suas cordas são feitas da crina de cavalo, o
músico Einar Selvik do grupo Wardruna popularizou o instrumento nos dias de
hoje.
·
Rabeca: Este
instrumento teria sido apreciado pelos nórdicos durante uma viagem dos mesmos
ao Império Bizantino, semelhante a um violino com som diferenciado do mesmo, os
mesmos o incorporaram em suas tradições musicais.
Fig. 5: Einar Selvik toca a
Tagelharpa no Museu do navio Viking em Oslo, Noruega, https://www.youtube.com/watch?v=s2emii9SpBw
3.3.Instrumentos de percussão:
O tambor nórdico era semelhante ao
irlandês bodran e também aos tambores com a cabeça de couro animal usado pelos
povos Sami. E eram utilizados em rituais, cerimonias e para composições
musicais (SKJALDEN, 2018).
Fig. 6: Réplica de Tambor nórdico, http://www.vikinganswerlady.com/music.shtml
3.4. Sinos e Chocalhos:
Encontrados em grande
variedade, mas ainda em suposições de estudo, na qual uma delas remete que os
sinos faziam parte da produção musical dos nórdicos mas também seriam usados
para afastar maus espíritos das crianças ao deitarem na cama (FOLLOW THE
VIKINGS, 2019).
Fig. 7: Adorno com guizos da Era Viking encontrado em Novgorod,
Rússia, https://br.pinterest.com/pin/512354895085869091/
4. As representações atuais da música da Era
Viking: Recriando as tradições nórdicas antigas:
Apesar de termos poucas fontes e
estudos sobre como era a música na Era Viking de fato, vale a pena conferir o
trabalho de músicos que se inspiram nos estudos que já foram feitos sobre esse
assunto e também na cultura nórdica desse período. Existe uma gama de artistas
que se dedicam a recriar os aspectos musicais daquele época, aprendendo
a tocar desde os instrumentos aqui apresentados até a composição de letras na
língua nórdica antiga, com influências principalmente das estórias que englobam
os mitos nórdicos.
Muito além do que se pensa de que a
música nórdica somente está presente em outros gêneros como o chamado Viking
Metal, Folk Metal, Pagan Metal, etc. Há grupos que firmaram seu repertório em
uma tentativa de resgate da música no período da Era Viking, mas mesclando-o
com elementos musicais atuais, demonstrando não só suas habilidades mas o estudo
e pesquisa que os mesmos tiveram sobre essa temática, o mais famoso deles
talvez seja Einar Selvik do grupo Wardruna, que acabou ganhando visibilidade na série Vikings
(2013-2020), e uma participação no episódio 6 da 4° temporada da série, e
também compôs para a trilha sonora de Assassin’s Creed Valhalla (2020). Por
falar em jogos e séries, um grupo que até então parecia desconhecido acabou
também fazendo parte desse universo. O grupo Heilung apareceu com sua música
Fylgija Ear na 6° temporada, episódio 10 da série Vikings e teve sua música
pela primeira vez na grande mídia no trailer do jogo Hellblade II: Senua`s Saga
com previsão de lançamento para este ano, dando ainda mais visibilidade ao
grupo.
Destaco que apesar de se utilizarem
de instrumentos e inspirações medievais, suas
composições não correspondem à
realidade vivenciada pelos nórdicos na Era Viking. Muito pouco se sabe sobre
como era de fato as canções nesse período, portanto o que temos são adaptações
modernas (LUND, 2010, p. 236). Não se há evidências diretas por exemplo de que
a mitologia nórdica fazia parte do repertório daquela época, e apesar do estudo
feito por estes grupos, há acadêmicos da área de arqueomusicologia com melhores
embasamentos teóricos e práticos, que por sua vez buscam recriar experiências
com a música nórdica antiga em lugares como museus, centros de pesquisa,
Universidades, etc.
Aqui segue mais dois grupos e um projeto
que vale a pena conferir para conhecer melhor sobre esse assunto e sobre a
sonoridade dos instrumentos da Era Viking:
·
SKÁLD: O grupo francês começou como um trio
formado por Justine Galmiche, Pierrick Valence e Mattjö Haussy. Hoje um duo com
Galmiche e Valence, além dos músicos que participam na complementação musical
do grupo, os mesmo chamaram muita atenção dos amantes deste gênero musical(Folk
Nórdico) que resgata às histórias de textos da Edda em prosa e da Edda poética.
O canal no youtube além de divulgar o trabalho dos músicos, possui uma sessão
de explicações sobre as histórias das canções e sobre o funcionamento dos
instrumentos utilizados para compô-las.
Fig. 8: Foto promocional da
banda Skáld para o albúm Viking Memories, https://www.last.fm/music/Sk%C3%A1ld/+images/235be96d50826f341b8d69278c8a141c
·
Danheim: O projeto do produtor dinamarquês Mike
Olsen tenta recriar com certa, autenticidade músicas do período da Era Viking
trazendo um som e uma ambientação mais parecida “ao possível estilo nórdico
antigo de se fazer música”. Sua composições possuem algumas vocalizações e
outras são totalmente instrumentais.
Fig. 9: Mike Olsen criador e
membro do projeto Danheim, https://www.youtube.com/c/Vikinged/about
·
Asynje: Grupo formado por cinco integrantes, é
uma colaboração musical de membros da subcultura paganfolktrone dinamarquesa. O
grupo mistura sons eletrônicos com a música tradicional escandinava e se
inspira nos mitos e lendas nórdicas, utilizando instrumento antigos que recriam
um ambiente entre mito e natureza escandinava.
Fig. 10: Asynge se apresenta no
Castle Festival 2012, http://asynje.dk/welcome/
5. Curiosidades e achados arqueológicos
importantes:
A evidência mais antiga de um instrumento
musical na Era Viking foi encontrado na cidade de Ribe (Dinamarca), trata-se de
um pedaço de uma Lira que data do ano 720 d.C. (OLSEN, 2018)
A flauta de Aarhus encontrada na Dinamarca
é um pequeno instrumento do séc. 13, feita a partir do osso da pata de um
cordeiro, além dela outros exemplares foram encontrados no centro de Birka
(Suécia) e continham apenas dois buracos paro os dedos.
Em Coppergate,
na
Inglaterra, um conjunto de panpipes foi encontrado e data de meados do
Séc. X.
Um trecho da tapeçaria de Bayeux (1070)
retrata um músico tocando um chifre de Vaca, devido a produção da tapeçaria ter
sido produzida durante a conquista de Guilherme da Normandia, descendente de
Rollo da Normandia, o qual realizou campanhas na França e Inglaterra (VIKING
ANSWER LADY, 2013).
Fig. 11: Cena de um possível músico na tapeçaria de Bayeux, http://nibelungsalliance.blogspot.com/2013/02/musica-era-viking.html#:~:text=Mesmo%20antes%20da%20Era%20Viking,fortium%20ituri%20in%20proelia%20canunt.
O lur de madeira foi um dos
achados encontrados em uma câmara mortuária em Oseberg, na Noruega. Foi a partir desse instrumento
que se comprovou que o lur fazia parte do repertório musical da Era Viking
(OLSEN, 2018).
De la Borde se tornou uma pista
para os estudos dessa temática pois em sua obra menciona “como elas são
cantadas na Islândia hoje”, o mesmo confirma que as músicas que estudou foram
estudadas pelo músico alemão Johann Ernst Hartmann, que residia na Dinamarca,
por isso não se sabe ao certo como as composições islandesas chegaram até lá.
Supõe-se, que Hartmann conheceu islandeses, onde morava, revelando assim o
legado musical que os mesmos(islandeses) herdaram do processo colonial
Dinamarquês no território da Islândia, durante a Era Viking (HORTON, 1963, p. 19).
No séc. XII o rei norueguês
Magnus Erlingsson comentou sobre um músico e disse que ele pareceu bobo quando
soprava seu instrumento musical ficando com a boca retorcida e bochechas
infladas, tal história se assemelha a lenda nórdica de Stærkodder[vi]
.
Fig. 12: Pintura de Lorenz Frölich, Stærkodder og Hother,1852 https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Lorenz_Fr%C3%B6lich_-_St%C3%A6rkodder_og_Hother_-_1852.png
Uma outra possível
evidência dos instrumentos de corda da Era Viking está na catedral de Nidaros,
em Trondheim, na Noruega, construída em 1070 d.c e finalizada em 1300 d.C, trata-se de uma escultura de pedra de um músico
tocando um instrumento de 3 cordas (OLSEN, 2018).
6. Conclusão:
A música nórdica da Era Viking ainda é
um tema que requer mais estudo e atenção das produções acadêmicas, pois temos
pouca informação concreta sobre esse processo em tal período. Muito do que se tem são relatos e estudos
musicais que tentam se aproximar do que teria sido a música ou a forma de como
se fazer música para os vikings.
Temos também a presença de registros
arqueológicos e o funcionamento dos instrumentos musicais daquela época bem
como alguns dos registros escritos do cristianismo de partitura poderiam nos
levar a sonoridade em parte exata da música como era feita na Era Viking.
O surgimento de grupos e projetos
musicais em nosso tempo tem possibilitado dar uma luz aos estudos deste tipo de
sonoridade na qual incorporam elementos atuais, mas com
recriação dos moldes do fazer música para os nórdicos da Era Viking.
5. Referências Bibliográficas:
Fontes
primárias:
FAḌLAN, Aḥmad Ibn. Viagem ao Volga. Tradução: Pedro Martins Criado. São Paulo:
Carambaia, 2018, p. 68-70.
Fontes
secundárias:
AYOUB,
Munir Lutfe. Ibn Fadlan. In: LANGER, Johnni (Ed.) Dicionário de história e cultura da Era Viking. São Paulo: Hedra,
2018, pág. 54-56.
BIRDSAGEL, John. “Music and Musical Instruments,”. In: Medieval
Scandinavia: An Encyclopedia. Edited
by Phillip Pulsiano. New
York:
Garland, 1993,p. 420-423.
HORTON, John. Scandinavian Music: A Short History. California: Greenwood Press, 1963, p. 19.
MIRANDA Paulo Gomes. Música. In: LANGER, Johnni (Ed.). Dicionário de história e cultura da Era Viking. São Paulo: Hedra, 2018, p. 517.
LUND, Casja S. People and Their Soundscape in Viking-Age Scandinavia
Critical
Reflections in a Music-Archaeological Perspective.In: Studien
zur Musikarchäologie VII. Berlin: Rahden/Westf ,2010,p. 236.
TSUKAMOTO, Chihiro. What did they sound like?Reconstructing the music of the Viking Age. Dissertação: Mestrado em Estudos Islandeses Medievais. Reykjavik: Universidade da Islândia, 2017,pág. 2.
Referências Online:
ENTER, Midgard Historical. The Songs of the Vikings, 2001, Disponível
em: http://www.lienet.priv.no/Vikings.htm
HUSTWICK. Music of the Viking Age, 2001, Disponível em: http://www.hurstwic.org/history/articles/literature/text/music.htm
LADY, Viking Answer. Viking Age Music,2013, Disponível em: http://www.vikinganswerlady.com/music.shtml
MAGLOR, Tiago. Música Era Viking, 2013, Disponível em:
http://nibelungsalliance.blogspot.com/2013/02/musica-era-viking.html
MUSEET, National. Music in the Viking Age, Dinamarca,2019,
Disponível em: https://en.natmus.dk/historical-knowledge/denmark/prehistoric-period-until-1050-ad/the-viking-age/the-people/music/#:~:text=Music%20was%20also%20an%20important,bone%2C%20but%20sometimes%20from%20wood.
OLSEN, Mike. Viking-Age Instruments,2018, Disponível
em; https://danheimmusic.com/viking-age-instruments/
SKJALDEN. Viking instruments-Viking Age music,2018, Disponível em: https://skjalden.com/viking-age-music/
[i]
Escaldo: Poeta e contador de estórias cuja denominação vem de regiões
como Noruega e Islândia, https://www.dicionarioinformal.com.br/diferenca-entre/escaldos/viking/
[ii] Manuscrito de 1300 d.c que contém os
primeiros trechos da lei Scanian ou Dinamarquesa, https://www.apmanuscripts.com/special-collection/codex-runicus
[iii]
Estilo musical medieval que
utiliza composição polifônica, https://delphipages.live/pt/entretenimento-e-cultura-pop/teoria-da-musica/gymel
[iv]
Vikings que ocuparam a região da
Europa Oriental onde hoje compreende países como a Ucrânia e a Rússia, https://www.historiadomundo.com.br/russa
[v] Na
leitura representada pelas letras ABCDE respectivamente.
[vi] Também
conhecida pelo nome de Estarcatero/Starkad,o velho, a lenda conta sobre um
herói nórdico que fora menestrel de reis dinamarqueses, e que é descrito como
um ser sobrenaturalmente grande e forte, porém de moralidade duvidosa, na saga
de Gautrek ele é de Jotunheim, sendo mencionado entre os gigantes na batalha de
Bråvalla, https://snl.no/Starkad_den_gamle